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terça-feira, 9 de outubro de 2012

O panorama histórico das origens da Revolução Mexicana.




Por Nilson Pereira.

As economias latino americanas no fim do século XIX e início do XX se caracterizavam por ter como força motriz a utilização de um produto primário ( não necessariamente o único, mas sim o principal) voltado para a exportação, pois trata-se de uma espécie de herança colonial, uma economia voltada para o mercado externo.

Com a crise da chamada Grande Depressão da década de 1930 nos Estados Unidos, principal parceiro econômico mexicano, a oligarquia ( elite que controlava  esta economia exportadora) que dominava a o país politicamente, começa a ser contestada.

Vale lembrar que para ser considerado um Estado Oligárquico, a elite deve deter o controle exportador deste produto que caracterizava a economia de um país latino, caso o contrário, não esta elite não era considerada oligárquica.

Houve um grande acúmulo de oferta, porém, uma forte queda na procura, uma vez que os EUA e a Europa se voltaram para dar maior ênfase a seus mercados internos por conta da Depressão.

Este desiquilíbrio na demanda exportadora, fez com que houvesse um crescimento forte do desemprego no México e nas nações latinas no geral, havendo assim como consequência, contestações aos governos oligárquicos, conforme dito anteriormente.

No México, o presidente era Porfírio Díaz, que já cumpria diversos mandatos a frente de seu país.


 Nas eleições que ocorrem no contexto desta crise econômica, Porfírio se ocupa de meios eleitorais claramente fraudulentos para chegar novamente ao poder, o que gera forte contestação popular e também de seu opositor nas eleições, Francisco Madeiro.


A sociedade mexicana era composta por dois contextos distintos, o norte, que era composto por maioria de pobres mestiços, e o sul, composto por maioria de descendentes de maias e aztecas, e que nunca se mantiveram satisfeitos com a mercantilização de suas terras comunais promovida pelas reformas da dinastia dos Bourbons no século XVIII, quando a região do México ainda era a principal das regiões da colônia espanhola na América, e atendia pelo nome de Nova Espanha.



O norte do mexicano era urbano, o sul rural.

Tanto no norte, quanto no sul, cresce o descontentamento contra o governo de Porfírio Díaz, e a crise econômica, política e social que o país vinha atravessando.

No norte, surge um levante revolucionário liderado por Pancho Villa, no sul é liderado por Emiliano Zapata, embora não levantem as mesmas reivindicações, apoiam um ao outro.


As reivindicações dos dois movimentos eram semelhantes no que discerne sobre as questões sociais, como por exemplo, uma reforma agrária.

Porfírio Díaz acaba renunciando ao cargo de presidente devido as pressões.

Madeiro assume a presidência, com o apoio tanto de Villa quanto de Zapata, porém, não vai atender os interesses revolucionários dos dois grupos.

 A Revolução Mexicana começava a degringolar, como hora e dia marcados, o que a torna única em toda a História.

Hollywood se rende a importância histórica da Revolução, produzindo dois filmes, com sobre a vida de Zapata, onde Marlon Brando contracena como o revolucionário mexicano sulista, e um outro com Antonio Bandeiras, que interpreta Villa, revolucionário do norte.


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