É comum ouvir de pessoas cujo a mente está cristalizada no presente século a seguinte frase: a vida é curta, portanto, aproveite o quanto puder. De certa forma, esta frase não é incorreta quanto a percepção da brevidade da vida, porém, o que vai nos distanciando desta percepção secular está no fato do em que devemos ''aproveitar'' a vida.
Para nós, esta brevidade da vida aqui nesta Terra só serve para um único propósito: com tudo o que somos e temos servir a Cristo até a morte. Seja como discípulo, marido, pai, membro eclesiástico, cidadão, profissional ou qualquer coisa que podemos fazer neste planeta. Acreditamos que esta vida é passageira porque não é a condição definitiva da nova humanidade recriada em Cristo Jesus. Este mundo, na nossa Cosmovisão, é apenas um momento, uma questão de tempo onde somos encontrados por Cristo e redimidos por Ele, somos os arautos do Seu Reino e do Evangelho.
Já os ímpios costumam usar a brevidade da vida para justificar pecados e seus estilos de vida egocêntricos e idólatras, enquanto os cristãos (ao menos os verdadeiros) vivem uma vida de abnegação, imitando a Jesus numa vida de servidão a Deus e ao próximo. Entendemos que as únicas coisas que tiramos desta vida e deste mundo são nossos relacionamentos a luz das Escrituras, primeiro com Deus e depois com os próximos, desde os mais próximos até os menos próximos.
Deus e as pessoas são o que realmente importam nesta vida breve tão bem descrita por Salomão, E o que devem ser valorizados. Pessoas magoam, traem, decepcionam, mas também, quando escolhidos por Deus nas nossas vidas, alegram, definem, transformam, amam. Por mais que o mundo pós-moderno pregue a valorização dos objetos e dos animais em detrimento as pessoas, esta é uma concepção anti-bíblica ao extremo, pois Deus nos criou para nos relacionar, onde a Escritura é, dentre tantas coisas, um manual Divino de relacionamento. Indiscutivelmente. O resto, como diz o antigo rei de Israel, é pura vaidade.
Que possamos viver os relacionamentos de forma bíblica, rindo e chorando, se alegrando e sofrendo, sendo honrados e humilhados, mas sempre amando a Deus sobre todas as coisas e ao nosso próximo como a nós mesmos. Que não entremos na influência triste do pós-modernismo de ter relações descartáveis, pois mais bonito que se relacionar é ver Deus restaurar relações, afinal, este é um dos mais importantes ministérios de Cristo, como diz Dietrich Bonhoeffer, Cristo veio nos reconciliar com Deus e reconciliar os homens com os homens também.
Por Nilson Pereira
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