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Lex Luthor e o que eu seria sem Jesus.

Por Nilson Pereira.  Primeiramente quero deixar claro que este texto é destinado a cristãos bíblicos e maduros que entende...



quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Devocional IPCarioca 31/01/2018 Cuidado com as muitas vozes (João 19:13-15; Romanos 8:15; Isaías 54:4)

Muitas vezes ouvimos muitas vozes para nos auxiliar a tomar uma decisão, principalmente se estamos indecisos, ou sabemos o que é certo se fazer, mas não queremos, já sabemos a resposta daquilo que precisamos realizar, mas queremos ouvir os outros para respaldar nossa decisão (na maioria das vezes já sabendo que são erradas).
No texto de hoje, verificamos o momento no qual Pôncio Pilatos está para tomar a decisão final de liberar a crucificação de Jesus. O líder romano já tinha ouvido sua mulher sobre Jesus, conforme Lucas nos relata no Evangelho de sua autoria, provavelmente estava indeciso quanto ao que deveria fazer, e escolheu ouvir o povo judeu (ou na verdade uma parcela dele) quanto o que deveria fazer em relação ao induto pascoal (que liberava um preso da condenação). Então o povo, cego espiritualmente, optou por liberar Barrabás, um preso político que almejava libertar Israel de Roma, exatamente o argumento que muitos críticos judeus na época usavam para desqualificar Jesus, uma vez que estes esperavam um Messias que os libertaria politicamente, não um que viria pregar o Reino Espiritual.
Obviamente a omissão de Pilatos foi a mais importante já feita por um ser humano, mas todos os dias nós somos omissos em alguma coisa. Também empurramos tarefas ou decisões que Deus atrelou a responsabilidade a nós, e acabamos, algumas vezes, a comprometer o que deveríamos mais proteger, como Família e Igreja, por exemplo. Os filhos de Deus são levantados pelo Espírito Santo com coragem e ousadia (Josué 1:9; Filipenses 4:13; Salmos 27;14;Isaías 43:5;1 Coríntios 16:13) , que muitas vezes não vem de nós, pois todo ser humano tem medo, mas aqueles que verdadeiramente estão em Cristo superam o medo (1 João 4;18), medo de errar, medo de perderem a reputação, medo de ser julgado.
O precioso teólogo, autor e pastor Tim Keller no excepcional ''Ego Transformado'' nos ensina a prática bíblica do auto-esquecimento, onde o genuíno cristão aprende do Evangelho que é vital para a caminhada de um discípulo de Jesus se esquecer, não ter opinião negativa ou positiva de si, mas se esquecer, e esta prática vem alinhada a suprimir qualquer tipo de medo do erro, tomar a decisão correta, entendendo que Deus é Soberano, portanto se Ele nos pôs para tomar decisões, é para nós tomarmos, ouvindo pessoas pontuais, que caminham com Ele (prioritariamente), mas entendendo que é covardia usar os outros de escudo. Tomar decisões é difícil, mas necessário, afinal, nos faz crescer e crescer nas nossas vidas é se tornar semelhante a Jesus. Cristãos maduros.
Que o Senhor nos conduza a um período de nos fecharmos Nele e nas pessoas que Ele escolhe para caminhar conosco, de modo que possamos parar de ouvir diversas vozes e possamos ouvi-Lo mais, afinal, segui-Lo muitas vezes significa desafiar a lógica humana, ser chamado de louco e ir de contra mão ao mundo e suas ideologias. Assim seguiremos vivendo os preceitos bíblicos sendo Sal que salga a Terra, e Luz que ilumina o mundo! Sejamos sábios de acordo com a Escritura.
Nilson Pereira

Devocional IPCarioca 30/01/2018 O Deus que multiplica nossas migalhas (João 6:1-14)

O texto de hoje mostra um dos milagres mais famosos que Jesus fez aqui na Terra. Um milagre que, além de saciar a necessidade dos presentes, é bastante simbólico.
O milagre relatado por João, é uma espécie de reflexo do que o Senhor Jesus faz frequentemente na vida de nós, Seus discípulos, Ele multiplica as migalhas em nossas vidas em prol do Reino de Deus,com o intuito de nos tornar semelhantes a Ele, sejam elas espirituais, intelectuais, emocionais ou físicas.
Nossas vidas nunca mais são sobre nós mesmos, é sempre sobre Ele, sobre tornarmos parecidos com Ele, por isso, mesmo vivendo naturalmente de migalhas por conta da nossa natureza adâmica, muitas vezes o Cristo nos multiplica na vida, seja como cônjuge, pai, mãe, líder ou membro de Igreja, profissional ou seja lá qualquer coisa que possamos ser, Ele faz isto para Sua Glória em nós, por amor a nós, e pelo Reino de Deus que vive nas nossas vidas.
Por mais ressuscitações, multiplicações, curas ou intervenções na Natureza que Jesus possa realizar, os Seus maiores milagres sempre serão a conversão genuína minha e sua, dos piores pecadores a pisarem neste mundo, que depois de conhecê-Lo, somos transformados de Glória em Glória, vivendo uma vida digna de ser vivida, sendo moldados e passando a nos tornar semelhantes ao Santo e Maravilhoso Deus.
Olhe para os céus, para sua vida e contemple ao Senhor pelas maravilhas que Ele tem feito na sua vida. Deus é bom o tempo todo em nossas vidas, é digno de confiança, e digno de ser adorado por nós! Louvemos ao Senhor pelas maravilhas que Ele faz nas nossas vidas, nas nossas Famílias, Igrejas e Sociedades!
Por Nilson Pereira

Devocional IPCarioca 29/01/2018 O cristão e o tempo (Eclesiastes 3:1-8)

Uma vez ouvi um filósofo dizer que o homem tem possibilidades de recuperar qualquer coisa nesta vida, menos o tempo. O tempo voa e quando um homem tenta segurá-lo ele é como um punhal de areia, escorre pelos dedos de uma mão. O tempo é precioso. Nos meus devaneios de nerd, uma vez conversei com minha esposa e também com uns amigos sobre volta no tempo, e chegamos a conclusão que Deus nunca permitiu e provavelmente nunca permitirá que o homem consiga tecnologia suficiente para dobrar a linha temporal, pois o tempo é um agente precioso na Santificação do cristão.
Ainda que o Senhor restaure coisas nas nossas vidas, Ele não permite que voltemos no tempo, antes, faz com que as cicatrizes sigam em nós, não como forma de tortura, mas como marcas da Sabedoria, as tais chagas de Cristo, que nos tornam mais parecidos com Ele, afinal, assim como os metais preciosos, as adversidades nos refinam, nos tornam melhores para que o Senhor, depois das mesmas, nos restaure como pessoas. (1 Pedro 1:7; Provérbios 17:3; Isaías 48:10). Nós olhamos para as marcas do passado e lembramos de onde saímos, e para onde o Maravilhoso e Bom Deus tem nos levado na estrada da vida. E isto é motivo de um alegria insubstituível.
É por toda esta questão, que os Apóstolos escreveram tanto sobre nos alegrarmos nos momentos ruins (tribulações), e deixar para trás o que já passou na nossa vida, pois contribuiu para sermos novas criaturas em Cristo Jesus (Romanos 12:12; Filipenses 3:12-13). O passado não nos define, o que nos define é Cristo, no sentido de que é a vida Dele em nós que define o que somos, literalmente somos outras pessoas. Ouvi de um teólogo algo impressionante uma vez: excesso de passado é depressão, excesso de futuro é ansiedade, por isso Jesus nos alerta a cuidar sempre do presente e deixar os outros tempos verbais com Deus (Mateus 6).
Neste momento, em que em nossa Comunidade em Plantação já temos dois Casamentos e dois bebês recém nascidos enquanto ela existe, eu me apego ao Senhor e penso no tempo com o coração cheio de agradecimento, afinal, nosso Deus é o Senhor de tudo, inclusive do tempo. A nós basta louvá-Lo por tudo, e cuidar de tudo o que Ele nos faz durante o tão precioso tempo nas nossas vidas. Deus é bom, o tempo todo, Deus é bom, como diz o salmista, e isto é o motivo da nossa alegria em todo e qualquer tempo.
Por Nilson Pereira

Devocional IPCarioca 26/01/2018 Sofrendo para a Glória de Deus (Provérbios 4:20-27; Hebreus 12; Romanos 8 )

Uma das coisas que mais são transformadas com a conversão é a forma de lidar com o sofrer.
Homens de Deus como Timothy Keller, John Piper, Agostinho, C. S. Lewis, entre outros, aplicaram a Teologia para entender o porque do sofrimento na vida cristã, e todos chegaram a mesma conclusão: sofremos para a Glória de Deus, sofremos para nos tornar parecidos com Jesus, por incrível que pareça, sofremos para o nosso bem.
Quando Salomão escreve sobre "guardar o coração" tenho para mim que é exatamente esta Teologia que era sua intenção de expor: entenda que tudo o que os discípulos de Jesus vivem é para nos tornar semelhante a Ele.
Nosso sofrimento é útil, e está é a diferença entre o sofrimento na vida do cristão e do ímpio, o sofrimento em Deus restaura, transforma, fora Dele destrói e pode levar a morte.
Viver é sofrer. A questão é sofrer para a Glória de Deus, de forma Bíblica, por aquelas coisas que realmente valem a pena. Sofra com propósito. Não tenha tempo para sofrer a toa.
Nilson Pereira

Devocional IPCarioca 25/01/2018 O cristão e a solidão (Isaías 41:10; João 14:16-18; Salmo 23;4; Gênesis 2:18)

A solidão é frequentemente apontada como um dos maiores medos das pessoas. O medo de ser só na estrada da vida é algo que acomete a muitos, inclusive a muitos cidadãos do Reino de Deus. Porém, não deve ser assim. Se formos observar os textos escolhidos de hoje, perceberemos que, mesmo se nos faltar pessoas, o Senhor nos acompanhará, ainda que ''no vale da sombra da morte''. Quando Deus elege alguém, Ele é Fiel até o fim. Conheço muitos que podem testemunhar neste sentido.
Existe um tipo de solidão que é bastante triste, a solidão de pessoas cercadas por outras pessoas. Por isso a essência dos Mandamentos do Senhor está no amá-Lo sobre todas as coisas e ao próximo (e repito, quanto mais próximo, mas se deve amar) como a nós mesmos. Quando um solitário valoriza a companhia do Senhor e do próximo (poucos ou muito próximos, não importa), o Espírito Santo exonera o sentimento de solidão de nós. Muitas vezes a solidão nos acomete por falta de valorização de um dos principais fatores que formam a vida cristã: a Teologia Relacional.
Viver o Evangelho é obrigatoriamente se relacionar. Não existe Cristianismo sem relação. E esta, a relação, é o antídoto para o destrutivo sentimento de solidão. Fomos chamados para comunicar Jesus, se relacionar com Ele, e fazer isto transbordar para os outros. O cristão solitário é aquele que precisa viver de forma relacional, e isto se dá intencionalmente, muitas das vezes,
Que a Palavra de Deus viva nas nossas relações, até que Ele volte, pois Ele vai estar conosco até o fim dos tempos. Nunca mais fomos e seremos solitários, pois o Maravilhoso e Amoroso Deus nos acompanha aonde quer que vamos, ainda que seja no terrível vale da sombra da morte. Glória a Deus nas alturas por isso.
Por Nilson Pereira

Devocional IPCarioca 24/01/2018 Deus busca pessoas sinceras e dispostas (Hebreus 4:14-16; Mateus 21:28-32)

Não importa qual credo você comunga, nem sua opinião quanto a Fé cristã, o Cristianismo é indiscutivelmente e historicamente, um dos (ou talvez o) maiores pilares da Sociedade. Isto faz com que haja muitos cristãos nominais, pois o Cristianismo em muitas sociedades é ''pop''. Porém, o que torna alguém cristão de verdade? Nestes textos escolhidos para hoje, o Senhor guia-nos para um entendimento: Deus ama a sinceridade do coração humano.
Deus sonda e conhece qualquer um, mas quando alguém é sincero diante Dele, as coisas podem mudar de fato. Se mesmo numa relação entre humanos, a sinceridade é vital, quanto mais na relação entre o ser humano e o Deus Altíssimo. O cristão não tem escolha, se quer realmente ser biblicamente genuíno, deve ser sincero. Não existe Cristianismo que floresça fora de uma vida sincera e reta diante de Deus. Por isso, diz a Bíblia e não eu, se levarmos nossas vidas com máscaras e segredos, nós vamos cair.
Ser cristão é confiar que Cristo é o motivo de sermos perdoados sempre, e por isso não ter porque omitir ou mentir, afinal, se o nosso mais importante relacionamento jamais será abalado por pecado algum, porque iríamos agir de qualquer outra forma se não for sincera? Se alguém é de fato escolhido por Deus para caminhar com você, certamente o Senhor tocará no coração desta pessoa para seguir contigo também, não importando o que aconteceu entre vocês.
O nosso problema está no fato de não confiarmos de verdade em Deus, se confiarmos seremos sempre transparentes, com Deus, conosco e com o nosso próximo. Quando entendermos que TUDO, absolutamente tudo na nossa vida pertence ao Deus que é o nosso Senhor e Dono, inclusive as pessoas que caminham conosco, confiaremos sempre Nele, seguiremos sendo sinceros e aptos para que Deus mude nossos corações para alcançarmos o maior alvo da nossa vida: sermos semelhantes a Cristo Jesus. Confiemos no Maravilhoso e Bom Deus todos os dias das nossas vidas, Ele é digno de toda e total confiança!
Por Nilson Pereira

Devocional IPCarioca 23/01/2018 Em Cristo qualquer renuncia e sofrimento vale a pena (Isaías 53; Gálatas 6:14-18)

John Piper, um dos pastores/teólogos mais importantes que este mundo já viu, tem como uma de suas maiores marcas no ministério o lema: se você é um cristão, você vai sofrer!
Esta é uma verdade bíblica. Não existe vida cristã sem sofrimento, por isso o evangelho fast-food pregado na teologia neopentecostal é tão absurdo. Não tem como viver para imitar a Jesus sem sofrer. Na verdade, não existe vida aqui na Terra sem sofrimento, a diferença é que sofrer como cristão torna nosso sofrimento útil, necessário e transformador, sofrer fora de Cristo é solitário, muitas vezes desesperador e até mortal.
A depressão é a doença mais proeminente do presente século, pessoas de diversas classes sociais e faixas etárias sofrem deste mal. Não há momento nem pessoa certa que podem ser acometidos por este mal. Cristo faz com que nossos sofrimentos possam ser filtrados e direcionados a nossa melhoria como ser humano e discípulo Dele.
Sofrer como cristão não é em vão, no mundo muitas vezes é, sofrer sendo discípulo de Jesus não é só dor, humilhação ou desespero, é ganhar as chagas de Cristo em nós, ser perseguido por causa Daquele que nos define (se você é realmente um cristão somente Cristo pode definir o que você é, ou há algo de muito errado na sua vida) nos torna aptos a seguir buscando o maior sentido da nossa vida: nos parecer com Ele. Deus usa o sofrimento e as diversas renúncias diárias nos quais somos submetidos por causa do que cremos para nos refinar, nos redefinir, nos transformar como pessoas, discípulos, cidadãos.
O cristão precisa sofrer, é necessário, mas nosso Deus é Aquele que, como diz minha linda esposa, transforma nossas fezes em adubo e faz nascer as mais belas flores neste solo adubado. Sofremos com alegria porque entendemos a quem pertencemos. Sempre.
Por Nilson Pereira

Devocional IPCarioca 22/01/2018 O Reino de Deus é tudo o que precisamos (Mateus 13:44-45)

Estamos falando de um dos textos mais ilustrativos, mais importantes e mais impactantes das Escrituras. Aqui, o Senhor descreve o que o Reino de Deus de fato é. Ao ilustrar tal parábola, Jesus nos faz entender a seriedade e profundidade do que o Reino liderado por Ele significa. Significa simplesmente TUDO.
Pelo Reino (o verdadeiro Reino de Deus, não aquele que muitas vezes pensamos ser, ou por ouvir o famigerado falso Evangelho pregado por aí, ou por uma equivocada interpretação qualquer), vale a pena renunciar tudo nesta vida. Não existe nada que um ser humano possa viver que transforme mais do que o Reino de Deus, nada mais apaixonante, nada mais impactante, nada mais renovador. O Reino de Deus não é mais uma religião, Ele é a Salvação da humanidade.
O Reino de Deus é estilo de vida, é renovação, é uma semente que cresce por dentro e vai nos transformando de dentro para fora, inteira e definitivamente. O Reino de Deus nos vá sentido de vida, valor no Senhor, e por mais ofensiva que esta palavra é nos tempos pós-modernos que vivemos, o Reino de Deus é a Verdade Absoluta que existe. Os homens podem inventar o que quiserem, relativizar, suavizar, tentar rebaixar o Reino a uma reles religião, mas a única Verdade é a que o Reino de Deus é o que torna real e digno de ter um sentido toda a vida na Terra e no Universo.
Um dia, querendo ou não querendo, todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor (Romanos 14:11), o Reino de Deus seguirá a tomar tudo e aos súditos deste Reino, este é um motivo de uma alegria inédita e indescritivelmente superior, e aos que não são, Ele os será imposto. O mundo e tudo o que nele há pertence ao Rei (Atos 17:24), e com o cetro de Justiça governa o mundo.
No Grande Dia do Senhor a implementação do Reino de Deus será completa, e eu rogo ao Rei que esta Dia chegue logo, e que Sua misericórdia alcance a todos que lerem este artigo. O Reino de Deus é o maravilhoso Reino do Amor, mas também é o definitivo Reino da Justiça. Que Ele nos justifique sempre.
Por Nilson Pereira

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Devocional IPCarioca 20/01/2018 O dever de guardar a Fé (Judas 1:3;1 Pedro 5:1-3; 1 Timóteo 3; Provérbios 22:6; Mateus 28:16-20)


O ambiente terreno sempre foi inóspito para aqueles que caminham com Deus, porém, o cenário mundial atual é sem dúvidas o mais perigoso intelectualmente já visto, pois a informação nunca foi tão acessível como hoje.
Biblicamente, o que chamamos de Sacerdócio Universal dos Santos, onde todo cristão maduro, em Cristo, é um Sacerdote, e não existe mais um homem em específico para fazê-lo, como era antes no Antigo Testamento. Isto faz com que tenhamos alguns deveres uns com os outros. É responsabilidade nossa guardar a Fé uns dos outros, Seja você um líder cristão, ou não. Devemos cuidar uns dos outros e guardar a Fé intelectualmente é um ponto central deste ''cuidar'', sendo que, de acordo com o seu grau de importância na vida alheia, esta responsabilidade aumenta.
Se você é um presbítero ou diácono, um pai de Família (ou como gosto de usar, parafraseando Voddie Baucham jr, um Pastor da Família), uma Mãe, um (a) mentor (a), ou simplesmente um discípulo influente, você tem obrigações diante de Cristo Jesus, e uma delas é ser apto a ensinar em todo o tempo aqueles que Deus lhe confiou. Muitas vezes por diversos tipos de medo, nos acanhamos e não conduzimos o rebanho de Deus em nossas vidas da forma bíblica, mas este é um dos piores erros que podemos cometer, pois Cristo nos impele a dar a vida conduzindo os mesmos a Jesus de acordo com a Escritura. Esta é a maior missão que Jesus nos deu como seus discípulos.
Todo cristão deve ensinar a Escritura, um homem ou mulher cristãos devem ter a consciência que, ao casar e formar uma Família, automaticamente são lecionadores das Escrituras uns para os outros e também para os filhos. Um homem que foi consagrado a líder em sua Comunidade, precisa ter o senso de que precisará ser um lecionador (as vezes não palestrando ou pregando, mas com sua conduta) das Escrituras. E por aí vai.
Não deve existir um cristão sem lecionar as Escrituras, ainda que alguns tenham um dom mais apurado que outros nisto, todos nós tempos esta missão e responsabilidade, inclusive de ensinar aos não cristãos sobre nossa Fé. Que este senso de responsabilidade inunde nossas mentes e corações todos o dias, que possamos buscar a Deus em devoção entendendo que é nosso dever repassar o que o Senhor nos ensina todos os dias, isto é ser missional, afinal, como dizia o saudoso e amado R. C. Sproul, somos todos teólogos!
Por Nilson Pereira

Devocional IPCarioca 19/01/2018 A Fé inabalável (Hebreus 11:1-3)


Nada se vive no Reino de Deus sem Fé. Sem Fé é impossível agradar a Deus (Hebreus 11:6), não porque a Fé Cristã seja mirabolante e surreal, mas porque vivemos num mundo onde o pecado contamina e fazemos parte de uma raça caída, afastada do Altíssimo. A Fé gerada pelo Espírito Santo ao ouvirmos as Escrituras Sagradas rompe estas barreiras. Nos faz entender, que na verdade, a Fé Cristã faz todo sentido na verdade.
O saudoso John Stott, falecido em 2011, possui uma obra icônica (dentre algumas de sua grande carreira) chamada ''Crer também é Pensar'', onde o mesmo desenvolve a ideia de que precisamos ter uma Fé que pensa, e uma Razão que crê. O filósofo e teólogo brasileiro Jonas Madureira, também desenvolve o mesmo conceito no seu maravilhoso ''Inteligência Humilhada''. É impossível ser cristão (ao menos do segmento Reformado) sem um desenvolvimento intelectual considerável.
Vale dizer que o Cristianismo possui diversos segmentos que divergem entre si, tanto na forma como no conteúdo. A ideia de estereotipar os cristãos com um déficit intelectual é recente e sem sentido (não tem 100 anos, o que, tratando-se de História, é algo recente ao extremo), muito atrelado a segmentos teológicos recentes também, e mesmo no caso destes segmentos, o Cristianismo melhora a condição intelectual de seus adeptos.
A Fé Cristã desenvolve o Cérebro, e o põe no seu lugar, subordinado a Cristo. O dá o seu verdadeiro sentido, servir a Cristo. A Fé Cristã gera Cosmovisão Cristã, que faz com que os discípulos de Jesus nunca mais enxerguem nada da mesma forma, tudo passa a fazer sentido e a transformar nossas vidas e a relação delas com o que nos cerca. Que Jesus seja sempre o senhor das nossas mentes, dos nossos corações e de todas as nossas vidas!
Por Nilson Pereira

Devocional IPCarioca 18/01/2018 Em Cristo, tudo vale a pena sempre (Romanos 8; 2 Coríntios 4;16-18; Apocalipse 7:16-17)


O Cristianismo é pautado pela Esperança trazida por Cristo aos que O seguem. Tristezas, traições e decepções são marcas que vão surgindo na vida cristã. Ser cristão é sofrer inevitavelmente, pois vivemos na contramão deste mundo, e por isso somos inimigos do sistema que o governa. Se você é um cristão, você irá sofrer. A boa notícia disso é que isto te tornará mais parecido com o Senhor.
Em todos os textos escolhidos, e em outros que não entraram aqui, os apóstolos, inspirados pelo Espírito Santo, escreveram sobre o sofrimento da vida cotidiana por sermos cristãos, mas também sobre a Esperança vindoura, que também se aplica a vida na Terra, por também sermos cristãos e seguirmos a Cristo, este belíssimo paradoxo permeia a vida no Evangelho, sofreremos como todos os filhos de Adão (as vezes mais do que um ímpio inclusive), mas nós sabemos de onde viemos, para onde iremos e o que nos aguarda.
Definitivamente viver em Cristo não nos isentará, mas nos blindará. Sofrer com Jesus é bem diferente. É ser feliz mesmo na turbulência, é estar de pé mesmo no furacão, é saber quem somos e por isso nada nos abalar, é ter certeza na vida, talvez o bem mais precioso que só pode ter em tempos pós-modernos.
É meus irmãos, como diz o icônico John Piper, nós iremos sofrer,iremos ser traídos, iremos ser injuriados, por vezes perseguidos, maltratados, e isto nos dará as marcas que precisamos para cumprir o nosso maior alvo: sermos como o nosso Senhor Jesus, mas o que nos aguarda ao guardamos nossa Fé até o fim, é inimaginável (1 Coríntios 2:9), e ao contrário dos homens que vivem nos prometendo coisas sem cumprir no decorrer da nossa vida, estas promessas são mais que relés promessas, são certezas mantidas pelo Espírito Santo ao usar as Escrituras nos nossos corações.
Não há nada melhor do que ser discípulo de Jesus, filho do Deus Altíssimo, pois Nele, até mesmo os momentos ruins se tornam excelentes. Ele faz com que tudo na nossa vida se torne aproveitável, e nada pode ser melhor do que isso. Alegremo-nos no Senhor em todo o tempo, pois Ele cuida de nós sempre.(Salmo 118:24; 1 Pedro 5:6-7). Sofrer com Cristo é um privilégio único, a maior honra que um ser humano pode ter, nossa vida tem sentido somente nisso.
Por Nilson Pereira

Devocional IPCarioca 17/01/2018 O cuidado com nossos olhos (Lucas 11:34)


Vivemos numa sociedade cada vez mais visual. Desde o século 20, as gerações vão se tornando dependentes de estímulos que levam a prática áudio-visual. Adaptações de livros para o Cinema, por exemplo, vendem bem mais e alcançam mais pessoas do que a obra literária que serve de base para tal filme, aliás, nos dois últimos séculos o poder do Cinema é inquestionável, ainda que hoje o mesmo dispute sua influência seguido de perto por outras mídias áudio-visuais, como os games e o Youtube, por exemplo.
A Pornografia, por exemplo, é o mais poderoso dos narcóticos hoje, como diria John Piper, contamina desde adolescente até homens e mulheres casados, destruindo pessoas, Famílias e Igrejas. Assim como diz Jesus, os olhos tem o potencial de transformar para sempre um ser humano, ou de destruí-lo em proporções inimagináveis.
Tantos homens foram abençoados ao ver as maravilhas de Deus, como os primeiros discípulos, o apóstolo Paulo, os ex-cegos curados por Jesus e etc. Mas alguns foram destruídos pelo que vêem também, como o rei Davi, que ao olhar Bateseba nua, deixou se contaminar, ou a mulher de Ló, que ao olhar para trás, em Sodoma e Gomorra, se tornou estátua de sal.
Nossos olhos fazem link direto com nossa mente e coração, realizando a transposição do físico para o emocional e o espiritual, eles dão o tom d oque vamos viver, sentir, pensar e agir. O que vemos é muito mais sério do que parece.
É impossível viver uma vida cristã saudável sem tomar conta dos nossos olhos, sem cuidar daquilo que enxergamos, sem fazer distinção do que é visualmente saudável ou não. Isto determina vida ou morte, se nos tornamos discípulos bíblicos de Jesus ou mais um dos milhares de impostores que a Fé Cristã teve no decorrer da História. Que sejamos cristãos que são abençoados por enxergarem, não falsos que com os lábios louvam a Deus, mas com seus olhos são consumidos pelos ídolos. Isto é bem mais sério do que parece.
Nilson Pereira
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Devocional IPCarioca 16/01/2018 Deus e as intenções (Hebreus 4:12)


Uma das frases mais populares que existem é:''De boas intenções o inferno está cheio'', apesar de não ser totalmente errada, pois em nome de uma boa intenção, obras terríveis são feitas no decorrer da História, esta não é uma frase que define a nossa relação com Deus totalmente.

O Direito trabalha com circunstâncias agravantes e atenuantes, onde fatos ocorridos no decorrer de um crime podem piorar ou melhorar a situação do réu, e nossas intenções tem mais ou menos o mesmo papel diante do Altíssimo. Deus não julga somente os acontecimentos, Ele julga também a intenção do nosso coração ao realizarmos algo.

No texto escolhido de hoje, verificamos o poder penetrante da Palavra de Deus, que é a Luz que esclarece o julgamento nas ações humanas. A Escritura é o parâmetro, como diz o reverendo Sérgio Lima, Ela não é um livro de exemplos, mas de instruções, e isto pode tornar nossas intenções o fio da meada para que o Senhor nos aprove, ou não.

Por isso, somente numa vida Devocional, uma caminhada de Espiritualidade Cristã, em meditação bíblica e oração, podemos nos tornar mais parecidos com Cristo, o maior alvo da vida de um discípulo, e ir convertendo as intenções do nosso coração a Deus. Não há outro caminho, pois, assim como a semente de uma árvore determina o que ela será, assim nossos intentos determinarão nossas ações e vidas. Mais do que nunca, eles precisam nascer das Escrituras, como um hábito, afinal, assim como diz James K. Smith, o poder espiritual do hábito é o mais poderoso que existe na humanidade.

Por Nilson Pereira

Devocional IPCarioca 15/01/2018 O Deus dos ''fracassados'' (Isaías 53; 1 Crônicas 29:13-15)


Vivemos num mundo onde a cultura do fracasso soa como terrível. Ser considerado um fracassado no presente século implica em não ter um padrão material de vida, não ter poder coercitivo sobre os outros, ou qualquer obra que materialmente pode ser comprovada. Em outras palavras, grande parte dos discípulos de Jesus são considerados fracassados dentro do padrão secular de sucesso. Vivemos a cultura dos ''popstars'', onde todos devem morrer para ser importantes. É papel do cristão combater isto com sua vida.
O jovem pastor e blogueiro Yago Martins fez um documentário já há alguns anos chamado''Ministérios Fracassados'', na qual retrata a realidade ministerial de alguns homens de Deus, que não são ''popstars da Fé'', mas são pessoas totalmente comprometidas com o Reino e com o nosso Rei Jesus. Este documentário é excelente e ilustra bem o que um discípulo verdadeiro de Jesus deve almejar ter no meio deste turbilhão de ideologias e ordens seculares que vivemos (no fim deste texto porei o link do documentário, quem puder, assista, realmente vale a pena).
Ser cristão implica em não preencher padrões que o mundo secular estabelece, pois não somos daqui (João 17), ser cristão é ser como Jesus, o Messias que foi rejeitado pelos judeus, dentre outras coisas, por ser considerado humilde demais, mesmo sendo impressionantemente um homem único, inteligentíssimo, educado, bondoso, sábio. Mesmo parando tempestades, curando enfermos, perdoando pecados. Mesmo amando a Deus acima de todas as coisas. Mesmo sendo o próprio Deus encarnado.
Grande parte dos judeus rejeitam Jesus porque tentam olhar o Messias de acordo com o padrão do mundo, e não analisando os pontos que realmente importam para Deus contidos nas Escrituras. Não sejamos como estes. Na hora de escolher nossos cônjuges, nossos amigos e Igreja Local, na hora de ensinarmos nossos filhos que tipo de pessoa eles devem ser, na hora de planejarmos que tipo de homem ou mulher nós devemos ser.
Que nosso parâmetro não seja a conta bancária, ou a quantidade pessoas que são mandadas por alguém, ou a quantidade músculos desenvolvidos que este pode vir a ter, ou qualquer outro tipo de besteira mundana. Que nossos parâmetros possam ser o amor que a pessoa tem por Deus, seu caráter, os frutos espirituais de sua vida e tudo o que a Escritura valoriza num homem e numa mulher. Ser humilde aos olhos do mundo não significa nada, mas ser grande aos olhos de Deus significa tudo. Que Deus nos abençoe e nos ensine a valorizar as coisas certas sempre.
Por Nilson Pereira

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Devocional IPCarioca 13/01/2018 A realidade humana e a esperança do Evangelho (Romanos 7:15-25)

A realidade natural humana é terrível. Quase todos nós destruímos naturalmente o que julgamos amar, e mesmo os pseudo bem sucedidos, no fundo são infelizes no fim das contas, buscando prazeres hedonistas. Isto se dá porque somos membros de uma raça caída, emergida no pecado desde que nascemos, filhos de Adão.
Por séculos, doutrinas humanas tentam aliviar esta realidade, mas no fim das contas, é só observar o decorrer da História que notamos a real condição humana. Esta é sem dúvidas uma realidade terrível, que esmaga qualquer fio de esperança intelectual que alguém pode ter na sociedade em que vive, ou em si mesmo.
Mas, à aproximadamente 2000 anos atrás Deus enviou Jesus, o portador do Evangelho, que no grego significa ´´Boas Novas´´, e eis que surge então não somente um fio, mas todo um duto de Esperança. Jesus não veio somente para que, Nele, Deus tivesse uma faceta humana, mas veio para, Nele, por Ele e a partir Dele, o Altíssimo gerasse uma humanidade regenerada, de modo que, o bem que muitas vezes queremos, mas não conseguimos fazer, Ele fizesse por nós e em nós.
Talvez você já seja cristão e já ouviu este roteiro inúmeras vezes, mas seja honesto consigo mesmo, você vive como se esta fosse a única realidade que te cerca? Não estamos falando de um conto literário aqui, mas sim da sua prezada vida. Jesus é o renovo de Esperança que faltava a nós, todo discípulo Dele tem uma História terrível para contar (os não cristãos vivem dizendo que todos nós somos ex alguma coisa), um vazio em tudo que fazíamos, seja os que tentavam acertar e obviamente eram fracassados, seja os que entendiam a caída condição e caiam dentro da lama em que os cercavam. Mas um dia, nós vimos o Senhor, e a partir daí tudo mudou. Nossas vidas passou a fazer sentido, saímos deste maldito labirinto sem saída que é ser um humano natural.
E em Cristo e por Cristo que um ser humano consegue viver o Evangelho, a Bíblia que para os ímpios é tão difícil de se obedecer. E em Cristo e por Cristo que um discípulo consegue seguir casado até a morte com outro, mesmo as vezes sendo tão difícil se aturar, quanto mais outra pessoa.E em Cristo e por Cristo que um cristão consegue criar uma criança para ser um cidadão exemplar, da Terra e da Nova Jerusalém, mesmo o mundo sendo um lugar cada vez mais inóspito. E em Cristo e por Cristo que alguém consegue ser membro da mesma Igreja o resto da vida, mesmo lá sendo o hospital e haver sérias contaminações muitas vezes. Cristo nos faz superar nossa humanidade limitada nas coisas mais importantes da vida.
Pensando nisto tudo, eu só consigo clamar ao Senhor, para que eu e meus irmãos possamos entender A Maravilhosa e Boa Vida que o Maravilhoso e Bom Deus tem para nós, que não possamos viver como ímpios professando a Fé no Salvador, porque isto também é uma condição terrível. Assim como clamo ao Senhor que alcance mais pessoas que ainda não entenderam que o labirinto do Pecado pode ter um fim. Em todos os casos, que Ele tenha misericórdia profunda de nós.
Por Nilson Pereira

Devocional IPCarioca 12/01/2018 O cristão e o mundo das relações descartáveis (Provérbios 27:17)

Uma das funções mais importantes da Igreja Cristã é ser bíblica, e isto implica diretamente em caminharmos contra a direção que o presente século dá aqueles que estão debaixo da sua orientação quase sempre. Ser cristão é quebrar sofismas, o que James Bryan Smith vai chamar no excelente livro ´´O Maravilhoso e Bom Deus´´ de falsas narrativas. O mundo tem como grande ídolo o mito da felicidade, e isto faz com que os relacionamentos sejam descartáveis se ´´pisarem no nosso calo´´, e que devemos pegar atalhos para alcançar o deus do presente século, a felicidade. Nossa sociedade é hedonista e egoísta, e este é o grande principado que nós, cristãos, devemos lutar contra.
Alguns exemplos corriqueiros das falsas narrativas seculares para ilustração: se o mundo diz que se um casal morar junto é como se fosse um casamento, a Bíblia não reconhece tal prática, ao contrário, a reprova e a chama de fornicação, pois aponta para importância de um Casamento oficial para o reconhecimento de Deus, o Casamento segundo as Escrituras é todo o complemento e ritual social, inclusive o registro em cartório. Se o mundo diz que o importante é ser feliz em toda circunstância, a Bíblia diz que o importante é viver para ser semelhante a Jesus e isto implica em sofrer em muitos momentos também. Se o mundo diz que os relacionamentos podem ser descartáveis se te impedem de ser feliz e que nós não somos obrigados a ´´aturar´´ ninguém, a Bíblia diz que Deus escolhe as pessoas que vão aparecer no nosso caminho para nos moldar, e que, se Ele não apontar para um rompimento de relação (e aqui me refiro em todo o tipo de relação, não só o matrimonial) não devemos extirpar aquela pessoa do nosso caminho.
Ser cristão é não desistir das pessoas, por mais difícil que seja seguir. Há alguns anos li o livro ´´Perfil de 3 Reis´´, onde o autor Gene Edwards, afirma que Deus escolheu Saul para que Davi não fosse como o citado, de forma que Saul foi usado por Deus para torná-lo um homem segundo o Seu coração. Ao ler a História do maior Rei de Israel contida no primeiro e no segundo livros canônicos escritos por Samuel, notamos que Davi nunca permitiu que Saul fosse extirpado do seu convívio por conta própria, antes deixou que Deus agisse em seu lugar (1 Samuel 24:1-22). Mesmo longe de ser perfeito, Davi entendia que a existência de Saul era fundamental para que Deus o tornasse quem ele deveria ser, não quis controlar sua própria vida, antes, deixou todo o controle da mesma nas mãos do Senhor sabiamente. Não foi hipócrita, de fato lançou mão de sua própria vida.
As vezes, nosso Saul são nossos pais, nossos líderes eclesiásticos, ou até filhos ou cônjuges, e nós precisamos entender que, se realmente somos filhos de Deus, estas pessoas são fundamentais para que Deus siga escrevendo nosso destino. Absolutamente tudo coopera para o bem daqueles que amam a Deus (Romanos 8:28), e as pessoas que vão aparecendo também. Não cremos no acaso, cremos num Deus Soberano e que nos ama a ponto de enviar seu Filho Unigênito para se dar em Sacrifício por Seus escolhidos. Vale lembrar que o Salvador sempre soube que Judas o trairia, no entanto, este teve o mesmo tratamento e investimento que os demais discípulos. Que possamos parar de hipocrisia e realmente viver para sermos como o Senhor Jesus e os homens que viveram para O imitarem.
Por Nilson Pereira

Devocional IPCarioca 11/01/2018 O Deus que sonda nossas motivações (Tiago 4:1-10)

Existe um seriado de comédia na Netflix chamado ´´The Good Place´´, algo que traduzido seria ´´O bom lugar´´. A trama gira em torno de 4 personagens que foram mortos e supostamente teriam ido para o Paraíso. Dois deles percebem de cara que havia algo errado, por conta de sua conduta aqui na Terra, os outros dois não, pois se julgam merecedores de estarem ali, pois teoricamente, suas condutas foram proveitosas. Uma personagem chamada Tahani Al-Jamil, dedicou sua vida em obras de caridade, porém, o seu problema estava na motivação de fazê-las, e muitos de nós, discípulos de Jesus, caímos neste grotesco erro também.
Uma das obras literárias que servem como pilar da nossa sociedade é ´´O Príncipe´´, publicado em 1532, por Nicolau Maquiavel, onde o mesmo expõe a máxima ´´O fim justificam os meios´´, e tal frase se tornou uma espécie de mantra social no Ocidente desde então. Não importa o que te motivou estar ali, nem que obras te levaram ao resultado final, o que importa é o deferido resultado. Este movimento terrível move o presente século.
O presbítero Tiago vai nos alertar que Deus se importa com toda a operação, desde o sentimento que move o pensamento estratégico até a ação que leva as atitudes de um crente, não apenas como o que o mesmo fez em prol do Reino supostamente. Por isso, em diversas passagens, a Escritura nos alerta a refletir constantemente, submeter todos os sentimentos e pensamentos ao Evangelho de Cristo, nos examinar, ouvir mais, falar menos, planejar nossas ações.
O cristão maduro não é aquele movido por impulsos, e que deixa para se resolver com Deus depois, não, ao contrário, o discípulo bíblico do Senhor é aquele cujo o embrião de uma ação ou projeto já são consagrados ao Senhor, ou extirpados de sua mente ou coração. É aquele que o Espírito Santo, mediante as Escrituras, já filtram de início o que se deve ou não ser levado a sério e ir em frente.
Deus penetra no mais profundo íntimo do homem, é Senhor sobre os átomos que compõe nossas células, Deus Soberano sobre sobre todos os pensamentos, sentimentos e ações. Isto deve gerar temor, mas também alívio aos sinceros seguidores do Rei Jesus, que vivem para se tornar semelhantes ao Salvador. Que Cristo Jesus reine em nós em tudo que carrega nosso DNA e assinatura.
Por Nilson Pereira

Devocional IPCarioca 10/01/2018 O Amor que devemos seguir como padrão bíblico (1 Coríntios 13:4-7)

Tudo que envolve o Senhor tem como marca o Amor. Ele é uma das definições de Deus, uma das características mais importantes que marcam Sua presença. Nas Escrituras entendemos que o amor é um hábito, conforme James K. Smith descreve na maravilhosa obra ´´Você é aquilo que ama´´. O Amor se pensa, se sente, mas acima de tudo é uma atitude que se torna habitual.
O texto de 1 Coríntios 13 é um dos mais famosos das Escrituras, é uma poesia bíblica sobre MATURIDADE (como toda a carta o é) em que o apóstolo Paulo descreve o Amor, pois entendê-lo e vivê-lo de forma bíblica é o maior fator de amadurecimento que há. Todo ser humano, mesmo os não cristãos tentam reproduzir o padrão de Amor que as Escrituras descrevem, e isto é inato.
O pecado também afetou nossa capacidade de amar, como tudo o que Deus criou de mais nobre no ser humano dentro da Imago Dei, tornou este hábito sublime( o mais importante dos diversos hábitos que adquirimos e precisamos, a Psicologia diz que a mente humana só funciona em hábitos) distorcido dentro da nossa natureza humana, tornamos o que deveria ser amor em obsessão, paixão doentia, idolatria. Muitas vezes somos sinceros ao dizer que queremos amar alguém, mas simplesmente não conseguimos, porque não temos a redenção de Cristo no hábito do Amor, e como cremos na Soberania irrestrita do Altíssimo, simplesmente podemos dizer que Deus escolhe sim, também, a quem devemos ter o mesmo Amor Sacrificial que existe em Jesus Cristo.
Viver, ainda que em lampejos, uma vez que nossa natureza pecaminosa ainda pode interferir em nossas vidas, o Amor que a Escritura descreve e nos manda existir para viver, nos torna parecidos com Jesus de uma forma ímpar, afinal, aquele que dá a sua vida pelos seus é o que mais ama (João 15:13).
Aprendemos com Deus o que é de fato este sentimento que move a humanidade e sempre moverá, para amarmos certo, mediante a direção de Cristo Jesus em Mateus 22:34-40, primeiro a Deus sobre todas as coisas, e depois ao nosso próximo como a nós mesmos (seguindo a ordem, cônjuge, Família, irmãos da Igreja Local, Sociedade e etc). Não existe Amor como hábito sem sacrifício em prol do outro, sem todas as características descritas em 1 Coríntios 13, se não entendemos isto seguiremos achando que o Amor é o que o mundo prega tentando adaptar as verdades imutáveis de Deus a realidade caída secular, que o Amor é um sentimento forte que sentimos por alguém, e este sentimento te levará novamente a idolatria, ao sofrimento sem propósito, a escravidão. Somente em Cristo podemos amar alguém e entender o que é o Amor. Que Amemos uns aos outros conforme Aquele que define o Amor, não conforme Hollywood define.
Por Nilson Pereira

Devocional IPCarioca 09/01/2018 Cristo é a fonte do conhecimento (1 Coríntios 1:5)

Nunca antes na História uma geração teve tanto contato com a informação quanto a nossa. O advento da Internet propiciou com que qualquer um com um telefone celular possa pesquisar sobre Física Quântica em segundos.
Vivemos o tempo das falsas impressões, do relativismo ferrenho, de uma multidão de pessoas supérfluas que pensam ser profundas. Obviamente é impossível se tornar um expert em qualquer coisa com um consulta apenas, mas nossa geração tem a falsa sensação de que é possível.
Tal fato tem gerado conflitos inúmeros no âmbito das redes sociais e também fora dele. De forma triste, as pessoas hoje pensam que sabem de tudo, acabam frequentemente tropeçando nas próprias pernas.
Nós cristãos não podemos nos render a este surto que afeta o presente século. Precisamos manter o foco e entender que o Cristo das Escrituras é a verdadeira fonte de todo o conhecimento que precisamos. Nele se explicam todas as coisas, as que precisamos saber, e a que não saberemos nesta Terra.
Se nossa mente estiver sempre no Evangelho, não nos desviaremos nunca, pois o nosso alicerce será sempre a única verdade absoluta que existe. Jesus é a gênesis do nosso saber, o pilar da nossa intelectualidade. Que este conceito seja sempre o nosso motivo de viver e de nos manter sãos intelectualmente em todas as circunstâncias.

Por Nilson Pereira

Devocional IPCarioca 08/01/2018 Aprendendo com Cristo a amar o imperfeito (João 13:35; Mateus 22:34-40)

Um dos mais importantes e emblemáticos ensinamentos de Jesus é: ''amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a ti mesmo''. Segundo o nosso Senhor, esta frase resume todo o Evangelho. Muitos de nós precisamos entender o contexto que engloba afirmações canônicas como esta. Por exemplo, para um cristão verdadeiro, seu cônjuge é o próximo ''mais próximo'' que pode existir. Em um casamento genuíno, você vai dormir e acordar todos os dias ao lado dele (a). Portanto, deve ser a pessoa que o tal cristão mais ama depois de Deus. Martinho Lutero, por exemplo, dizia que o Casamento é a maior Escola do Caráter, uma vez que, ao ser a relação humana que demanda maior intimidade, é também a que mais testa alguém quanto a Fé.
Nós não somos cristãos verdadeiros se não amarmos nossos cônjuges como Cristo ama Sua Igreja, de forma que, nada adianta amar qualquer outra pessoa se antes não amarmos a pessoa que prometemos diante de Deus viver ao lado em toda circunstância e para sempre. Não importa quanto úteis sejamos para o Reino, seremos reprovados. E isto não importando quem é tal pessoa, nem a condição de saúde do Casamento.
Para um cristão que almeja ser bíblico a Igreja Local e a Família são as instituições mais importantes que existe. Porém, elas nunca serão o que nós queremos que sejam. O desafio cristão é exatamente este, amar as duas acima de tudo e abaixo somente de Deus mesmo elas sendo imperfeitas para mim e para você. Este é o grande teste do Evangelho: ser semelhante a Jesus também amando pessoas imperfeitas, muitas vezes as que mais te ferem, pois como dizem, só nos machuca aqueles no qual você espera algo, e quanto mais se espera, maiores as chances disto acontecer.
Querem saber? Se Deus está na nossa Família e Igreja, por que temer amá-las? Primeiro porque nada nos torna mais próximos de Jesus do que isto, segundo que Deus torna didático absolutamente tudo na vida cristã (para forjar um Davi, Deus usa um Saul, com a intuito de forjar caráter), terceiro porque Deus é bom o tempo todo, Sua vontade é boa, perfeita e agradável (Romanos 12:2) e somente Ele tem condições de discernir o que é bom para Seus filhos, mesmo que pareça desesperador para nós a princípio, nós sempre acabamos dando o braço a torcer de que precisávamos passar por isso ( o livro de Salmos tem todo o contexto que demonstra isto, por exemplo).
Não temos desculpas para não amar, primeiro a Família e a Igreja Local, desobedecer uma das ordens mais importantes de Jesus não tem a ver com imperfeição das pessoas, e sim com o nosso ego, com nosso medo anti-bíblico de sofrer e de ter o controle da nossa vida. A grande verdade é esta. Deixemos Deus controlar tudo em nós sempre, inclusive por quem devemos ter uma vida de sacrifícios, nada é mais difícil e mais prazeroso do que perder o controle da nossa vida para Deus, e que possamos amar sem medidas.
Por Nilson Pereira

domingo, 7 de janeiro de 2018

Devocional IPCarioca 06/01/2018 Anunciando o Evangelho por Cristo Jesus (Mateus 10:20)


A Grande Comissão (Mateus 28:16-20) é um dos textos mais importantes de toda a Escritura, mais do que uma ordem de Jesus, ele é um texto que define o que somos, pregadores do Evangelho de Cristo.
Sim, todo discípulo de Jesus é um pregador do Evangelho. Pregar não é só estar num púlpito semanalmente falando para diversas pessoas, pregar é o fruto de uma vida devocional em Cristo Jesus. Quem vive devocionalmente sempre tem o que compartilhar em Cristo, e o fruto do relacionamento entre Deus e nós é a pregação. Isto se dá nas conversas da esquina, nas redes sociais, e em tudo que envolve Comunicação.
Por mais que um irmão ou outro tenha mais habilidade em comunicar-se, todo cristão maduro e saudável tem o que compartilhar, e não só tem, mas deve.
A Palavra de Deus é poderosa, não o seu interlocutor. Ela é que penetra nos corações e salva, meidante a ação do Espírito Santo. Ser anunciador do Evangelho é identidade, é definição na vida dos seguidores de Jesus, não é opção.
Muitos de nós vive de forma medíocre por não ter como estilo de vida, o Evangelho, seja para discipular (e ser discipulado) seja para fazer novos discípulos para Jesus. A Bíblia diz que a boca fala do que o coração está cheio, e a pergunta que o Senhor nos faz é, do que o nosso coração está cheio?
Rogo que seja sempre daquilo que é mais importante no Universo: O Evangelho!
Por Nilson Pereira

Devocional IPCarioca 05/01/2018 Cristianismo e Moral (Lucas 3:4-20)


O mundo vive uma onda conservadora hoje, o que tem gerado diversos conflitos entre progressistas e conservadores, sendo este cenário constante nas redes sociais e esquinas mundo a fora.
O conservadorismo é uma espécie de reação ao liberalismo progressista que vem se perpetuando por anos, causando mudanças radicais e anti-bíblicas muitas vezes. Porém, o conservadorismo não é fruto do Evangelho, ainda que defenda diversos pontos em comum conosco, e isto se dá por conta de vivermos numa sociedade extremamente influenciada pelo modelo judáico-cristão.
Ser moralista não é necessariamente ser cristão. Existem pessoas cujo a conduta moral é admirável, porém, não possuem Cristo como Salvador, e isto, e somente isto é determinante para ser um filho de Deus!
Se você se tornou filho em Cristo, deve ter uma vida digna e moral, porém, isto é consequência, não causa.
Ser discípulo de Jesus é ser Seu imitador, seguir Seus preceitos (discípulo significa "estar sob a disciplina de"), nenhuma conduta ou ação nossas pode requerer se quer qualquer favor da parte de Deus (Romanos 3), mas quando a Maravilhosa Graça nos alcança, consequentemente passamos a viver corretamente de acordo com a Escritura. Isto não é mérito nosso, mas de Jesus em nós.
Ser cristão implica naturalmente em ter um comportamento ético e moral, mas isto é uma consequência de sermos imitadores de Cristo.
Por Nilson Pereira

Devocional IPCarioca 04/01/2018 Cuide dos seus olhos (Mateus 6:22-23)


Nossos olhos são a entrada de tudo que nos cerca. Eu, particularmente, costumo olhar nos olhos das pessoas e consigo discernir muita coisa sobre tal pessoa ao fazê-lo. O olhar é um dos aspectos mais humanos que existem.
Na Cultura Pop, existe um personagem chamado Juiz Dredd que vive em uma realidade utópica, onde este julga, executa e determina a sentença sem nenhum tipo de dose humana em tais execuções, seus olhos andam sempre cobertos por um capacete, e tal fato expressa um ser que é o sistema, desumanizado.
Os olhos expressam nossas almas, isto é inquestionável e bíblico. Uma mesma pessoa consegue expressar diversas facetas através do olhar. Portanto, os nossos olhos devem ser uma das partes intelectuais, espirituais, emocionais e físicas mais importantes que existem.
Cuidemos daquilo que os nossos olhos expressam, e ainda mais, daquilo que eles captam, certamente isto irá chegar ao seu coração, em como as Escrituras dizem em Provérbios, ele é o que mais se deve guardar.
Nossos olhos são a ligação direta entre nosso mundo interno com o mundo que nos cerca, são a ligação entre o que captamos e o que existe, entre nossas mentes e coração. Convertemos nossos olhos a Cristo Jesus sempre.
Por Nilson Pereira

Devocional IPCarioca 03/01/2018 A Comunicação: o perigo e a bênção. (Tiago 3:1-12)


A capacidade de comunicação através da fala, escrita e atividade corporal é o ponto primordial que diferencia os seres humanos de todo o restante da criação de Deus.
A comunicação aborda o intelecto, o emocional e até mesmo o físico na humanidade, um bom comunicador facilmente se torna influente, e através disso transformar Famílias, Igrejas e nações.
No texto canônico escolhido para hoje, o presbítero Tiago nos fala dos perigos que esta capacidade comunicativa pode implicar, e por toda a Escritura vemos insights sobre o poder único e imprevisível que a comunicação pode obter.
Nós somos a raça dominadora da Terra, subjulgamos todo o restante da criação, mas acabamos por tropeçar diversas vezes na nossa comunicação (ilustrada no texto de Tiago com o termo "língua").
Se comunicar é uma bênção de Deus única, que nos torna semelhantes a Ele, mas em grande parte a usamos para destruir. Palavras mal direcionadas podem trazer mais prejuízos à alma do que uma agressão física.
Nossa comunicação pode ser a maior arma que temos para expor Deus e a Salvação que há somente em Cristo Jesus, afinal Deus escolheu o Evangelho a se propagar via Comunicação humana, mas também pode causar destruição inimaginável.
Que possamos aprender com o Senhor a usar o que talvez seja a maior bênção de Deus para nós humanos, para a glória Dele e para O amarmos acima de tudo e ao próximo como a nós mesmos. Que possamos aprender a mais difícil tarefa que existe: frear nossa língua, conforme nos alerta o presbítero da Igreja Primitiva.
Por Nilson Pereira

Devocional IPCarioca 02/01/2018 Sabedoria e Fé para o novo Ano (Tiago 1:5-8)


A Sabedoria é um tema central nas Escrituras Cristãs, pode ser definida entre algumas características, dentre elas, uma vida de Conhecimento Bíblico aplicado (mesmo no caso de não cristãos que a detém em algum nível, o fazem talvez sem nem perceber).
Ser cristão maduro é necessariamente ser sábio. Neste texto, Tiago, presbítero da Igreja de Jerusalém nos tempos bíblicos, nos exorta a pedir demasiadamente Sabedoria e esperá-la com Fé, sem mente dividida quanto a esta espera.
Não há nada melhor para se pedir a Deus no início de um novo Ano (por mais que tenhamos convicção de que a passagem do ano por si só não é suficiente para mudanças bruscas, uma vez que nossas vidas não são definidas pelo calendário, e sim por fases em que vivemos que não seguem datas específicas e cronológicas).
Ser sábio em Cristo Jesus muda tudo na vida de um discípulo. Nos torna mais semelhantes ao nosso Mestre e nos aproxima de Deus de uma forma catalisadora.
As Escrituras nos afirmam que Deus dá aos Seus filhos de forma gratuita a Sabedoria, basta ter uma vida devocional com o Senhor, crer e amadurecer como consequência, isto será uma bênção única e bíblica para nós mesmos, para nossas Famílias, Igrejas e Sociedade. Uma pessoa sábia que caminha com Deus pode transformar tudo ao seu redor, Deus dá a Sabedoria gratuitamente, mas o efeito disso é precioso ao extremo. A Bíblia garante.
Por Nilson Pereira

Devocional IPCarioca 30/12/2017 A Luz que incomoda o mundo (João 7:1-7)


A descrição é uma das características da Sabedoria, e esta um dos pilares de uma vida cristã saudável. Ser discreto implica em saber a hora certa de ser um comunicador do Evangelho, tocar nos pontos certos.
Jesus nos dá uma importante lição no texto da reflexão de hoje. Quando decidimos imitá-Lo e seguí-Lo com tudo o que somos, passamos a incomodar.
A vida cristã é uma ofensa ao homem secular porque mostra que, mesmo maus e pecadores é possível sim ser discípulo do Salvador, e Nele, Dele, por Ele e por causa Dele, podemos cumprir o que direciona a Escritura.
O cristão é a resposta de Deus ao mundo que Ele pode tudo, inclusive tornar pessoas terríveis e as vezes repugnantes em imitadores de Seu Filho. Este é e sempre será o maior milagre Divino: transformar pecadores em discípulos de Cristo, mudar o rumo de gente que iria sem freio ao inferno, e passar a torná-los na nova humanidade redimida pelo Cordeiro.
Toda a Escritura prega que ser odiado sem motivo aparente pelo mundo e seus amantes é na verdade um privilégio e um forte indício de que estamos seguindo a Cristo, um motivo de ânimo.
Parece contraditório, mas se nosso coração está apontando para o rumo certo, a saber, a Nova Jerusalém, entenderemos e nos alegraremos sempre que isto acontecer, assim como fez o nosso Cristo e nossos irmãos mártires. Deus seja louvado.
Por Nilson Pereira

Devocional IPCarioca 29/12/2017 A verdadeira ação na vida Cristã e as ideologias humanas (Tiago 1:27)

Vivemos tempos de extrema polarização, onde praticamente todas as discussões acabam por culminar na disputa dicotômica entre esquerda e direita, isto tem acontecido mundo a fora, e com mais evidência ainda aqui no Brasil.

Chegamos ao perigoso extremo de, ao falar sobre o papel básico e bíblico da Igreja na assistência social, um cristão pode ser acusado de adepto de esquerda política, ou ao defender conceitos conservadores que a Escritura defende pode ser acusado de direitista.

Convenhamos, se você de fato entende o Evangelho sabe que Ele está acima de qualquer ideologia humana, que inclusive porque vivemos numa sociedade, quer queiram, quer não, cujo as bases são preceitos judaico-cristãos. A maioria das ideologias (para não dizer todas) não passam de tentativas de cópias mal sucedidas do Evangelho, assim como a Torre de Babel, tentativas de adquirir os bônus de caminhar com Deus, tentando o tirar da equação.

Nós cristãos precisamos ter maturidade suficiente para seguir somente a Escritura, devemos cumprir nosso papel bíblico independente se a ideologia X ou Y abraça os mesmos preceitos, nós prometemos dedicar nossas vidas para seguir a Jesus através das Escrituras Sagradas, e isso não deve ser negligenciado ou contaminado jamais, pois é o que temos de mais importante em nossas vidas.

A Igreja Cristã precisa ser o marido da viúva ou da mãe solteira, precisa ser pai dos órfãos e dos filhos de pais separados, precisa seguir sendo sim o principal fator de recuperação de viciados, entrar assistindo locais onde o Estado não consegue, e servindo sim, até mesmo este Estado como a diaconia do mundo.

Por outro lado, a Igreja precisa defender o Casamento contra o divórcio, dentro dos preceitos heterossexuais que a Escritura defende, precisa proteger seus pequenos de ideologias de gêneros e outros tipos de preceitos pós-modernos.

Ser cristão não é ser de esquerda nem de direita, é ser bíblico. É sobrepor isto as nossas vontades, opiniões, prazeres e particularidades. Ser cristão não é imitar homens e seus discursos, intelectuais ou não, é imitar somente a Cristo Jesus, o único homem perfeito a pisar nesta Terra.

Por Nilson Pereira

Devocional IPCarioca 28/12/2017 A Liberdade em Cristo (Gálatas 5:1)

O famoso reformador Martinho Lutero em um dos seus mais famosos livros "Nascido Escravo", afirmava que o ser humano tem duas opções: ou ser escravo de Cristo ou do pecado. Esta é considerada a melhor exegese bíblica sobre a condição existencial humana, embora exista outras interpretações.
Ao afirmar sobre a condição de escravidão em relação ao pecado, Lutero deixa um vasto leque de possibilidades. Alguns são escravos de suas próprias paixões, vivendo uma trajetória baseada no hedonismo, outros se submetem ao julgo do pecado alheio, como mulheres ou homens que submetem-se a uma vida subjugada em um relacionamento abusivo, por exemplo.
O fato é que, na condição de escravos do pecado, nossa identidade e particularidades são deformadas, ficamos irreconhecíveis, deixamos de ser semelhantes a Cristo, e não conseguimos mais desenvolver nossa personalidades de forma integral e autêntica.
O cerne do excelente livro "Personalidade centrada em Deus" do reverendo Wadislau Gomes, está no ensinamento de que o cristão deve forjar sua personalidade baseada nas Escrituras, pois só assim seremos semelhantes a Cristo e consequentemente nós mesmos.
Você pode estar se perguntando como ao ser escravos (nesta condição) de Cristo nós ganhamos autenticidade? Tanto a Teologia quanto a Ciência são unânimes ao afirmar que somos seres imitáveis e irrefreavelmente vamos imitar alguém ou algo.
Quando estamos sobre o julgo do pecado (o nosso ou o alheio) imitamos e somos deformados, pois nos tornamos semelhantes a eles. Quando nos tornamos escravos de Jesus nos tornamos semelhantes a Ele, e como Cristo é o Maravilhoso e Bom Deus, o nosso Criador, Ele nos molda semelhantes a Ele não baseado em uma opressão, mas em um Relacionamento entre Suas particularidades e nas nossas. Ele é o único Senhor que nos respeita.
Somos criados para parecer com Ele, e quando nos parecemos com outra coisa, nos deformamos, auto-violamos nossa condição vital. Para o nosso bem, oro para que eu eu e você nunca esqueçamos disso.
Por Nilson Pereira

Devocional IPCarioca 27/12/2017 Alegria do Senhor mesmo no Sofrimento (2 Coríntio 1:5)

A Física explica que neste mundo tudo parte da ordem para desordem. Todas as coisas, orgânicas ou inorgânicas, vão perecer ou apodrecer, ou enferrujar.
Neste mundo, nada escapa de sofrer. Ímpios ou justos, pessoas ou objetos, o pecado afetou todo o contexto que abrange o mundo. Nós cristãos não fugimos deste contexto.
Ser cristão, que implica ser semelhante a Cristo, é também sofrer, porque não pertencemos mais a este mundo cujo as condições são extremamente opostas ao nosso destino final, a Nova Jerusalém. Sentimos e pensamos coisas contrárias à natureza de Cristo em nós, e este é o fato que mais nos faz sofrer. O pecado, nosso maior inimigo, ainda habita em nós e atrapalha nossa vida.
Mas o sofrimento de caminhar com Cristo também traz nosso consolo pelo mesmo motivo. Mesmo servos neste mundo, nossa condição é a melhor que pode existir sempre. Pois somos os portadores das Boas Novas, a Humanidade redimida por Cristo Jesus, o povo separado pelo Criador.
Nosso sofrimento, em Cristo, passa ser motivo de alegria, de honra e de Glória para Deus. De algo que destrói nossas vidas fora de Cristo, o sofrimento passa a ser como troféus que vai reverberar por toda a Eternidade. Se você sofre por ser um cristão, alegre-se, pois você só estar se tornando mais parecido com Jesus.
Por Nilson Pereira

Devocional IPCarioca 26/12/2017 Deus desafia a lógica humana (Éfesios 3:8-21)

Escrito num contexto de tribulação, o texto separado para o Devocional de hoje expressa uma quebra de lógica no que diz respeito a forma de enxergar humana.
Vivemos num mundo pós-moderno onde a pregação secular expõe que todos devem ser especiais, o que vale é ser feliz e nunca sofrer. O ídolo maior de nosso tempo é um misto de hedonismo com egolatria, onde todos devem apenas ter direitos, os deveres passam a ser secundários, e normalmente só são exigidos quando fazem tudo para obter mais direitos.
Pregar sobre um Messias Servil, um Deus que abriu mão da sua Glória para servir a homens, soa como uma gritante loucura. Pregar sobre um povo que segue este Cristo e que se doa para ser como Ele, soa como ofensa a sociedades de direitos pós-moderna. No entanto, foi para confrontar todos estes pontos que o Senhor nos chamou.
Jesus é ilógico no mundo contemporâneo. Sempre foi em todos os contextos históricos, mas nunca foi tão confrontante como no século 21. Servir ao Cristo implica, mais do que nunca, em nadar contra a maré, implica em encontrar a tal felicidade que homens matam e morrem buscando de forma hedonista dedicando fazendo exatamente o oposto, ao se doar por Jesus e pelo próximo.
Ser um cristão (a saber pequeno Cristo) significa confiar em Deus mesmo se toda a lógica humana aponta para o oposto, compreendendo a altura e a profundidade, conhecendo o Amor de Cristo que excede todo todo o conhecimento (versículos 18 e 19) e fazendo deste Amor a direção a ser tomada, a saber, servir a Deus e ao próximo (seguindo a ordem de proximidade, cônjuge, familiares e amigos, Igreja Local, sociedade e etc ) como estilo de vida, encontrando assim a felicidade nisto, ser semelhante a Jesus, fazendo tudo a partir Dele, Nele e por Ele.
Tal vida parece ser ilógica para o homem pós-moderno, mas é o único modelo possível de vida para o homem bíblico.
Por Nilson Pereira