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Lex Luthor e o que eu seria sem Jesus.

Por Nilson Pereira.  Primeiramente quero deixar claro que este texto é destinado a cristãos bíblicos e maduros que entende...



sábado, 22 de setembro de 2018

O legado cristão!



A morte de R. C. Sproul, há um ano atrás, foi bastante simbólica na minha vida. Foi a segunda morte de alguém que eu nunca conheci pessoalmente que me fez lamentar profundamente (a primeira foi a de Ayrton Senna quando tinha 9 para 10 anos), mesmo acontecendo no dia da formatura da minha filha, um dia de alegria profunda, precisei me entristecer depois sobre o falecimento do professor.
 
Esta semana me peguei pensando o quanto fiquei abalado com o falecimento dele, cheguei até me questionar o porque, mas daí vi nas minhas estantes estas duas obras. A minha Bíblia preferida, edita por ele, e um dos meus livros preferidos na vida, escrito por ele. 

O legado de um homem de Deus como foi o Sproul, não se acaba nunca, e nos torna íntimos com ele, ainda que nunca tenhamos o visto, somente na Fé Cristã somos íntimos de quem nunca vimos, irmãos de homens preciosos, cujo este mundo não é digno, como foi foi o doutor Sproul, um dos meus mentores literários! Anseio um dia estar com o Senhor e com ele!

quarta-feira, 16 de maio de 2018

Brookllyn 99, a série que precisamos!

Por Nilson Pereira




Lendo o livro ''A Maravilhosa e Boa Vida'', de James Bryan Smith, publicado pela editora Vida aqui no Brasil, eu recebi o conselho de voltar a assistir sitcons como forma de entretenimento. Escolhi o vencedor do Globo  de Ouro de 2014, porque é um dos melhores ( se não o melhor) sitcom dos últimos anos. Este gênero já é muito popular, tanto aqui no Brasil quanto nos EUA, deu origem a séries memoráveis como ''Todo mundo odeia o Chris'', ''Um maluco no pedaço'', ''Eu a patroa e as crianças'', ''Seinfiled'', ''The Office'', dentre outros clássicos que permeiam a minha vida e o imaginário da Cultura Pop até hoje, e ''Brookllyn 99'' para mim já figura neste honroso hall.

O meu gosto por esta série vai além do seu gênero, os roteiristas da mesma foram muito acertivos em adaptar um enredo policial num sitcom (eu sou um fanboy de séries e filmes policiais). Isto faz com que a série tenha sempre uma trama diferente a cada episódio, no estilo Law & Order, porém, com irreverência e soluções inusitadas, diferente da mesma citada que com o tempo se torna desgastante.

Um outro acerto nevrálgico do roteiro do seriado está no fato de todos serem protagonistas no elenco principal, ainda que Jake Peralta seja o protagonista de fato, todos os personagens que figuram na abertura (que considero uma das melhores já feitas, curta e acertiva, demonstra perfeitamente as características ímpares de cada personagem) tem destaque importante e protagonismo na trama de acordo com o episódio apresentado. E que personagens!  Fica difícil escolher um favorito, visto que todos tem identidade própria que evolui de acordo com o decorrer do sitcom. A equipe é o centro do roteiro, não, o personagem A ou B.

Não poderia de rasgar elogios a dois pontos que tornam esta série uma das minhas favoritas: a inclusão étnica feita de forma natural, assim como destaco constantemente este fator na nova trilogia de Star Wars, aqui também pouco importa se o personagem A ou B é latino, caucasiano ou negro, o que torna tudo leve e interessante. A série consegue descrever o que é a cidade de Nova York com perfeição ao ter diversidade étnica de forma tão natural em seu elenco. O segundo ponto, claro, são as piadas pontuais nerds, sobre Cultura Pop.

Esta é uma série que você precisa assistir se quer se entreter e se divertir. Atual, nos faz rir, mas também pensar e entender como é o mundo ao nosso redor de forma clara, objetiva e alegre. Vale demais a pena assistir.


segunda-feira, 16 de abril de 2018

Devocional IPCarioca 13/04/2018 Precisamos falar sobre Fé. (Hebreus 11:1)

Poucos elementos são tão destacados por Deus na Bíblia quanto à fé. Aliás, a fé se destaca nitidamente como uma das mais importantes bases da doutrina cristã, pois sem ela, por excelência, não haveria sentido algum no Cristianismo, indubitavelmente.
Verificam-se na Bíblia, histórias como a de Gideão, que ao liderar Israel na guerra contra os midianitas recebeu ordem expressa de Deus para reduzir 32.000 homens a 300 no exército israelita, porque creu em uma ordem de Deus, venceu a guerra. Verificamos casos como o do ladrão crucificado na cruz ao lado de Jesus, que pelo único e simples motivo de passar a crer que Ele era o Cristo, foi agraciado com a salvação e com o direito de se tornar filho de Deus, mesmo que durante toda sua vida não tivesse tido uma conduta moralmente correta.Existem muitos outros casos, como o da mulher que foi curada de uma hemorragia de 12 anos e o da filha do oficial romano Jairo, que foi salva da morte por Jesus mediante a fé do centurião. Tantos cegos, prostitutas, cobradores de impostos, apóstolos, profetas, povo de Deus e mesmo os que não eram,como o caso de Naamã, fizeram, receberam, viveram experiências sobrenaturais mediante sua fé em Cristo em Deus.
A Bíblia relata que por diversas vezes pessoas foram tocadas por Deus por conta de sua fé, fossem elas pertencentes a Israel, à Igreja ou não. Ainda nos dias de hoje, a fé em Cristo tem movido montanhas, salvado vidas e obtido feitos impressionantes, impossíveis a olhos humanos e inexplicáveis a corações naturais. Deus usa Sua Palavra para gerar um coração cheio de fé e uma mente que não se prende ao racionalismo humano do ‘’não pode ‘’ ou do ‘’não sei como’’.
A fé separa os verdadeiros filhos das criaturas, é o pressuposto básico de tudo o que é sobrenaturalmente oferecido por Deus ao homem, é o único elemento capaz de justificar um ser perante seu Criador; é o fator determinante que traz paz aos assolados pelas guerras da vida e prosperidade ao miserável, livra da morte os condenados, repõe no caminho certo as ovelhas perdidas, re-socializa os marginalizados, conforta os desesperados, transforma verdadeiramente corações. É enfim, a maior expressão de amor que nós homens podemos dar a Deus, pois quando verdadeiramente o amamos, acreditamos que tudo podemos Nele que nos fortalece.
Sem fé é impossível fazer qualquer coisa no Reino de Deus,é impossível até mesmo fazer parte Dele.Deus a usa para determinar aonde se chega, ela cura, transforma, edifica, liberta, reeduca, justifica, aproxima-nos de uma forma única e eficaz do grande Deus, faz-nos entender o que somos, porque estamos aonde iremos e o que podemos fazer. Ela nos localiza no tempo e no espaço. Em um tempo em que o humanismo e o secularismo tem direcionado tantas mentes, tentando tomar o lugar da Fé nos corações de muitos cristãos, é imprescindível que os verdadeiros mestres em toda a Igreja de Cristo por todo o mundo não se cansem de expor sobre o assunto. Só existe uma solução, um elemento que nos aproxima verdadeiramente de Deus, que nos torna verdadeiramente acessíveis a Ele, é a fé que somos capazes de ter Nele.
Eu não sei o que você que está lendo este Devocional tem passado, em quais guerras você tem estado, onde você tem se perdido em seu caminho, se você se sente verdadeiramente justificado por Deus ou não em todos os âmbitos da sua vida; eu realmente não sei o que você tem passado, porém sei a resposta: tenha fé em Cristo e em Deus! Com toda a certeza Ele saciará sua sede, te renovará, te avivará, te fará enxergar o que nunca antes nenhum homem viu ou ouviu te mostrará quem Ele realmente é e o que Ele é capaz de fazer.
Por Nilson Pereira

Devocional IPCarioca 12/04/2018 Um Deus que transforma crises em oportunidades. (Marcos 14:32-41)

Certa feita, li que no vocabulário chinês a palavra crise é a mesma utilizada para designar o vocábulo oportunidade. Andei refletindo bastante sobre este fato, e cheguei à conclusão de que realmente ambas as palavras estão profundamente interligadas. Sob a ótica bíblica essa tese ganha ainda mais força, pois ao analisarmos a vida de grandes homens de Deus enfatizados nas Escrituras, notaremos que talvez não surgisse um Davi se o governo de Saul não fosse um caos e Israel não tivesse em perigo de crise por causas das ameaças de invasão dos Filisteus liderados pelo gigante Golias; não haveria necessidade de um Moisés se o povo hebreu não estivesse em profunda crise por causa dos 400 anos de escravidão no Egito.
Jeremias, o célebre profeta, que teve sua vida radicalmente transformada por suas crises pessoais e nacionais, deixando de ser um menino, passa a se tornar um dos maiores profetas que já existiram. Noé e Enoque tiveram destaques por todas as gerações por serem exceções no que diz respeito à maior de todas as crises que existe, a do relacionamento entre o homem e Deus. Chegando ao exemplo máximo, Jesus, que se despiu de Sua Glória e veio ao mundo para salvar a humanidade corrompida, submetendo-se a maior de todas as crises e em todos os âmbitos.
Falando de Jesus, constatamos que no episódio do jardim do Getsêmani, Ele se deparou com uma das mais profundas crises já vividas por um ser humano, a ponto de suar sangue, porém, sua decisão foi de continuar até o fim e fazer toda a diferença na minha e na sua vida . A crise é grande professora, ela nos faz refletir, avaliar, reconstruir, reconsiderar, reafirmar, reestruturar, aprender com os próprios erros e com os erros alheios.
As crises são grandes ferramentas de Deus para transformar meninos em homens, imaturos em maduros, carnais em espirituais; aguça nossos sentidos para cumprir um dos mais importantes mandamentos de Cristo para ser verdadeiramente um grande vencedor: ‘’ o orai e vigiai’’. Precisamos entender que crise nada mais é que uma grande oportunidade de fazermos a diferença. Oportunidade única de moldar nosso caráter e construir nossa personalidade.
Deus é especialista em levantar homens em meio às crises, pois nos escolheu para sermos seus representantes e embaixadores onde estivermos. Ser imagem e semelhança do Deus Altíssimo nos capacita a enxergar e a fazer com que momentos de crises se tornem momentos de glória.
Talvez você possa estar vivendo um momento de profunda crise pessoal, social, familiar ou eclesiástica, contudo, preste bem atenção, é neste momento que você poderá ser mais usado por Deus em toda sua vida, afinal de contas, é na escuridão que a luz se destaca mais. Se estiver vivendo uma crise, procure se alegrar pode estar aí à chance que Deus está lhe dando, e de que tanto você mesmo pede ao Altíssimo, para fazer sua vida engrenar de uma vez por todas, e exatamente na área em que você está vivendo sua crise.
Por Nilson Pereira

Devocional IPCarioca 11/04/2018 Você tem valor (João 1:12-13; Mateus 5-7; 1 Pedro 2; Provérbios 31)

Somos bombardeados pelo que James Bryan Smith chama de falsas narrativas em seus livros (material que usamos no Discipulado da IPCarioca inclusive). Frases do tipo '' você não é o melhor em tudo'', ''você não serve para isso'', ou ''você não vai conseguir'', entre outras, são narrativas que penetram no mais profundo do nosso coração, derrubam nossa autoestima e travam nosso ser em muitas ocasiões. Muitas vezes, são as pessoas que mais amamos, e até mais nos amam que vão ser autoras de frases infelizes que vão nos fazer mal. Sabendo bem disto, Cristo nos permeia com narrativas bíblicas e verdadeiras sobre a nova realidade dos filhos de Deus.
Costumo citar aqui o livro ''Ego Transformado'' do Tim Keller, que nos ensina a praticar a Teologia do auto-esquecimento, pois o cristão não é o ser humano com baixa autoestima, nem com alta, é simplesmente aquele que aprende a esquecer do próprio ego, não é importante pensar no que sentimos por nós mesmos, mas sim no que Deus faz em nós. É uma questão de justiça, uma vez que entendemos que nada de bom seríamos sem Ele, inclusive antes da Graça do Senhor nos alcançar. Mas o Amor de Deus por nós, Seu povo, que a Escritura expõe e o Espírito Santo testifica, é tão poderoso e acalantador, que pode ser capaz de substituir as falsas narrativas que diariamente somos submetidos.
O valor do cristão contém o que este mundo mais precisa: virtude. Por mais distorcidos e caóticos estejam os valores deste mundo, uma pessoa virtuosa é como feixe de luz na mais densa trevas. Ser virtuoso neste mundo trevoso é atrativo, necessário e transformador. O poder no Evangelho em nós faz milagres. E nada pode tirar este valor de nós. Ser um pequeno Cristo em toda circunstância vale a pena demais, de modo que nada mais que possamos ser vale mais a pena do que isto. Ser cristão nos torna mais belos e interessantes, por dentro e por fora. Aprimora nossa intelectualidade ao viver uma Teologia Saudável. Muda nossa Cosmovisão definitivamente. Dar outra perspectiva sobre coisas aparentemente ruins, como o sofrimento, por exemplo.
A vida cristã é a maravilhosa e boa vida que todo ser humano tenta buscar, afinal ninguém quer viver mal, mas poucos conseguem entender que só em Cristo podemos ser alegres em definição, mesmo quando estivermos tristes, aflitos ou desanimados. Somos as pessoas mais felizes já criadas, ainda que tudo esteja pegando fogo ao nosso redor. Só nós temos a satisfação e a Paz definitiva. Gloria a Cristo Jesus!
Por Nilson Pereira

Devocional IPCarioca 10/04/2018 Permanecendo na Palavra (João 8:31-32; João 15; 2 Coríntios 3:1-4)

A Bíblia é um livro particular na História. Ela é a única leitura viva, orgânica e auto-aplicável que existe. Cristo é Sua Palavra, de modo que o conteúdo no qual as Escrituras relatam são o próprio Senhor. Somente os que permanecem Nele são os que realmente são Dele. Parece uma afirmação óbvia,mas sempre válida e digna de ser evidenciada. Por muitos séculos existem os que dizem pertencer a Ele, mas não o fazem de forma integral, não estão Nele e na Sua Palavra. Infelizmente estes fazem muito barulho e por isso estigmatizam muitas vezes a Cristandade. Poderíamos citar vários exemplos históricos aqui, mas certamente você, caro leitor, já lembrou de vários.
É muito importante nosso papel de embaixadores do Reino de Deus na Terra, de modo que, muitas vezes é o nosso comportamento que o Espírito Santo usa para evangelizar pessoas, alinhado a Sua Palavra que provavelmente já vem sendo plantada no coração dos que estão para se converter a Jesus (pois acredito que a conversão é um processo, conforme o Senhor explica na Parábola do Semeador em Mateus 13).
Quando nos convertemos a Jesus ser pecador não nos define mais (muitos irmãos usam, lamentavelmente, o rótulo de pecador para tentar se defender por trás deste), mas a nossa realidade diante do Senhor não é mais esta, seguiremos pecando, porque não fomos totalmente redimidos ainda, isto acontecerá quando Jesus voltar e nos buscar, mas somos os redimidos do Altíssimo, os ramos da Videira que é Cristo Jesus, o Rei, Senhor, Salvador e Redentor de nós, escolhidos de Deus desde antes da fundação do mundo.
Precisamos nos livrar desta falsa narrativa (segundo James Bryan Smith chama no livro ''O Maravilhoso e Bom Deus'') de que ser pecador nos define, porque isto não nos pertence mais, ainda que vamos lutar contra o pecado até a volta do Senhor, somos discípulos de Jesus, temos a obrigação de permanecer Nele, esta é nossa nova natureza, nossa tendência e estilo de vida. O Espírito Santo habita em nós para assegurar, dentre outras coisas, que estamos Nele e Ele em nós. Sejamos a Carta Viva dos apóstolos de Cristo, Filhos de Deus nesta Terra, discípulos bíblicos do Senhor, mesmo imperfeitos, representamos o Reino de Deus, nas nossas Casas, Igrejas, empregos, sociedades, e nada pode ser mais sério do que isto na vida daqueles no qual Jesus redimiu com Seu próprio sangue.
Por Nilson Pereira

Devocional IPCarioca 09/04/2018 Adorar a Deus com tudo o que somos, inclusive com as finanças. (João 4:23-24; Mateus 22:37-39; Mateus 16:15-19)

Estes dois textos são frenquentemente alvos de reflexão da minha parte. Os considero fundamentais na vida cristã, afinal de contas, falam de uma entrega absoluta por parte dos discípulos de Jesus. Estes textos nos imputa a por Deus no centro total das nossas vidas, de modo que ao nos relacionarmos (não somente com Ele e com as pessoas, mas com tudo o que existe), o fazemos Nele. Nada pode ser mais sério do que isto na vida de uma pessoa.
Este texto rege absolutamente tudo na vida de um ser humano, inclusive nossas finanças. Não adianta viver estudando as Escrituras, nem ter uma vida frequente de oração se Deus não é o Senhor das nossas finanças também. Aliás, o cristão que verdadeiramente vive meditando nas Escrituras e em Oração, vai automaticamente por sua vida financeira como serva do seu Deus, não é questão de escolha, é natural.
Por mais falsas narrativas que adquirimos ao ter contato com escândalos de falsos mestres e líderes no meio cristão no decorrer destes milênios que segue a Fé Cristã, se cremos em Deus e nas Escrituras iremos entender que nossa renda também pertence a Ele e ao Reino. As más ações de falsos profetas não contaminaram nossos corações a ponto de travarmos em área alguma, afinal, nosso Senhor sempre disse que haveriam os que praticariam escândalos, que o joio e o trigo iriam se misturar, mas que o trigo sempre seria trigo, e o joio sempre seria joio.
Vivemos tempos terríveis e surreais onde os "cristãos" são Flamengo e Corinthians, Marvel e DC, Lula e Bolsonaro, mas não são a única coisa que precisamos ser: Igreja! E ser Igreja é viver por Ela, pelo pedaço do Reino que Deus nos deu, não só para ter, mas para ser! O cristão que não ama sua Igreja Local não é se quer digno de ser chamado de cristão, pois não entendeu nada do que a Escritura descreve sobre ser um pequeno Cristo. Jesus ama sua igreja com Sua própria vida, e Seus verdadeiros discípulos são esta Igreja no qual Ele deu sua vida. Se você se diz cristão e não se considera Igreja, você não passa de mais um impostor que existe neste mundo caído, e ser Igreja é entender que Ela precisa de tudo o que somos, inclusive do nosso dinheiro.
É bíblico, o bem mais precioso que Deus dá ao homem, depois Dele mesmo, é sua Família, e logo em seguida, totalmente interligada a citada, vem a Igreja Local. É Nelas e por Elas que a parte mais significativa do Reino de Deus atuará na minha e na sua vida, meu irmão. Cuidemos das nossas Igrejas, com nosso intelecto, emoções, dedicação, tempo, orações e dinheiro. A nossa Igreja Local precisa de nós, espiritualmente, emocionalmente, moralmente e financeiramente! Sejamos homens e mulheres maduros, que caminhamos com Deus biblicamente durante nossas vidas!
Por Nilson Pereira

quinta-feira, 12 de abril de 2018

Devocional IPCarioca 06/04/2018 A Soberania de Deus é o nosso refúgio (Salmo 46; Mateus 6)

O clássico hino reformado composto por Martinho Lutero ''Castelo Forte'' é uma expressão de amor e dependência do Senhor. Um sentimento único que deveria ser o nosso estilo de vida diário e permanente. Infelizmente muitas vezes o pecado que ainda habita em nós, mesmo na condição de seres redimidos em Cristo, ainda põe este belo sentimento gerado pelo Espírito em prova. Ler e ouvir falar de como Deus é gera em nós coragem para enfrentar qualquer coisa em nossas vidas, por mais poderoso que o adversário possa ser, não é sobre nós, e sim sobre Aquele que batalha em e por nós.
O texto escolhido de hoje mostra que, não importa o que esteja acontecendo em nossas vidas, ou no exterior do lugar em que vivemos, Deus é Soberano e se importa conosco, como um Pai amoroso e fiel, e por isso mesmo a grande verdade é que não temos o que temer nunca. Muitas vezes perdemos apenas o foco certo, cuidamos de observar o que Deus nos faz ser, e não quem Ele é.
Se vivermos para observar quem Deus é, e entendermos que biblicamente, somos algo porque estamos Nele (ou seja, Naquilo que Ele é), não vamos mais sentir tanto medo ao nos depararmos com crises, sejam elas de que ordem for. O caminho perfeito que a Escritura nos leva tem seu fim ao encontrar o Seu Autor, afinal de contas, o que faz da Bíblia um livro único, a Palavra de Deus Viva, é o fato Dela ser o manual de relacionamento, primeiro com o Senhor, depois uns com os outros.
Meditar nas Escrituras sempre e orar nos fará ter uma Espiritualidade Saudável, e isto gerará uma relacionamento firme e forte com Deus. Não há outro caminho a ser seguido, nem outra forma de viver para nós, discípulos de Jesus. Isto fará com que nada nos abale, por mais terrível que seja as circunstâncias, viveremos entendendo que o nosso Bom e Maravilhoso Deus é superior e Soberano diante de tudo.
Por Nilson Pereira

Devocional IPCarioca 05/04/2018 Devemos orar pelas autoridades (1 Timóteo 2:1-3; Mateus 25:14-30; Romanos 12:8; 1 Coríntios 12:28)

Esta é uma direção dada pelo apóstolo Paulo a Timóteo muito séria e oportuna. É uma clara exposição de que o cristão não pode ser alienado politicamente, antes, precisa analisar tudo o que acontece ao seu redor com um olhar bíblico. Quando um governante ímpio age com Graça diante de Deus, o Senhor se alegra, o conduz mediante a Graça Comum a cumprir princípios contidos na Palavra de Deus em favor do Seu Povo, o grande exemplo talvez seja o imperador persa Ciro (Esdras 1:2-4).
Mesmo nas mãos de ímpios, o governo é um dom dado por Deus, oriundo de Suas escolhas. Por outro lado, quando o governante não age dentro dos princípios do Senhor, Ele age cuidando do Seu Povo, de modo com que tudo coopere para o nosso bem, com atitudes boas e más do Estado no qual o cristão se encontra submetido politicamente. Foi assim durante toda a Era Apostólica, onde Nero, o homem que mais nos perseguiu, atuava. Um governante responde por toda uma sociedade, e não mais por si mesmo, é um representante (novamente, bom ou ruim) de Deus sobre aquele povo (isto acontece também no âmbito eclesiástico), o peso do julgamento do Senhor é maior sobre os mesmos, devido a responsabilidade diferenciada dos mesmos, e por isso, carecem ainda mais de misericórdia.
Orar por quem exerce poder transforma, acima de tudo, o orador, nos ensina a sermos mais misericordiosos com os outros, a nos parecer mais com Jesus. Isto não nos impede de denunciar más ações governamentais, ao contrário, fiscalizar (mais ou menos nos moldes proféticos do AT) também é um dos papéis fundamentais da Igreja. Embora muitos dão suas vidas para conquistar o poder, não é fácil estar na posição que almejam, mesmo os valores seculares sendo totalmente invertidos em comparação com o Reino de Deus, no fim das contas, são os princípios do Senhor que vão prevalecer, e todo líder precisa tomar o cálice do Salvador, de uma forma ou de outra, aqui ou no Julgamento final.
Oremos por aqueles que nos lideram em todas a instâncias, denunciemos suas possíveis más obras, mas que possamos pedir ao Senhor misericórdia, arrependimento e quebrantamento diante Daquele que promove a estes Sua representação governamental. Chegará o dia no qual nós estaremos somente com o único Rei que existe, governando sobre nós eternamente! Tudo aqui neste mundo passa, sobretudo a retenção ínfima de poder sobre homens.
Por Nilson Pereira

Devocional IPCarioca 04/04/2018 A Igreja Bíblica, posicionamento forte, mas não belicoso (Efésios 6; Efésios 4:26; Gálatas 2:20)

Hoje é um dia importante para a História do Brasil. Nós na Igreja Presbiteriana Carioca entendemos que o Evangelho requer de nós posicionamentos, não fomos chamados para sermos isentos ou omissos, mas nosso posicionamento deve ser bíblico, em conformidade com a Escritura. Este que vos fala tem percebido ao olhar as redes sociais, que os brasileiros transformaram a Política em um esporte, uma partida de Futebol, o que é lamentável. Se até pouco tempo atrás a crítica comum era a que o brasileiro era alheio a Política, desinteressado, hoje, fomos para um outro extremo, igualmente perigoso.
O que mais entristece é ver irmãos em Cristo que poderiam tentar contribuir com um necessário equilíbrio e vestem a camisa de algum dos ''times'' de futebol que se apresentam neste quadro lamentável político atual. Os discípulos de Jesus precisam entender que o nosso caminho é do Evangelho, não de nenhuma ideologia humana que se apresente no atual cenário, que é comum e necessário que nos indignemos com todo o contexto que vivemos hoje, mas sempre entendendo que não vive mais você ou eu, e sim Cristo vive em nós, nossas opiniões e expressões devem ser em Cristo, não em nós mesmos, seres outrora caídos e influenciados pelo pecado. Não somos daqui, somos peregrinos neste mundo, nossa nação é a Nova Jerusalém, portanto, agimos hoje como cidadãos da nação Celeste governada pelo Rei Cristo Jesus, não nos rebaixemos ao agir como torcedores políticos patéticos.
Hoje é um dia complicado, em qualquer coisa que devemos nos manifestar precisamos pensar, refletir, e acima de tudo orar. É impossível ser Igreja de Cristo neste país e ignorar, ou adotar uma posição partidária do ponto de vista ideológico humano hoje, é tempo de orar, de clamar, de meditar e ser bíblico, não de discutir, bater boca, partir para agressões físicas ou desfazer amizades de forma gratuita. Nossa vida (inclusive nossos discursos) são a mais eficaz Pregação do Evangelho, que mais do que nunca, não esqueçamos disto hoje. Meu irmão, vamos pensar duas vezes mais antes de se manifestar sobre tudo isto que temos vivido neste país.
Por Nilson Pereira

Devocional IPCarioca 03/04/2018 Diga-me com quem andas... (Salmo 1)

A vida humana é caracterizada por idas e vindas, pessoas vão e saem das nossas vidas com frequência. Alguns vivem isto mais corriqueiramente, outros nem tanto, mas de certo é, existem pessoas que não permanecem. Nem sempre por desempenhar um papel ruim, as vezes pessoas surgem como Melquisedeque apareceu a Abraão (Gênesis 14:18-20; Hebreus 5:6-11) com o papel de nos aproximar de Deus naquele momento, outras saem simplesmente porque Deus não as quer no nosso caminho, para não atrapalhar o fluir do Evangelho em nós.
De certo é, Deus regula estas aproximações e afastamentos na vida de um cristão, de modo que não precisamos nos preocupar com isto, e sim com que o somos Nele para os nossos próximos, ainda que estes não cumpram isso conosco, esta é a conduta bíblica. O Salmo primeiro fala de não se assentar nas rodas dos escarnecedores, e é bem comum na vida, sobretudo na conduta dos neófitos, termos pessoas que podem ser estereotipadas neste quadro, de escarnecedores em nossas vidas, pessoas que atrapalham nossa vida cristã e que precisam ser extirpadas do nosso convívio.
O Evangelho requer de nós uma conduta missional o tempo todo, se há não cristãos em nosso convívio é muitas vezes intencional da parte do Espírito Santo, para que possamos fazer valer a Luz do Evangelho sobre elas através das nossas vidas, discursos e condutas, mas existem aqueles que de alguma forma exercem influencias sobre nós (muitas vezes até mesmo convertidos e não apenas não cristãos) de forma negativa, e por isso precisam ser afastadas. Este é um momento ruim, difícil, de ruptura, mas Deus conduz os discípulos de Jesus nisto, fazendo com que o Espírito Santo fale por eles. Nunca é fácil, mas não pode ser uma decisão meramente humana, fruto de um razão passional, e sim fruto de uma vida devocional (o que temos dito com frequência aqui na Igreja Presbiteriana Carioca ser vital a vida do crente) onde Deus faz este mover na vida de Seus filhos.
Termino com uma frase de A. W. Tozer, conhecido teólogo do Século 20: ''Algumas amizades não podem ser mantidas se você quiser ser um cristão''. Uma frase real e necessária. Que o Senhor Deus nos dê Sabedoria, a que o presbítero Tiago diz em sua Carta Canônica ser fruto da Graça (Tiago 1:5), para nos guiar e nos tornar mais semelhantes a Jesus, e quem caminha conosco tem um papel fundamental neste processo. Lembrando, o princípio da Sabedoria é o temor do Senhor (Provérbios 9:10).
Por Nilson Pereira

Devocional IPCarioca 02/04/2018 Vivendo na Paz de Cristo (João 14:27)

Buscar a paz de espírito se tornou um dos maiores ídolos do nosso tempo. Num mundo cada vez mais agitado, rápido, violento e cujo os valores são cada vez mais relativos e invertidos, ter paz interior é algo cada vez mais raro e valorizado.
No Evangelho de João, o Senhor Jesus explica sobre uma Paz diferente daquilo que o homem natural vive para buscar, uma Paz única que provém do Criador. Esta Paz é pacificadora na essência, não nas circunstâncias. Uma Paz que é paz mesmo no meio de uma guerra, não é uma paz de espírito somente, é a Paz do Espírito, que a Terceira Pessoa da Trindade assegura ao nosso coração.
A Paz verdadeira que só tem quem caminha com Jesus, que independe do que está acontecendo em nossas vidas, depende apenas da presença do Deus Altíssimo em nós. Esta Paz alimenta nossa Fé, é consequência direta de uma vida na Palavra de Deus, A tendo como o nosso guia, crendo em cada Palavra inspirada pelo Senhor contida na Bíblia. Esta Paz não provém da ausência de problemas, mas da presença do Deus Vivo!
A meditação nas Escrituras e uma vida de Oração traz a Paz que excede todo o entendimento, uma paz que não é condição, mas um estilo de vida. Todos os nossos referenciais na Fé, sobretudo os mártires cristãos, esboçam tal Paz de quem vive no Senhor, pois nem a morte, a dor ou o sofrimento pode abalar a Paz que Cristo dá a nós seus discípulos. Não é possível alcançar esta Paz sem Fé, que vem pelo ouvir a Palavra de Deus, que vive em nós através das orações baseadas Nela.
Ontem, no nosso culto de Páscoa, o pastor da nossa Igreja pregou: a sua vida depende dos momentos que você tira para Deus diariamente! E esta é uma verdade inquestionável, este tempo Devocional é vital! Precisamos desta Paz para viver, e ela só vem numa vida dedicada ao Evangelho! Que o bom e maravilhoso Deus te dê a Paz de Cristo sempre, ela é um dos maiores e mais importantes diferenciais que pode existir na vida humana!
Por Nilson Pereira

sábado, 31 de março de 2018

Devocional IPCarioca 30/03/2018 O grande exemplo: Um humilde Salvador (Isaías 53)

A reflexão devocional de hoje não poderia ser sobre outra coisa se não pela vida e obra do Senhor aqui na Terra. Não poderia ser em cima de nenhum outro texto se não o de Isaías 53, um capítulo canônico que sempre me emociona ao ler.
Jesus veio a Terra de forma intencional, com o intento de quebrar os paradigmas humanos. O tão esperado Rei e Messias israelita veio na aparência de um homem comum, numa vida comum, mas não era alguém comum, era o Salvador, o Verbo Encarnado, o Deus conosco!
Foi confundido como um líder político (e infelizmente até os dias de hoje o confundem assim), decepcionou há alguns por ter vindo fazer algo mais importante do que saciar ideologias humanas, foi exaltado e recebido pelos Seus, nossos primeiros irmãos.
Como prometeu, foi traído, espancado, crucificado. Morreu e ressuscitou ao terceiro dia. Pregou com a vida o Evangelho, curou, salvou, edificou, ensinou, nos enviou. Praticamente não existem mais dúvidas de que Jesus existiu, e de que foi bem mais do que um bom homem.
O Salvador se fez homem, sua vida na Terra redefiniu o conceito de belo e importante, o Rei do Universo montou num jumentinho, não num carro importado, não tinha onde reclinar a cabeça, não tinha uma megalomaníaca mansão, andava com discípulos, não com funcionários ou seguranças. Jesus, a Imago Dei perfeita, ensina que as pessoas são imagem de Deus, portanto, são elas o que importam nesta vida. Ensinou que amar a Deus e aos outros seres humanos, com a própria vida, é a caminhada a ser traçada, valorizando os relacionamentos e usando as coisas.
Jesus veio cumprir a Missio Dei, vive uma vida missional, e nos ordenou a viver o mesmo até que Ele volte (Mateus 28:16-20). Neste dia, pare e reflita sobre este capítulo, pense se você tem vivido o Cristianismo do Cristo ou o contaminado por homens. Que possamos aprender a ser como Ele todos os dias. Esta é a única vida que vale a pena ser vivida.
Por Nilson Pereira

quinta-feira, 29 de março de 2018

Devocional IPCarioca 29/03/2018 O cristão e as redes sociais (2 Timóteo 2:1-26)

Este é um texto tão providencial no que se refere a conduta cristã nas redes sociais que em uma leitura rápida passa até a impressão de que o Apóstolo Paulo o escreveu para os discípulos de Jesus deste nosso tempo. Esta é um resposta perfeita do Senhor mediante as Escrituras, de como devemos nos comportar, cada versículo dele deve ser meditado antes de postar ou se envolver em qualquer discussão de internet, ou em qualquer outra forma de expressão.
Esta reflexão é fruto de uma preocupação. Em minha Lectio Divina de hoje foi impossível não lembrar dos fatos que aconteceram ontem, onde ônibus de uma caravana do PT (como cristão que vive para ser bíblico sou contra o PT e a ideologia que eles pregam, mas nada justifica isto) foram atingidos por tiros, e em tudo o que vem acontecendo nos últimos dias aqui no Brasil e no mundo, afinal, o Facebook, maior rede social do mundo, começa a entrar em colapso por conta de intervenções nas eleições dos EUA em 2016, e o Brasil começa a ser o maior alvo para as eleições deste ano. De 2013 para cá, as redes sociais se tornaram verdadeiras arenas, onde cristãos discutem sem parar com ímpios e outros cristãos, o que, em ambos os casos, são biblicamente inadmissíveis.
O discípulo de Jesus deve ser conhecido por sua Inteligência sim, a Fé Cristã verdadeira intelectualiza pessoas (A Reforma é reconhecida como um dos, se não o, maiores fatores da erradicação do analfabetismo em diversas regiões do mundo), mas a Sabedoria também deve ser um dos pilares da Espiritualidade Cristã. O cristão deve ser como Jesus em tudo, e não consigo imaginar o Senhor discutir no Facebook se o certo é ser coxinha ou mortadela, arminiano ou calvinista, Marvel ou DC Comics. John Piper diz que o Facebook e o Twitter serão usados por Deus para mostrar que nunca foi falta de tempo o motivo da falta de oração e meditação bíblica na vida dos crentes de hoje, e ele tem toda razão.
Se todo cristão se empenhasse com a vida para ensinar e cuidar de suas Famílias e Igrejas o Reino de Deus teria avançado muito mais neste mundo cada vez mais tenebroso, isto é muito mais importante do que discutir em redes sociais, Deus é o Todo Poderoso Rei do Universo, não precisa de advogados, precisa de adoradores enviados por Ele para pregar o Evangelho neste mundo que morre a cada dia mais. A vida missional é oposta a vida de espiritualidade de rede social. As redes são de extrema importância no mundo de hoje, agora mesmo escrevo uma reflexão nelas inclusive, conheço muitos que foram alcançados pela Graça de Deus através daqui, mas para o Senhor não existe mundo virtual e mundo real, existe você e eu, o que somos aqui conta para o Senhor define quem somos. E o que nos define? Ser discípulos de Jesus na vida ou baluartes da posição X ou Y? Quem você tem glorificado com suas redes sociais, Cristo ou você mesmo e sua ''maravilhosa'' intelectualidade, capacidade argumentativa e força vocal? Se usássemos mais nossos dons em prol do Reino, muitas pessoas que estão se destruindo exatamente agora poderiam ver Cristo em nós e ter suas vidas mudadas. Fica a reflexão, que sejamos como Jesus em tudo, inclusive quando logamos nossos perfis da grande rede.
Por Nilson Pereira

Devocional IPCarioca 28/03/2018 A conduta cristã (2 Timóteo 3:1-17; 1 João 1:5-10)

Quero começar recomendando fortemente que você, caro leitor, medite bastante nestes capítulos. Eles não são qualquer textos, são de extrema importância para vivermos o Evangelho nos nossos dias. O tempo todo verificamos pessoas que infelizmente detém as mesmas características expostas nos primeiros versículos deste capítulo da segunda carta do Apóstolo Paulo a Timóteo, e neste texto, o Apóstolo Paulo expressa o quanto este tipo de pessoa pode ser prejudicial a vida de uma Comunidade.
A falta de compromisso é algo destrutivo para a relação entre o cristão e Deus. O crente fraco que se deixa levar por todos os desejos acaba por agir como um ímpio, e pior, um ímpio que consegue enxergar. Obviamente há um caminho de recuperação para aqueles que mesmo em Igrejas, não vivem o Evangelho, se arrepender e viver como quem nasceu de novo, porém, muito dos que caminham de forma tortas dentro do Corpo de Cristo, nem se quer imaginam que estão nesta situação.
Não estou aqui dizendo que o cristão é perfeito e não peca, mas o pecado não pode ser algo que define o discípulo de Jesus. O cristão que peca fica desesperado para se consertar aos moldes da Escritura e com o poder do Espírito Santo. Pecar é humano, permanecer no pecado não é cristão. Todo cristão é chamado para ser um exemplo, não de perfeição, pois isto é impossível, mas de restauração de Deus. Desde a menina criada na Igreja até o ex-assassino, todos nós somos chamados por Cristo para sermos exemplares na vida no Evangelho! Não tem como escapar, novamente cito uma das frases favoritas em nossa Igreja, cunhada por Charles Spurgeon: Todo cristão, ou é um missionário (um enviado por Deus a este mundo para viver e pregar o Evangelho), ou um impostor. E é nossas condutas pós Jesus que vão definir, se somos cristãos de fato ou impostores. Vale lembrar que os impostores parecem verdadeiros, as vezes enganam a si mesmo inclusive, mas no fim das contas são impostores. Poderia citar aqui diversos casos como o de Judas Iscariotes, mas não precisa, vocês mesmos já devem lembrar de casos próximos.
O joio parece trigo, cresce como um, mas chega a hora que o Senhor do campo cansa de deixar convivê-los, e corta os joios jogando na fogueira. Nada é mais importante para um seguidor de Jesus do que viver se examinando a luz das Escrituras e em contrição e arrependimento diante de Deus. Se tem muito tempo que um cristão não se arrepende, há algo de errado, talvez tem sido joio achando que ainda somos trigo. Que o Senhor use Sua Palavra para nos examinar sempre.
Por Nilson Pereira

terça-feira, 27 de março de 2018

Devocional IPCarioca 27/03/2018 Uma reflexão sobre o cristão e o Amor. (1 Coríntios 13; 1 João 4:8; João 13:35)

Este é um dos capítulos mais famosos das Escrituras, mais especificamente, a primeira parte, até mesmo Renato Russo fez música baseada nesta. Realmente a primeira parte desse texto bíblico é linda e fundamental para nós no que discerne entender um dos atributos mais importantes como cristãos: o Amor. porém, é a conclusão dele é o que considero de mais importante contido neste texto.
Quando Paulo fala que, ao ser menino agia como menino e quando era homem agia como homem, ele quer discorrer sobre maturidade, e isso nos ensina que o verdadeiro propósito do amor é nos tornar maduros de forma integral, intelectualmente, emocionalmente, espiritualmente e até mesmo fisicamente. Não existe amor centrado em Cristo sem que os envolvidos alcancem maturidade.
Entendendo que biblicamente o amor é um atributo complexo e completo que envolve mandamento, sentimento, pensamento e atitudes e que sem qualquer uma dessas características perde a identidade de amor bíblico, que deve estar em toda forma de relação humana, atributo que o apóstolo João vai dizer em suas cartas que definem o próprio Deus (I João 4:8).
Através da descrição de amor, o apóstolo Paulo vai definir os 3 pilares da nossa vida cristã, no que considero ser o ápice do capítulo: a Fé, a Esperança e o Amor. Entendo que são estes três pilares nos sustentam como discípulos bíblicos do Senhor.
A Fé tem a ver com conhecer a Cristo, entendê-Lo e vivê-Lo em nós mesmos. A esperança tem a ver com o acreditar com todo o nosso entendimento de que Ele é Senhor de todas as coisas, e que a maior de Suas promessas, a saber, que reinaremos com Ele para todo o sempre, consiste em uma verdade imutável. É a esperança que nos faz resistir à todas as adversidades que enfrentamos nesta vida.
Já o Amor, teologicamente falando, se define por relacionamento. Seja com Deus, seja com as pessoas. Deus (o Pai, o Filho e o Espírito ) é uma pessoa, não é uma ideia nem mesmo um conceito, um ser relacionável. Só vivemos para Cristo se nos relacionarmos com Deus. Todo nosso conhecimento e dedicação só prestam se forem para aprendermos a nos relacionarmos com Ele e com as pessoas, cujo o fruto é a Piedade Bíblica, afinal, o fim do conhecimento útil é a relação. Por isso Paulo fala que Fé e a Esperança são menores perto do Amor. Porque nos relacionaremos entre nós e com Deus eternamente, nossa Fé e nossa Esperança serão completas e definitivamente saciadas ao estarmos eternamente com no nosso Deus, já o Amor será saciado constantemente na Eternidade, pois ela tem a ver com relacionamento total com Deus e com nossos irmãos. Que possamos viver para aprender isto sempre.
Se você entende que Deus pôs pessoas na sua vida, ame. Entenda o que é o amor, ame sem medidas. Ame em Cristo Jesus seu cônjuge, seus filhos, seus amigos, seus pais, seus irmãos, todos que puder. Ame como Ele nos amou. Ame sem medidas, ame como a Escritura define. Entendendo que o o propósito do amor é tornar tudo maduro. Cresça amando, a Deus e ao próximo.
Por Nilson Pereira

Devocional IPCarioca 26/03/2018 O Evangelho é o legado para posteridade (Isaías 61:9)

O belíssimo texto escolhido para nossa meditação hoje fala sobre os benefícios de caminhar com Deus e o transbordar disto através de nossas descendências. O texto fala de Cristo, que na época do profeta Isaías ainda haveria de vir a Terra, mas, Nele, nós herdamos tais Palavras, se permanecemos Nele (João 15), e assim, fazendo com que o Evangelho seja a nossa marca e a marca daqueles que vem após nós, sejam de descendência biológica, seja espiritual!
O Cristianismo é legado, o Evangelho é perpétuo na vida daqueles que são do Senhor e na vida daqueles que são Dele, Deus é sim de aliança, embora a teologia da prosperidade tentou dar uma conotação errada nesta afirmação, ela é verdadeira se aplicada da forma certa. Nós temos a responsabilidade de primeiro, viver o Evangelho de forma piedosa e integral, sendo exemplo, sendo imitáveis (1 Coríntios 11;1), e depois de dedicar a vida ensinando aos outros o Evangelho (Mateus 28:16-20). Esta é a mais importante Missão que existe na vida cristã.
O legado exigido pelo Evangelho é um soco no estômago da pós-modernidade que nos cerca, pois esta prega o individualismo exacerbado, a falta de preocupação com a responsabilidade de influenciar e direcionar as próximas gerações em nome de uma falsa, irresponsável e mortífera liberdade. A verdadeira liberdade não é provar todas as opções possíveis, e sim, ser mentoreado para saber escolher no caminho que se deve andar (Provérbios 22:6), pois existe sim uma Verdade Absoluta, nem tudo é relativo nesta vida.
Não existe cristão pós-moderno, esta é uma contradição por essência, por isso, o meu e o seu papel como cristãos adultos e bíblicos é preparar e priorizar o legado que vamos deixar em Cristo, o Evangelho iluminando a nossa e as próximas gerações de discípulos de Jesus, gente que não é do mundo, mas que estão aqui para ser baluarte do Senhor neste mundo trevoso (João 17). Nossa maior Missão na vida é propagar o velho Evangelho de Cristo e espalhado pelos apóstolos para a posteridade (Atos 2:42-47), sem cansar, todos os dias, sem parar. É uma questão de maturidade cristã, de bondade, piedade e responsabilidade (Hebreus 5:12-14). Deus nos chama para sermos como Jesus, e não há ninguém mais responsável com o próximo que o nosso Senhor.
Por Nilson Pereira

Devocional IPCarioca 23/03/2018 A conduta do cristão missional transformado (1 Pedro 2:1-12; João 15 e 17)

Escolhi hoje três dos textos mais importantes sobre a identidade de discípulo de Jesus, belíssimas descrições de como ser e viver neste mundo para a nova humanidade que Deus criou em Cristo. Textos que expressam bem o que devemos ter de consciência do que somos. Recomendo fortemente investir tempo de seu dia, caro leitor, refletindo sobre ambos os textos citados.
Nesta semana aqui na IPCarioca, vamos discutir a Transformação que Deus gera na vida de Seus filhos, e uma coisa frisada fortemente pelo autor do livro que estamos discutindo, James Bryan Smith, é uma inquestionável verdade baseada no capítulo 15 do Evangelho de João: ter uma natureza pecadora não te define se você é um discípulo de Jesus, o que te define é ser filho de Deus, habitat do Espírito de Cristo. Nós vamos pecar, mas o pecado não nos define mais, nunca mais, quem nos define é Cristo.
Cristo habita naqueles que são Seus, e isto é muito mais forte e poderoso do que o pecado que ainda habita em nós também, é o que nos define se verdadeiramente nascemos de novo, é o Cristo, a Palavra de Deus encarnada, que passa a reger nossos relacionamentos, personalidades, temperamentos, pensamentos e ações, pois a presença Cristo transforma. E quem é transformado por Ele, se relaciona Nele, o comunica, expõe o que Ele é e o que Ele faz em cada um de nós.
Ter Cristo dentro de si é tão indescritível e poderoso que transborda de nós, com todas as formas que podemos nos expressar, é impossível pecar nas mesmas coisas que antes tendo Cristo verdadeiramente dentro de você, e é impossível não falar disso para outras pessoas. Isto é ser missional. Ter Jesus em você ( o que vai além do coração, como as pessoas costumam falar), de forma integral, e comunicá-Lo por isso.
Devemos destruir a falsa narrativa de que o pecado nos define, Cristo é quem nos define a partir do momento que nos redimiu totalmente, e isto nos impulsiona a falar de tudo o que Ele nos faz. O nome disto é missionalidade, nada mais, nada menos, mas exatamente isto. O Evangelho é nossa posição política, nossa opção sexual, nossa opinião sobre tudo e sobre todos, e Cristo é o Evangelho, como diria John Piper e outros teólogos no decorrer da História. Termino citando Dave Harvey: o que alguém pensa sobre Deus define quem a pessoa é. Que Cristo nos defina sempre e em todos os momentos da nossa vida!
Por Nilson Pereira

Devocional IPCarioca 22/03/2018 A liberdade do auto-esquecimento e a vida missional (Filipenses 2; Atos 20:24; 1 Coríntios 3;21-4:7)

Estou o usando o título original do novo clássico cristão ''Ego Transformado'', de Tim Keller (extremamente recomendável sua leitura, é um dos maiores livros cristãos de todos os tempos, digo isto sem medo) para ilustrar a essência da aplicação do Evangelho em nossas vidas: eu e você precisamos nos esquecer de nós mesmos. Não precisamos ter baixa estima, nem alta, precisamos simplesmente nos esquecer de nós. A Bíblia toda gira em torno de Cristo e nesta prática, do homem esquecer de si mesmo e viver para Deus e para o próximo como consequência. Este é o cerne do amadurecimento cristão, quando vencemos nossos egos, vivemos totalmente na contra mão da maldição no qual o pecado nos submeteu desde Adão e Eva: de criarmos em nós mesmos o nosso deus.
O cristão não é aquele que vive cabisbaixo, depressivo, nem tão pouco aquele que vive discusando sobre seus grandes feitos, vaidoso ou soberbo de si próprio, o cristão é aquele que não se importa mais com o que é, e sim com quem se relaciona. É aquele que vive para se comunicar, primeiro com Deus, depois com os próximos mais próximos e assim por diante. O que define um cristão não é o que ele conquistou ser simplesmente, mas o que ele é por se relacionar. A essência do Evangelho é a relação aplicada na Palavra, desde sempre, afinal, adoramos a um Deus Trino, que em Sua Essência se relaciona.
Diversos teólogos na História pregam que nenhum cristão é uma ilha, pois simplesmente não existe Cristianismo isolado, precisamos nos relacionar com Deus para ser alguém no Reino, e a partir disso, quanto mais nos relacionamos, mais vamos crescendo naquilo que somos, não em quantidade, mas em qualidade, amadurecimento e profundidade. Por isso não devemos nos gloriar no que somos, ou nos autoflagelar naquilo que não somos (ou por não gostar daquilo que somos), porque só se é algo aquele que depende totalmente de Deus para existir, e servir por ser alguém. Servir é ser missional, e quem serve vive com Cristo para sempre. É impossível ser missional sem aprender o que Jesus, o apóstolo Paulo e Tim Keller ensinam no ''Ego Transformado'', porque quem pensa em si mesmo, não serve para servir (com o perdão do trocadilho), pois está muito ocupado, ou se auto-admirando demais, ou se depreciando demasiadamente.
Quando o seu estilo de vida é a relação auto-sacrificial que exige o auto-esquecimento ( não no sentido de se matar, mas no sentido de não se importar com a reputação) além da maturidade, surge a verdadeira liberdade em todos os aspectos, aquela que Cristo tanto nos promete. Se auto-esquecer é se tornar mais parecido com Jesus, afinal Ele é, e sempre será o maior exemplo de Amor auto-sacrificial que existe. No Reino de Deus quanto mais forte e poderoso se é, mas auto-esquecível nos tornamos, mais parecidos com Cristo e bíblicos somos, e mais preciosos como pessoa seremos. No mundo, é o oposto, a ponto de nos destruir e destruir o que amamos por conta, ou de um ego inflado, ou de um ego murcho.
O principal motivo da vida do cristão ser medíocre (Apocalipse 3;15-22) é o fato de não se auto-esquecer, e estar vivo demais, ao invés de aprender a morrer, tanto para se auto-idolatrar, tanto para se auto-flagelar. Cristão bíblico é aquele que aprende a morrer para si em vida, se não formos assim, somos o galho da videira que só serve para ser jogado ao fogo, ou o sal insípido que só serve para ser pisado pelos homens. Que Deus nos faça, através do Evangelho aplicado em nossas próprias vidas, a ter como estilo de vida o auto-esquecimento, e o serviço relacional missional, afinal, como o velho Spurgeon diz, todo cristão, ou é um missionário, ou um impostor!
Nilson Pereira

quarta-feira, 21 de março de 2018

Devocional IPCarioca 21/03/2018 A Igreja precisa de discípulos, não de membros. (Atos 11:22-26; Atos 17:10-11; Atos 2;40-47)

Dentre todas as áreas da Teologia que foram afetadas nos últimos anos a Eclesiologia é a que mais sofreu. De alguns anos para cá se vem pensando bastante sobre Discipulado, o que é algo excelente, porém, pouco se tem pensado sobre a Eclesiologia que esta reflexão necessita para ser posta em prática, e o resultado disto são todas estas aberrações que vemos no cenário eclesiástico contemporâneo. Grande parte das Igrejas atuais, por exemplo, criam líderes que são babás de adultos, estes são membros pagantes que costumam ter seus egos adulados, ou até confrontados, mas até um limite, afinal, perder um cliente é sempre ruim para o orçamento. As pessoas não crescem, são paparicadas, não são exigidas, são ensinadas a buscarem conforto. Os mestres de hoje não ensinam as pessoas a morrerem, e a se tornarem novos mestres, e nada pode ser tão anti-bíblico. Nós fomos chamados por Jesus a não amarmos nossas vidas ( e isto não significa odiar também, mas a esquecer de nós mesmos, pensando em Deus e nos próximos).
Todo cristão se converte para ser como Jesus, não para ser entretido, não para ser consumidor da Fé, ouvindo palavras que geram conforto, seja no púlpito, seja pelas canções. Deus não nos chamou somente para regozijar em Suas promessas, mas para viver Seus mandamentos, onde pregar o Evangelho e fazer mais discípulos esta entre os mais importantes. Aquele que O ama é aquele que o obedece, como o apóstolo João falou a exaustão. Quem ama alguém ama o que esta pessoa mais preza, e cumprir a Missio Dei é o que o Senhor mais preza, sem dúvidas. Cristo Jesus criou a Igreja para ela ser uma Comunidade de discípulos, não um clube cheio de membros, levantou líderes para serem discípulos que ensinam os outros a serem discípulos e fazer mais discípulos, não para terem clientes, num pastoreio de manutenção, e sim de mentoria, a Igreja tem membresia não para ter quórum, mas para ter ramos da Videira (João 15), discípulos que geram discípulos.
O tempo é de pensar Eclesiologia como nunca antes. Muitos irmãos tem nos abençoado com material sobre este tema hoje ( posso citar Jonas Madureira, Tim Keller, Tim Chester, Steve Timms, Kevin Vanhoozer, Colin Marshall, Tony Pane, Dewey M. Mulholland, Christopher J. Wright, Gene Getz, Eric Geiger, Thom Rainer, Gerald Bray, James Bryan Smith, James K, Smith, Peter Scazzero, Mark Dever e todo o grupo do 9Marks, o CTPI, dentre outros), mas esta reflexão precisa chegar nas Igrejas Locais. Como diz o pastor José Carlos Pezini: Precisamos repensar radicalmente nossa Eclesiologia, mudando nossa forma de ser Igreja, voltando a essência do Evangelho.
A minha oração é que as pregações dos discípulos de Cristo neste tempo (no qual me incluo) sejam usadas por Deus para redimir a Igreja, destruir esta maldita falsa narrativa de "sacerdócio do líder", e viver na prática finalmente o belo conceito reformado do Sacerdócio Universal, redimindo membros de Igreja em Discípulos de Jesus. O maior problema da Igreja vai além do púlpito, está também nos bancos. Que eu e você possamos caminhar com o Senhor voltarmos ao Evangelho como Igreja Cristã na Terra.
Por Nilson Pereira

terça-feira, 20 de março de 2018

Devocional IPCarioca 20/03/2018 Você tem matado a sede de quem? (Apocalipse 22:17)


No livro bíblico do Apocalipse, capítulo 22, versículo 17, verificamos a infalível fórmula estabelecida pelo Criador para a conversão daqueles que ainda não o conhecem.Inspirado pelo Espírito Santo, o apóstolo João, declara em uma sublime visão: ‘’o Espírito e a Noiva dizem vem! E todo aquele que ouvir diga: Vem! Quem tiver sede, venha; e quem quiser, beba de graça da água da vida’’ (Ap 22:17,NVI) Deus nos explica neste versículo que para podermos ver a conversão sincera de uma multidão de pessoas (tal como provou as Igrejas descritas no livro de Atos e outras poucas ao redor da História), para que o Evangelho da Salvação de Cristo Jesus seja estabelecido com perfeita eficácia, é necessário que o Espírito diga vem usando a Noiva de Cristo para tal.
A conversão de toda uma sociedade ao Cristo de nossas vidas (processo em que muitos chama de Avivamento) é na verdade o simples resultado de um relacionamento vivo e pleno entre os convites concomitantes do Espírito do Senhor e da Sua Igreja com um único e mesmo fim: o de saciar a sede de pessoas sedentas e desidratadas de Deus.Sabemos que, por excelência, o Noivo jamais falhou em convidar pessoas para que saciem sua sede, seja ela de natureza espiritual, de justiça, econômica, emocional, ou mesmo física. Jesus sempre fez questão em saciar sedes, até por que nada para Ele é mais importante do que isso, conforme notamos no episódio com a mulher samaritana (Jo 4:1-16), porém, é fato que a Noiva de Cristo, a Igreja, eu e você, temos falhado neste processo. Alguns desejando e utilizando somente para si esta água da vida que se apresenta no versículo de Apocalipse citado anteriormente, outros cobram, e com valores altíssimos, por essa água cujo Deus ensina que deve ser dada de graça.
Que processo tão magnífico. Digno e gratificante é este de convidar pessoas quase desidratadas e torná-las verdadeiros rios de águas vivas cuja fonte é o Deus da vida! A Noiva tem um papel de extrema responsabilidade e importância nesse processo, pois foi a escolhida para ser o local de fluxo dessa água proveniente do Deus Vivo, que representa a salvação estabelecida pela pregação do Evangelho do Poder de Deus.
A Bíblia nos garante que mesmo os anjos gostariam de desempenhar este papel sublime, porém, aprouve a Deus escolher seus filhos, sua Noiva, sua Igreja para ser sua mais ilustre parceira nesta tarefa! Não existe função mais interessante do que a de saciar sedes, ser Oásis no meio de desertos.
A água, por si só, já é um dos maiores elementos representativos de vida que existem, junto com o ar, porém, esta água em que se refere o texto de Apocalipse, é algo mais profundo do que o significado natural da água. Chama-se vida com abundância, não somente para nós, mas para todos aqueles que ouvem os nossos apelos de vir, juntamente com o noivo! É tempo de saciar sedes, afinal, sem sombra de dúvidas, existe alguém sedento de Deus, como a corça por águas correntes, bem perto de você!
Vale lembrar o dito popular: ‘’Quem nega água, acaba morrendo de sede...’’
Por Nilson Pereira

segunda-feira, 19 de março de 2018

Devocional IPCarioca 19/03/2018 Discípulo de Jesus ou membro de Igreja? (Mateus 28:16-20; Mateus 16:17-18; João 13, 14, 15, 16 e 17)

O Devocional de hoje é um artigo. Este é um dos textos mais importantes que já escrevi em toda minha vida. Uma denuncia que aprendi com um sábio homem de Deus, e que quero dedicar minha vida para lutar contra. Um assunto que Deus fará ser digerido por muito tempo ainda na minha vida, e espero que na sua também, meu amado irmão!

Neste final de semana tive o privilégio de ouvir o pastor e mentor de pastores José Carlos Pezini, um homem de Deus que todos deveriam ouvir de tempos em tempos. Dentre tantas lições na catarse de informações que eu vivi, está o panorama teológico e histórico que ele traçou da Igreja, no qual se tornou impossível para mim, um admirador profundo de Eclesiologia, não passar todos estes dias refletindo sobre, portanto, tudo o que vou escrever hoje é fruto de meditação do que o Senhor me aprouve ouvir.

Satanás cometeu pelo menos 4 grandes ataques a Igreja de Cristo neste últimos séculos, primeiro tentou para-la disseminando uma grande mentira na Igreja Primitiva através da vida de Ananias e Safira (leia Atos 5 para entender melhor o contexto citado). Depois, o Diabo tentou para-la tentando fomentar o ativismo no meio dos líderes e da membresia (leia Atos 6 e entenda o contexto). Finalmente, levou a Igreja a ser perseguida pelo império secular que governava a época (vale demais a pena pesquisar as Escrituras e ''O livro dos mártires'' de John Fox, leitura obrigatória para todos nós que seguimos Jesus),com mortes, a começar com a de Estevão (Atos 7:54-8:8), e seguindo por diversos irmãos nossos até o dia de hoje (de forma extra-oficial no geral, porém, até o século 4 era oficial), tendo o ápice deste estratégia até o século 4 da era cristã, porém, quanto mais perseguiam o nosso Povo, mais cristãos se convertiam. Só o fato de nossos irmãos valorosos enfrentarem a morte de peito aberto por crer na Esperança Bíblica que nos rege, fazia com que muitos pagãos se convertessem. No século 4 o inferno implementou uma estratégia ainda mais eficazmente terrível para tentar nos parar: o imperador romano Constantino fez a perseguição oficial ser proibida, o que até aí foi uma excelente notícia, mas também fez com que surgisse o clero profissional, onde haveria a destrutiva separação entre cristãos ''profissionais'', chamados de clero, e cristãos ''leigos''.

Este golpe terrível na Igreja ecoa em consequências até os dias de hoje. Os líderes eclesiásticos responsáveis pelo pastoreio (seja pastor, presbítero ou bispo, dependendo da Eclesiologia adotada por sua denominação) passaram ser uma espécie de capelão, que vende serviço religioso, ao invés de viver toda a nossa vocação dotada pelo Espírito Santo, muitos de nós nos rebaixamos a viver como um profissional assalariado secular qualquer, só que tratando-se da Fé, o que é triste demais. A consequência direta disto está no fato da membresia de nossas Igrejas terem se tornado membros de Igreja, religiosos que vão a cultos dominicais para ouvir uma palavra e orar por descargo de consciência, criticar sermões e músicas, e claro, dizimar, pagar boletos de mensalidades por fazerem parte do ''clube'' chamado Igreja na qual foram ensinados, vivendo o que quiserem durante a semana, desde que aos domingos batam cartão e frequentem o clubinho que geralmente possui uma Cruz na entrada. Esta é a triste realidade do cenário da maioria das nossas Igrejas, um pastoreio de manutenção, onde um ''profissional'' vai aparando arestas, e uma membresia de clientes do clube.

Até o século 4, todo cristão, era um missionário ou um impostor (Charles Spurgeon), todo cristão era Discípulo de Jesus, do líder ao novo convertido, viviam para Jesus, sendo discípulos e fazendo novos discípulos para o Senhor, discipulando uns aos outros na Escritura, na meditação Dela e partindo para uma vida devocional de Oração. Não havia clero, não havia leigos, haviam pessoas que davam suas vidas para ser igual a Cristo, ajudando uns aos outros nisto. E tudo era naturalmente bíblico e funcional, não um clube cheio de departamentos ''profissionais'' onde cada um tem uma função específica.

Nossa tarefa como Igreja Cristã é fazer como a Igreja Primitiva fez, vencer todas os ataques terríveis de Satanás, principalmente este último, e isto não se dará no campo geral, e sim em nossas Igrejas Locais. É de dentro para fora, não de fora para dentro, é da pequena porção de Reino que Cristo confiou a todos nós, não só aos líderes, mas a todo aquele que crê e vive por Cristo Jesus. O texto de Mateus 16:17-18 é uma fala clara do Senhor de que a Igreja nunca seria impedida de avançar no mundo impelindo o Inferno a cada dia, mas isto só acontece quando Ela é formada por discípulos bíblicos de Jesus, que vivem com Ele, Nele e para Ele, não por membros de Igreja que nem se quer se lembram que Ele está conosco até a consumação dos séculos, se relacionando conosco todo o tempo, como Pessoa que o Senhor é. Ame nosso Senhor com tudo o que você é, ame sua Igreja local sendo como Cristo, o tempo todo. Tenha um irmãos mais maduro para ser seu mentor, seja discipulado, discipule. Seja discípulo de Jesus e faça novos discípulos para Ele todos os dias, é isto que fará o Reino de Deus ser uma Verdade, não sua postura de reclamação. Que comece em nós a Chama Inextinguível do Evangelho!

Indico além dos livros citados e as Escrituras, a obra de John Piper, ''Irmãos, não somos profissionais'' para os líderes eclesiásticos, e também ''Discipulado'' de Dietrich Bonhoeffer.

Por Nilson Pereira

sexta-feira, 16 de março de 2018

Devocional IPCarioca 16/03/2018 O Cristão e a Política (João 17; Salmo 1; Tiago 4; Lucas 17:37; 2 Timóteo 2, Romanos 1:16; 2 Pedro 2:1-21; 1 João 4)

As recentes mortes acontecidas aqui no Rio vem suscitando uma série de aberrações em forma de opiniões nas redes sociais. A Sociedade ocidental chegou ao cúmulo de politizar mortes de forma popular (uma vez que este hábito trevoso de politizar tudo já acontece por aqui desde sempre, mas nunca a nível popular como atualmente). Não podemos esperar nada diferente de uma sociedade pornificada, que se definha a cada dia na lama da Depravação Total, em forma de uma pseudo justiça social míope e adúltera, mas de nós, discípulos de Jesus, o Senhor espera uma postura bíblica diante deste cenário ideologicamente caótico.
No livro ''A Política segundo a Bíblia'', o famoso teólogo Wayne Grudem vai esclarecer o que deveria ser óbvio em nossas Igrejas: o Evangelho é pura e simplesmente o Evangelho, ele não é Direita, Esquerda ou Centro, não é ideologia humana, antes, ao contrário, é o Poder de Deus para todo aquele que crê, ninguém deve ter a ousadia de tentar adaptá-Lo a ideologias criadas por uma raça caída e corrupta como a nossa, misturar qualquer ideologia e cosmovisão vinda da Terra a Pregação da Palavra de Deus que vem do mais Santo e nobre Céu, é um pecado terrível, mesquinho e sujo.
Os mestres cristãos que são comprometidos com suas Igrejas e não com fama teológica, devem, mais do que nunca, pregar que o Evangelho está indescritivelmente acima de toda esta guerra ideológica estúpida acontecida em nossa sociedade, Ele não é para ''coxinhas'' ou ''mortadelas'', é para homens e mulheres que diariamente morrem para este tipo de coisa, que dão suas vidas por Cristo Jesus, o Verbo Vivo do Deus Altíssimo, e que permeiam toda a sua vida humana no Evangelho, e somente Nele. Toda opinião, pensamento, emoção, toque, ou qualquer tipo de manifestação que um ser humano é capaz de ter, deve, na vida dos verdadeiros discípulos de Cristo, estar submersas totalmente ao Evangelho de Cristo Jesus. Por isso que as Escrituras são categóricas ao afirmar que qualquer falso mestre que prega um evangelho adulterado, misturado com qualquer heresia ou ideologia humana é anátema ao ponto deste ser um dos piores pecados (para não dizer o pior) que alguém pode cometer.
Talvez você possa estar se perguntando o que isto tem a ver com sua conduta cristã, já que nenhum de nós queremos e nos identificamos com estes falsos mestres, só que mesmo que este tipo de conduta não nos defina, muitas vezes cometemos, ainda que momentaneamente, os mesmos erros destes falsos mestres. Adulteramos o Evangelho ao rebaixá-Lo misturando-O a ideologias políticas, sociais e econômicas, sem perceber muitas vezes, mas nós não precisamos disto. Lembrando que este é o grande erro dos judeus na época do nosso Senhor, misturar a Palavra com o cotidiano político da época, e isto os tornou tão cegos que não entenderam quem Jesus era. O Evangelho é suficiente para termos a Maravilhosa e Boa Vida que James Bryan Smith fala em um dos seus livros, Ele permeia nossa vida individual, familiar, eclesiástica, profissional, social, política e em todos os âmbitos possíveis e imagináveis. Você e eu, caro irmão, não precisamos ser influenciados por tanta nojeira em forma de discurso que ouvimos, lemos e assistimos diariamente, afinal, maior o que está em nós do que o que está no mundo.
Somos filhos de Deus, não precisamos ter nada com este mundo, apenas estamos nele para cumprir o Missio Dei e pregar o Evangelho com tudo o que diz respeito as nossas vidas. Que o Senhor nos abençoe e nos guarde, como orou em João 17, todos os dias de nossas vidas.
Por Nilson Pereira

Devocional IPCarioca 15/03/2018 Se apegando a Cristo em meio ao caos social (Mateus 26:52-54; Salmo 121; Salmo 127; Lucas 9)

Hoje o Rio, todo o país e até o mundo acordaram em choque com um assassinato brutal de uma parlamentar. Este caso choca bastante porque teoricamente os políticos devem ser os mais bem guardados quanto a integridade, porém, vale lembrar que todos os dias pessoas são brutalmente assassinadas nesta cidade. A intenção aqui não é fazer proselitismo de ordem alguma, independente da posição social, etnia ou ideologia política, se somos cristãos, devemos ter compaixão sem dúvidas de uma morte assim, uma mulher jovem, cheia de vida que tem sua vida interrompida de uma forma radical e covarde.
Não é de hoje que cidadãos cariocas vivem com medo de pisar nas ruas, a ponto do estado ser o primeiro a sofrer uma intervenção constitucional militar, diante deste cenário, como nós, Igreja Carioca devemos nos comportar em um cenário tão caótico? Esta é uma dúvida válida. Sobre as últimas péssimas notícias que assolam o Rio, nós cristãos temos dois pontos bíblicos a serem considerados.
1 - Nosso socorro vem do alto, vem do Senhor e de ninguém mais, sempre é assim, mas numa realidade de instabilidade máxima, esta verdade bíblica é ainda mais evidente.
Nós devemos ter esta consciência em todos os casos, em tempos de Paz e Guerra, pois somos o Povo do Livro (como o intitulado Estado Islâmico costuma se referir a nós, discípulos de Jesus). Vivemos nas e pelas Boas Novas de Deus, onde nem mesmo a morte física pode deter a ação do nosso Deus em nossas vidas. Em tempos de crise, é a hora, mais do que nunca, de crer no que pregamos mundo a fora, o Senhor irá proteger a nós, nossas Famílias, nossas Igrejas e nossas cidades, e mesmo que a vontade Dele seja a morte física de alguém conhecido, será para a Sua Honra e Glória.
2- Não, as coisas não vão se resolver. Podem até melhorar momentaneamente, mas não vão se resolver, porque é necessário que a Escritura seja cumprida. Devemos lamentar, chorar com os que choram (não apenas no caso da vereadora do PSOL, mas por todas as vidas ceifadas dia após dia nesta cidade), mas entender que tudo está debaixo do controle do Senhor. Nestas horas, é ainda mais necessário que possamos crer Naquele que nos amou primeiro, desde a fundação dos tempos.
Deus nos chamou para não ter medo da morte, ao contrário, nos chamou para não amarmos nossas próprias vidas, na certeza de que elas pertencem ao Senhor de tudo. Em momentos de crises, o Espírito Santo usa o Evangelho para separar os homens dos meninos, as meninas das mulheres de Deus que são chamados para impactar este mundo. Nossa Fé é a mesma daqueles homens e mulheres que entregaram seus corpos a feras, carrascos, imperadores e todo tipo de violência urbana que o Império Romano os submeteu na era da Igreja Primitiva. Que eles sejam sempre as nossas inspirações imediatas depois do Senhor ( o primeiro a se entregar pelos Seus escolhidos). Não há porque temer, e sim em crer mais e mais Naquele que nos resgatou para o Reino do filho do Seu Amor (Colossenses 1:13).
Por Nilson Pereira

Devocional IPCarioca 14/03/2018 Missionais aonde estivermos. (1 Coríntios 7:20-22 e 10:31; 2 Timóteo 4:1-2)

A Escritura é clara: aonde Deus nos pôs é nosso maior campo missionário, começando com nossa Família, Igreja, Empregos, Bairros, Cidades e por aí vai. Frequentemente falamos sobre aqui na Igreja Presbiteriana Carioca que a Soberania de Deus aborda absolutamente tudo me nossas vidas, desde a pessoa com quem somos casados, ao emprego que temos hoje. Tudo é Missão e escolha de Deus, usando nossa livre agência, por isso, temos que estar sempre alertas, pois tudo o que vivemos é em Cristo, parte da nossa História no Evangelho. 

Em minha Família, temos o hábito de orar pedindo a Deus que a Sua Palavra viva em nossos relacionamentos, pois entendemos que é através deles a atuação do Evangelho de Cristo Jesus, e cada relação nossa acaba sendo uma Missão que Deus nos deu, precisamos portanto ser missionais e intencionais com todos aqueles que nos relacionamos nesta vida! 

Precisamos nos livrar urgentemente de falsas narrativas que nos tornam cristãos medíocres muitas vezes, um dos principais está na prática errônea de tentar repartir as áreas da nossa vida, e fazemos isto mesmo quando o assunto é a Igreja. Um erro muitas vezes fatal ocorre quando as Igrejas primeiro, dividem o que Missões e Evangelismo (Biblicamente não há diferença entre ambos, sendo o Evangelismo uma das formas missionais que existem), e segundo, tornam ambos departamentos. A tentativa inútil de tentar separar o Evangelho da Missionalidade em nossas vidas de discípulo é a origem da maioria dos males que vivemos neste mundo. 

Missões não é uma questão de escolha, é a essência do Evangelho, pois é através delas que entendemos nossa identidade no Senhor em tudo o que fazemos para o Reino, pois tudo o que a Igreja de Cristo faz é Missão,por exemplo, Discipulado, Treinamento, Evangelização, Assistência Social, e absolutamente tudo. De fato, o Reino se move através de nós primordialmente, portanto, aonde estiver um discípulo bíblico de Jesus, lá temos uma Missão. Isto faz toda a diferença na minha e na sua vida. 

Experimente olhar para o seu Lar, sua Igreja, seu Emprego e aonde mais você convive com parte da Missio Dei na sua vida, as Escrituras garantem que passaremos a ser cristãos muito mais úteis, viveremos plenamente o Evangelho e iremos ser o Sal e a Luz que o mundo precisa (Mateus 5;12-14), é uma questão de Saúde do Evangelho em nós, Vida do Senhor em nossas vidas, afinal, como brilhantemente disse Charles Spurgeon, todo cristão, ou é um missionário, ou um impostor. Ser um cristão missional é abençoador primeiro para nós, depois para o nosso próximo, pois é impossível viver o Evangelho verdadeiramente sem ser missional. Reflitamos nisto sempre. 

Por Nilson Pereira


Devocional IPCarioca 13/03/2018 O cristão, a Vida e a Morte (Filipenses 1:20-26; Filipenses 4:4-9; 1 Reis 19:1-19; Salmo 23, Salmo 51; Romanos 8; João 16:7)

O Cristianismo é sem dúvidas o melhor acontecimento que pode existir na vida de alguém, Ele restaura, transforma, redefine vidas, e nada neste mundo tem este poder. O Cristianismo é a Graça de Deus, a segunda chance que pessoas que não mereciam passam a ter. Alguém alcançado por esta Graça nunca mais será a mesma pessoa, nasce de novo e ganha uma mente restaurada, um coração restaurado, até mesmo um corpo restaurado. Todos que vivem o Evangelho sabem bem do que estou falando aqui.
Mesmo assim, as vezes os discípulos de Jesus podem ser abatidos, podem desejar diante do Senhor a morte, uma parte porque o cristão verdadeiro é aquele que sabe para onde vai, sabe que a Nova Jerusalém é incomparável com o melhor que esta Terra pode oferecer, e a outra parte porque ser um filho de Deus convivendo com a natureza caída e herdada de Adão e Eva é uma condição de sofrimento, de nadar contra a maré, de caminhar em situações adversas internamente. Nascer de novo é frenquentemente sofrer na condição temporária na qual vivemos até que o Senhor volte, mas um sofrimento para a Glória de Deus. A depressão, ainda que momentânea, é a maior doença de nosso tempo, e por algum momento, o cristão pode ser afetado por ela também, não podemos ser relapsos ou minimizar se algum irmão estiver passando por isso, temos que apontar para a razão da vida dele: Cristo e aqueles que Ele escolheu para caminhar com o mesmo, esta é a cura.
A Bíblia conta a história de Elias, um homem extremamente usado por Deus em sua época, mas ao receber um bilhete de ameça da rainha ímpia de Israel na época, Jezabel, pediu ao Senhor que o levasse. Se formos sinceros, jamais iremos criticar Elias sem antes nos identificarmos com ele. Todo cristão já enfrentou uma situação adversa na vida que o fez pensar se não seria melhor estar com o Cristo naquele momento. É triste, ruim, difícil, mas passageiro, pois quem vive o Evangelho, reage como Elias, ouve o Senhor, é reanimado por Ele, faz sua nova natureza nascida de Jesus superar a velha natureza nascida de Adão.
Todo cristão aprende com as Escrituras e com o Espírito Santo a lidar com a tristeza, decepção, sofrimento e dor, sabendo que o que está por vir na nossa vida não se compara com estes momentos ruins de serem vividos. Não há outro caminho se não viver meditando nas Escrituras todo o tempo da nossa vida, de dia ou de noite (Salmo 1:2), ser sincero sempre diante de Deus em orações, súplicas e pranto, exatamente como os salmistas faziam e registravam para que nós pudéssemos ser abençoados por este belo livro canônico, e deixar o consolo com Deus. Ele é o nosso Consolador, Aquele que é o Senhor da Vida, da Morte, o meu e o seu. Devemos lutar por aquilo que o Senhor nos envia como Missão (Família, Igreja, Cidade e etc), ter nosso tempo de Solitude, e nisto sermos renovados pelo Senhor. O cansaço espiritual existe, e pode ser uma das causas de crises como a de Elias.
Deus é um bálsamo de cura para Seus filhos, e usa as pessoas que caminham conosco para curar também. Aproveite, o que realmente é valioso nesta vida é andar com Deus e com as pessoas que Ele escolheu para nossa vida, o resto só existe para serem formas de servir melhor. Deus nos chamou para amar, a Ele e aos nossos próximos, viver nisto como estilo de vida te fará ter viver como lucro, e morrer como Cristo, como o apóstolo Paulo nos ensinou com seu exemplo. Quem vive focado nisto é alegre, mesmo em meio as tristezas, o cristão é aquele que tem porque viver mesmo sabendo que a morte é uma boa notícia para nós. Viva por Cristo e por aqueles que Ele te deu, e aí, quando combatermos o bom combate de modo final, vamos nos encontrar com o nosso Senhor para sempre, e um dia rever nossos amados irmãos na mesma condição. Esta é a melhor notícia que poderíamos receber!
Por Nilson Pereira