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Lex Luthor e o que eu seria sem Jesus.

Por Nilson Pereira.  Primeiramente quero deixar claro que este texto é destinado a cristãos bíblicos e maduros que entende...



segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Somos todos pecadores.



Por Nilson Pereira.

Quando isto viu o fariseu que o tinha convidado, falava consigo, dizendo: Se este fora profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que lhe tocou, pois é uma pecadora. E respondendo, Jesus disse-lhe: Simão, uma coisa tenho a dizer-te. E ele disse: Dize-a, Mestre. Um certo credor tinha dois devedores: um devia-lhe quinhentos dinheiros, e outro cinqüenta. E, não tendo eles com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Dize, pois, qual deles o amará mais? E Simão, respondendo, disse: Tenho para mim que é aquele a quem mais perdoou. E ele lhe disse: Julgaste bem. E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês tu esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; mas esta regou-me os pés com lágrimas, e os enxugou com os cabelos de sua cabeça. Não me deste ósculo, mas esta, desde que entrou, não tem cessado de me beijar os pés. Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta ungiu-me os pés com ungüento. Por isso te digo que os seus muitos pecados lhe são perdoados, porque muito amou; mas aquele a quem pouco é perdoado pouco ama. E disse-lhe a ela: Os teus pecados te são perdoados. Lucas 7:39-48



Por Nilson Pereira.
Por anos eu meditei neste texto. Por anos (e te digo caro leitor, antes mesmo de me converter) reflito sobre o que este trecho das Escrituras realmente quer dizer.
Hoje, depois de um tempo de caminhada cristã tenho minhas impressões, que provavelmente irão amadurecer mais depois de algum tempo. Como cristãos reformados cremos na Inerrância das Escrituras, onde o Cânone Bíblico jamais se contraria.
A Escritura narra a saga do povo hebreu, que mesmo vendo cair pão do céu, mesmo tendo suas roupas intactas por 40 anos e tantos outros milagres (talvez que nenhuma outra geração do povo de Deus tenha visto até) ainda se voltava contra o Senhor, conforme o livro de Êxodo narra. Conta a história de tantos homens que mesmo depois de aliançados com Deus fizeram coisas inexplicáveis, homens como Abraão, Davi, Pedro, João e etc. A Escritura não narra só a história deles, mas a minha e a sua também. Pare para pensar, seja franco com você mesmo, quantas vezes você fez coisas impensáveis para um cristão depois de ter sido escolhido por Jesus como Seu discípulo de forma oficial? Pois é, isto me choca sempre quando olho para minha vida também.
Na caminhada cristã não há espaços para ninguém especial, e isso vai de choque com a cultura pós-moderna do individualismo, onde todos devem se sentir únicos, lindos, ‘’lacradores’’, admiráveis. Fracamente, se não fosse claramente o que Jesus trabalhou em mim ou em você o que teríamos de especial? Somos todos ex-idólatras, ex-fornicadores, ex-drogados, ex-alguma coisa, e por mais que alguns ímpios usem este argumento contra nós, é o caso de darmos graças constantemente ao Senhor por sermos ex, e não atuais. Uma das coisas que Jesus mais fez aqui na Terra foi repreender os fariseus, este texto de destaque é um dos vários casos citados, tendo seu auge na Parábola do Fariseu e do Publicano (Lucas 18:9-14), onde o Senhor chega a afirmar que a oração arrependida e contrita de um homem traidor de sua pátria vale mais que a oração altiva e egocêntrica de um mestre da lei zeloso.
Não é o que você ocupa ou faz que te define em Jesus, nem mesmo é o que você é no sentido do que pode fazer no Reino, é o que Jesus é em você. É o que o Senhor te torna na sua vida Nele, e SEMPRE não iremos passar de um pecador resgatado IMERECIDAMENTE por Ele, servos inúteis que faz só a obrigação. Isto nunca mudará na minha ou na sua vida. Entre os 12 primeiros de nós haviam 11 crentes de verdade, e um ímpio, mas todos eram apóstolos, isto indica que sempre haverá isto, pessoas importantes no Reino, mas que nunca se quer se converteram de verdade. Não importa o que você foi ou é, o que importa é ser realmente um santo (um separado somente por Jesus).
Foi assim no Antigo e é no Novo Testamento. Ninguém é bom, todos pecaram, não existe o publicano imundo e o fariseu santo, todos nós somos imundos diante de Deus. Sei que ‘’imundo’’ é uma palavra forte, mas acredite, é a palavra que melhor define tudo. Romanos capítulo 3 é um dos textos mais importantes das Escrituras (Martyn Lloyd-Jones costuma dizer que ele era o auge da Bíblia) , um dos mais importantes da minha vida, o tipo de texto que gravei em um dos meus anéis para nunca esquecer ( pois entre o fariseu e o publicano, diversas vezes eu tendo mais a ser um legalista), o quanto sou inútil diante de Deus, e quando faço alguma coisa, é só por misericórdia Dele.
Nunca podemos esquecer que somos membros de uma raça caída, e somos seres caídos desde o nascimento. Isto é terrível não é? É terrível pensar que você não é exatamente o virtuoso homem que sempre pensou que fosse, ou a modesta menina que tanto se orgulha de ser. Eu sei bem como é isso. Todos os dias minha ficha cai, mas sabem o que traz esperança para nós? Este texto que postei. Quando nós nos achamos como realmente somos, pecadores, e nos arrependemos disto, Deus nos ama como nunca antes. ‘’Aquele que muito é perdoado, muito é amado’’. É por isso que frequentemente aquele irmão que tem um passado forte é um crente mais bíblico e fervoroso do que o outro que foi criado numa família cristã. Não é porque um foi pecador imundo e o outro santo desde que nasceu, é porque o que viveu mais coisas terríveis se entende em Cristo, se arrepende, vive contrito e quebrantado muito mais do que o que tende a agir como os fariseus porque viveu ouvindo a Palavra a vida quase toda. Tudo o que o homem com o passado forte faz ele entende que é só porque Jesus é forte nele. É a única coisa que difere o publicano do fariseu, ou os fariseus da mulher citada no texto por Jesus: a rendição, a consciência diante de Deus. Ambos são pecadores de destituídos da Glória de Deus estavam.
Não é o passado x ou y que importa, o que importa é sua relação com Jesus quanto a isto. Nós hierarquizamos pecados, Deus não. Pecadores estão longe Dele, a não ser que estejam em Cristo, tenham uma vida contrita e quebrantada, uma vida piedosa que prega a Escritura da forma correta, onde Jesus é o protagonista e todo o resto não importa. Se formos analisar a vida de homens de Deus como os que a Bíblia relatam, os reformadores, os pais apostólicos, ou um Augustus Nicodemus, Paul Washer da vida, verificaremos histórias lindas, com pecados terríveis, mas com uma linda história de rendição diante de Jesus.
O problema do fariseu não era ser um mestre da Lei, era idolatrar o próprio ego ao invés de adorar a Deus por ser usado por Ele. O mérito do publicano, ou da mulher, não era ser um cobrador de impostos ou mulher pecadora, é reconhecer que só são alguma coisa por entenderem que nada são por eles, e sim em Jesus. Pense nisto. Toda história cristã verdadeira é dotada por um passado pecador e um presente de quebrantamento, e assim, um futuro glorioso com Jesus.
Que nós cristãos paremos de imitar Adão, cujo o ego de ser igual a Deus falou mais alto e passemos a imitar somente Jesus, que abriu mão da Sua Glória para se fazer homem. Nem eu nem você somos nada, nunca fomos e nunca seremos. Somos apenas servos inúteis que cumprimos nosso papel em Jesus. Glória a Deus por isso. Seja nada todo homem e tudo o Senhor Jesus Cristo, nosso Rei e Deus.

terça-feira, 15 de agosto de 2017

A Relação, a Adoção e a Glória de Deus.



Por Nilson Pereira e Ione Campos.

Nesta semana que se iniciou com o domingo de Dia dos Pais, resolvemos juntos falar um pouco aqui sobre as características peculiares da paternidade de um grande pai que encontramos na Bíblia: José, pai de Jesus.
Sim, sabemos que Jesus é o filho unigênito de Deus (Jo 3:16), nós pregamos isso e louvamos à Deus pelo entendimento que Ele nos confere deste fato perante as Escrituras, mas dentro da sociedade onde Jesus nasceu, viveu, morreu e ressuscitou, Jesus era conhecido como "filho de José, o carpinteiro" (Jo 1:45; Mt 13:55). No entanto, José sabia que Jesus não era seu filho fisicamente, mas o amou como um verdadeiro pai, educando-o, disciplinando-o e até mesmo ensinando-o seu ofício de carpinteiro (Mc 6:3); e Jesus lhe foi submisso como um filho deve ser (Lc 2:51).
Quando Deus escolheu Maria para ser o ventre que daria à luz àquele que é a Salvação para o povo de Deus , Ele não escolheu somente à ela, mas escolheu igualmente a José. Estando Maria noiva de José e achando-se ela virgem e grávida pelo Espírito Santo, José chegou a considerar deixar Maria secretamente, com medo dela haver cometido adultério. No entanto, um anjo do Senhor apareceu a ele em um sonho dizendo-lhe para receber Maria como sua esposa, sem medo, e lhe revelou que aquele que estava no ventre de Maria "é do Espírito Santo" e "salvará o seu povo dos pecados deles". E sendo José um homem justo e temente à Deus, fez como lhe foi ordenado (Mt 1:18-25). Outra prova de que Deus escolheu tanto a José quanto a Maria está no fato de que a genealogia de Jesus está baseada em José (Lc 3:23-38; Mt 1:1-16).
O Cristianismo é baseado na relação, sua única Regra de Fé e Prática, as Escrituras, trata-se de um manual Vivo de Relacionamento, primeiro com o Senhor, depois uns com os outros. Existem variados tipos de relacionamento, mas no fim, todos convergem em relação, adoção e Glória de Deus. É impossível viver uma vida cristã sem relacionamento. Deus escolheu ser glorificado na medida em que nos relacionamos com Ele e com os nossos próximos. Por isso Paulo fala em 2 Coríntios 5 que a reconciliação é ministério que nos foi dado por Jesus, porque reconciliar é religar relacionamentos.
Obviamente, quanto mais próximo alguém for, as relações vão sendo naturalmente priorizadas, de modo que, os familiares são os próximos de imediato, sucedidos pela Igreja Local e os demais grupos sociais nos quais vamos sendo inclusos no decorrer da nossa vida. E todo tipo de relação que vivemos na vida acaba sendo naturalmente usado por Deus, seja para a nossa alegria, ou para tristeza, para a edificação, provação ou para a correção, mas sempre para que nós O glorifiquemos em tudo o que fazemos e para que possamos crescer como imitadores de Cristo. Deus sempre usa todo tipo de relacionamento para Seu propósito na vida do cristão pois, como diz Romanos 8:28, "tudo coopera para o bem daqueles que amam a Deus".
É o amor que torna qualquer relação humana na amizade a qual Jesus se refere em João 15:13, onde somos capazes de, por amor, dar nossas vidas pelos nossos amigos (não só morrer fisicamente por alguém, mas dedicar toda a nossa vida a quem se ama), e este é o auge de ser um CRISTÃO (que significa "pequeno Cristo"): imitar o Senhor dedicando sua vida à Ele.
A Escritura aponta para o fato de que Jesus é o único filho legítimo de Deus, e Nele, somos todos adotados pelo Pai, nos tornando uma única família. Todo relacionamento do cristão é uma adoção, a começar pelo relacionamento com seu Deus. Quando falamos de adoção, pensamos em um casal adotando uma criança, ou numa pessoa recebendo como cônjuge alguém que já tenha um filho(a) anterior e amando como seu próprio filho (ou sua própria filha), numa atitude semelhante ao que José fez com Jesus e como Deus faz conosco. Mas a adoção é mais do que isso, ela é um dos pilares da Fé Cristã. Simplesmente não existe Cristianismo sem Relação, assim como não existe Cristianismo sem Adoção. Deus nos adotou, nós adotamos nossas esposas/maridos, adotamos nossos pais e filhos (sejam biológicos ou não), adotamos nossos melhores amigos como irmãos, adotamos o tempo todo, replicando a atitude de Deus em Jesus para conosco, na medida em que escolhemos viver e morrer por quem Deus faz com que amemos.
Para um cristão não importa se biologicamente gerou ou não a criança que te chama de pai, o que importa é que em Cristo, ele a adotou como filha ou filho. Em Cristo, a Biologia se rende à Relação em amor. Foi isso que Jesus quis dizer em Mateus 12:49-50. Lembre-se que Jesus é descendente de Davi via José, seu pai perante a sociedade e que este, como um homem de Deus bíblico, adotou, protegeu, amou e criou o menino Jesus, como sendo Seu verdadeiro pai. José e Maria foram exemplos de discípulos, de servos, de família e de conduta cristã. O modelo que Deus trouxe através desta família é o padrão para as nossas vidas.
Precisamos reconhecer que é necessário ver e viver a importância da família como ela nos é apresentada pelo Reino de Deus, sendo a primeira e a mais importante das instituições criadas pelo Altíssimo na humanidade, a célula da Igreja, e colocá-la como a base de tudo na nossa vida, depois de Deus, para Sua honra e glória.

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Pastores de Família.



Por Nilson Pereira.

Jesus deixa claro que nem todos foram chamados para serem o que eu gosto de dizer, parafraseando um dos meus maiores referencias de homem de Deus hoje, Voddie Baucham Jr, um pastor de Família. Homens de Deus históricos como Timóteo, Lucas e outros que o Novo Testamento mostra, não estabeleceram uma Família Cristã, viveram para o Reino, foram usados pelo Senhor como pilares do Cristianismo, mártires em sua maioria, porém, não foram pastores de famílias. Tenho me convencido cada vez mais que ser um pai de Família cristão é um chamado indiscutivelmente, o primeiro chamado missionário da vida de um homem vocacionado pelo Senhor para tal. Se você entende que foi chamado por Deus para isso,  este será sempre seu maior chamado, nada nunca estará acima disso. Entende que o Senhor irá medir seu Cristianismo nisso. 

Não deixe para se preparar quando estiver com alguém, se prepare desde o momento em que sentiu do Senhor que Ele te chamou para isso. Busque ser um homem de Deus, mesmo solteiro. Em I Corintíos 13 o apóstolo Paulo fala de maturidade antes de falar de Amor. O foco deste texto é descrever aquilo que nos tornará maduros, e não ser uma poesia romântica. Deus chama meninos, mas só conta com homens. O propósito de Deus em nos tornar como Jesus é a maturidade, como indivíduos, como homem, como mulher, como discípulo, como filho de Deus, como pais, como tudo o que Deus nos chama para ser. Busquem ser homens maduros. Ai sim Deus dará a mulher da vida de vocês. E se formos homens, por mais difícil que um casamento pode ser, Deus será conosco. 

Sintam desde já, em Cristo, o peso que tem uma mulher lhe chamando de ''meu marido'', e de uma criança lhe chamando de ''papai''. Isto é muito sério, nada é mais bíblico que isso, a não ser adorar ao Senhor. 

Este que vos escreve é alguém que sofreu muito para poder aprender tais palavras, e é por isso que me esmero em passar tudo o que Jesus pode nos ensinar sobre, porque a Graça do Senhor me alcançou de forma imerecida, e também sobre os dois bens que mais amo na vida depois Dele: minha Família e minha Igreja.  Estou falando de algo que eu aprendi na base da pancada, e estou investindo este tempo com vocês porque não quero que sofram como eu sofri para aprender tudo isso.

Vocês podem construir a Família Cristã de vocês (e acreditem, essa será a maior obra de Jesus na vida de vocês sempre) com um caminho bem menos difícil do que tantos outros pastores de Família traçaram. Pensem nisso, meditem nisso, busquem isso, orem por isso. Sejam homens antes de estarem com uma mulher. Porque isso é consequência. 

Antes de criar mentores, pastores, evangelistas, e mesmo a  Igreja, nosso Deus criou homem, mulher e a Família. Ser um pastor de Família é ser um homem cristão missional no mais alto grau, e como diz Charles Spurgeon: todo cristão, ou é um missionário, ou um impostor. 

Deus os abençoe meus amados irmãos. Amem a Família Cristã de vocês e a Comunidade de Fé em que o Senhor os pos somente abaixo do Senhor. Não valorizem nada acima delas. Estou falando isso com vocês em amor, porque quero ver vocês refletindo Jesus acima de tudo.