Postagem em destaque

Lex Luthor e o que eu seria sem Jesus.

Por Nilson Pereira.  Primeiramente quero deixar claro que este texto é destinado a cristãos bíblicos e maduros que entende...



domingo, 23 de dezembro de 2012

Seres humanos na Era do Capital.

Por Nilson Pereira.

É verdade que Jesus não nasceu 25/12? É sim. É verdade de que a maioria se aproveita do Natal para lucrar? É sim. Porém, o Natal pode ( e deve) proporcionar alguns dos aspectos mais nobres do ser humano, pelo seu simbolismo, sobre a pessoa de Cristo.

Desde que o Capitalismo foi implantado na História humana quase tudo passou a ser uma questão de contrato, negócio, lucro. 

Relacionamentos humanos passaram a ter esta influência, ainda que implicitamente, as pessoas se ''vendem'' e ''compram'' umas as outras, não apenas com bens materiais ou dinheiro, mas emocionalmente também, já que os sentimentos passaram a ser negócios e moedas de trocas. 





Datas como o Natal, que começa ser celebrado a meia noite de amanhã, deveriam servir como um aleta a este Capitalismo selvagem no qual estamos submetidos, mas acabam por ser influenciadas pela relação social vigente. 

Que possamos quebrar isto a partir de hoje, procure alguém que tenha te magoado, ou que você tenha magoado, procure e ajuda, com um sorriso, abraço, ou com ajuda material alguém que sabidamente não pode te dar nada em troca, seja humano, mostre a Deus e ao mundo que seres humanos ainda existem, e não apenas máquinas de lucros materiais ou emocionais feitas de carne e osso. Gratidão, amor, carinho, solidariedade são atributos essenciais na vida de um humano, compartilhe esta ideia.



terça-feira, 11 de dezembro de 2012

A primeira República e o povo brasileiro.



Por Nilson Pereira.

Em se livro ''Os bestializados'', José Murilo de Carvalho cita Aristides Lobo, propagandista da República, no que se refere ao seu desapontamento quanto ao processo que institui o modelo republicano no Brasil e a falta de participação política popular neste processo.


                              


Aristides Lobo vai usar o termo ''bestializados'' para mostrar a falta de participação política do povo.



José Murilo vai desconstruir esta ideia de que o fato do povo oficialmente não ser agente no sistema político da primeira República ( a Constituição de 1891 excluía os analfabetos do sistema eleitoral, sendo que a maioria da população na época era analfabeta), ele, o povo, participava de forma ativa politicamente sim, através de revoltas e manifestações artísticas ( charges, teatros, músicas e etc), sobretudo como resposta as imposições violentas do Estado.







A relação entre Estado republicano e população era baseada em imposições autoritárias, seja através da lei, seja através do braço armado do Estado, a polícia, e que o povo do Rio de Janeiro, capital federal, que contava com cerca de 500 mil habitantes e com uma população heterogênea composta por 51% de imigrantes, não assistia a tudo de forma passiva e acrítica, principalmente quando estas imposições individuais da população. 

A Revolta da Vacina, ocorrida no início do século XX, é um grande exemplo desta relação conflituosa entre Estado e povo que marca a Primeira República. 






Oswaldo Cruz, vai desenvolver uma vacina para conter as epidemias que eram frequentes no período, sobretudo a febre amarela, e o governo republicano vai impor a população a vacinação. 
  

A obrigatoriedade da vacinação popular previa impedimentos legais autoritários, como por exemplo, não poder arrumar emprego, o que faz com que o povo se revolte contra a imposição do Estado em massa. 









O Tenentismo e suas 3 correntes historiográficas.




Por Nilson Pereira.

O historiador Mário Cléber Lanna Júnior, vai mostrar em seu texto contido no livro ''O Brasil Republicano'' , três diferentes visões que a historiografia brasileira já apresentou sobre o movimento tenentista da década de 1920. A seguir as diferentes correntes:
I - A primeira visão historiográfica é a oriunda da década de 1930, período do governo de Getúlio Vargas, que contava com o exército como importante parceiro, sendo assim, os historiadores adeptos deste víeis, não poderiam remeter-se diretamente ao envolvimentos dos tenentes nas revoltas de caráter reformadoras. Esta visão historiográfica tem no historiador Virgílio Santa Rosa seu principal representante. 

Interpretava o Tenentismo como uma expressão da classe média, onde os tenentes, baixa oficialidade do exército, seriam a expressão armada desta classe média popular. 





II - A segunda visão exposta pelo autor é desenvolvida nas décadas de 1960 e 1970, tem como principais nomes José Murilo de Carvalho e Edmundo Coelho. 


Interpreta o Tenentismo como uma expressão do descontentamento do próprio exército, representado pelos tenentes, baixa oficialidade. O desprestígio das forças armadas junto ao governo ( que para José Murilo vem desde a Monarquia), a falta de estrutura do exército, que dependia de treinamentos vindos de fora do Brasil ( França, Alemanha e EUA), e principalmente a fraquíssima mobilidade de crescimento de patentes dentro da corporação ( José Murilo diz que poderia demorar 20 anos para um tenente subir de patente) não influenciar nas revoltas tenentistas. 



III - A terceira visão desenvolvida da década de 1980 até os dias de hoje, é representada pela historiadora Anita Leocádio Prestes, filha do líder do movimento tenentista mais famoso: a Coluna Prestes. 



Interpreta o Tenentismo como uma espécie de ''caixa de ressonância'', que é a voz tanto das classes médias, quanto dos membros de baixa oficialidade do exército. 

As classes médias vêem no Tenentismo um apoio armado para dar voz aos seus descontentamentos, sobretudo por questões econômicas, e por uma mais abrangente participação política), por sua vez, os tenentes viam na classe média apoio popular que sempre é fundamental em revoltas. 







A República e a Igreja Católica no Brasil: Canudos, Contestado e Juazeiro.

  
  



Por Nilson Pereira.

A historiadora Jaqueline Hermann na coletânea historiográfica '' O Brasil republicano'' vai analisar aquilo que a historiografia vai chamar de revoltas messiânicas, na qual Canudos é a mais extensa e marcante.

Durante a primeira República, o Estado brasileiro deixa de ser um Padroado da Igreja Católica, se tornando assim um Estado Laico, porém, a Igreja Católica não perde poder, pelo contrário, até mesmo ganha.

A República via na Igreja uma importante aliada, pois a maior parte do povo era católico de formação. Por sua vez, a Igreja recebe da República isenções de impostos e a manutenção de suas terras.



Hermann, apresenta vários autores para fundamentar sua interpretação de que Canudos e os demais movimentos de cunho messiânico são expressões culturais, pois o Catolicismo brasileiro é barroco, baseado em expressões religiosas e extravagantes, um misticismo forte, sincretismo evidente, diferente demais do Catolicismo romano. O messianismo contido na expressão de Antônio Conselheiro, líder de Canudos, é um fruto deste Catolicismo barroco.


A autora vai expor também que as revoltas messiânicas são também uma expressão política e social, líderes como Antônio Conselheiro, seriam também um resultado do vácuo do poder deixado pelo falta de assistencialismo do Estado republicano brasileiro no que se refere as regiões sertanejas, e a Igreja Católica, parceira da República, vai assim condenar Canudos e os demais movimentos messiânicos, inclusive com a excomunhão dos líderes e membros dos movimentos.



A repressão da República é bastante violenta, autoritária e impositiva. A visão de Euclides da Cunha, escritor do clássico da Literatura brasileira '' Os Sertões'', é dotada de estereótipos que o governo republicano divulga sobre Antônio Conselheiro, líder de Canudos, conforme verificamos neste trecho da obra:

'' Estas e outras lendas são ainda correntes no sertão. Natural. Espécie de grande homem pelo avesso, Antônio Conselheiro reunia no misticismo doentio todos os erros e supertições que formam o coeficiente de redução da nossa nacionalidade. Arrastava o povo sertanejo não porque o dominasse, mas porque o dominavam as aberrações daquele. Favorecia-o meio e ele realizava, às vezes, como vimos, o absurdo de ser útil. Obedecia a finalidade irresistível de velhos impulos ancestrais e jugulado por ela espelhava em todos os atos a placabilidade de um evangelista incomparável''. ( Descrição sobre Antônio Conselheiro em Cunha, Euclides da. Os sertões. P. 79)




quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Londres, Manchester e Liverpool no século XIX.




Por Nilson Pereira.

Em seu livro '' Londres e Paris no século XIX: o espetáculo da pobreza'' a historiadora Maria Stella Bresciani evidencia o radical contraste social que se acentua cada vez mais durante o século oitocentista. Sobretudo traçando uma análise da capital inglesa, Londres, neste período.


A autora, expõe em seu livro, relatos de Friedrich Engels sobre a situação das localidades mais pobres das grandes metrópoles européias do século XIX, locais de habitação dos mais pobres, geralmente a classe trabalhadora, um ambiente insalubre e caótico, cujo ar é contaminado pelo carvão e a água de igual forma, ambos por conta dos dejetos químicos da industrialização,  causados pelas fábricas, cenário que contrasta assustadoramente com as luxuosas avenidas londrinas oitocentistas.



No século XIX, o cenário urbano ganha uma importância única em comparação aos demais períodos da História humana por conta da industrialização, e o panorama social das grandes metrópoles é de cidades inchadas ao extremo, que não possuem estrutura para suportar tamanha migração da população rural aos grandes centros urbanos.

 De certa forma, os burgueses donos de fábricas saiam favorecidos, uma vez que este excesso de gente oriundo da migração rural, se tornaria em maioria, trabalhadores fabris que aceitariam as condições de trabalho mais ínfimas e os salários mais miseráveis, com o fim de sustentar a si e suas famílias. Um trabalhador da época tinha uma jornada de aproximadamente 14 horas diárias, com descanso semanal no domingo apenas.


As crianças de 8 horas.




Neste período, historiograficamente chamado de Primeira fase da Revolução Industrial, a elite ainda não via necessidade de fazer uso da classe trabalhadora como mercado de consumo dos produtos industriais, o que muda durante a Segunda fase da Revolução Industrial e fazia com que os descaso com os trabalhadores fosse ainda maior.

Para as elites proprietárias das fábricas, existiam dois tipos de pobres, os trabalhadores fabris, que tinham seu espaço na sociedade, ainda que fosse humilde, e os marginais, classes perigosas (termo usado na época) que eram pobres fora de lugar na sociedade, fora do chamado mundo dos trabalhos, marginalizados e que assustavam as elites.

A justificativa para a pobreza na Inglaterra, estava no fato de que os pobres tinham maus hábitos, seus vícios quanto ao mau suso do dinheiro e não aplicação em poupanças era a principal razão de seu estado de pobreza, ideologia oriunda do pensamento protestante.

Para a classe burguesa, os pobres de Londres já não tinham mais recuperação, a esperança dos donos de fábricas estava depositada nos trabalhadores de Manchester, sobretudo, e também nos de Liverpool. 




Os trabalhadores de Manchester, sobretudo, eram vistos na concepção da elite industrial, como mais religiosos e disciplinados em comparação aos londrinos, o que ameniza a situação da violência urbana, em detrimento da capital inglesa.



Em Manchester, existiam os workhouse, que reuniam 3 características distintas, tentativa das elites de recuperar as classes perigosas de desempregados:

I - Prisão, porque iam para lá contra suas vontades.

II - Casa de benfeitoria, porque os pobres que para lá iam, não tinham condições de se manter socialmente.

III- Fábrica, porque nas workhouse se trabalhava, produção fabril, e muito.



Bibliografia: BRESCIANI, Maria Stella Martins. Londres e Paris no século XIX:  o espetáculo da pobreza. São Paulo: Brasiliense, 2004.













A historicidade do Manifesto Comunista.



Por Nilson Pereira.

Ame ou o odeie. Concorde ou discorde, fato é que Marx e seu manifesto marcaram a História. Eis uma breve análise de um não-marxista convicto sobre as origens do Manifesto Comunista. Importante frisar que os líderes comunistas que vieram a posteriori de Marx, distorceram muitos dos seus ensinamentos, porém, Marx era um ateísta convicto, e sua ideologia é uma das que mais assassinou cristãos na História, em regimes baseados em seus ideais como em Cuba, China, Coréia do Norte, a antiga URSS e por aí vai. 

O Comunismo criado por Marx depende essencialmente do Ateísmo, e consequentemente do rompimento de todo tipo de religião ou crença, para subsistir, afinal, o culto do ''homem bom'', uma de suas essências, vai em concordância extrema ao cânone das Escrituras, que prega exatamente o contrário, de que todo homem é mau por natureza e necessita do Deus Altíssimo para sua redenção. O Comunismo prega que o homem teria sua redenção na luta do proletariado contra a classe dominante, a burguesa, institucionalizado no Estado, ou seja, o próprio homem seria remido por ele mesmo a partir do momento em que este entendesse que o seu papel na História é de remir a sociedade da Luta de Classes, sob a tutela do Estado (ditador socialista). No Comunismo, não há espaço para o Criador, para uma figura divina, pois o materialismo é um fator predominante neste processo. 

Frases como estas são atribuídas a Karl Marx:

 “O ateísmo é uma negação a Deus e por esta negação coloca a existência humana”. 

“Evaporações infernais se levantam e enchem meu cérebro, até que eu enlouqueça e que meu coração não mude dramaticamente. Vêem esta espada? O rei das trevas a vendeu a mim.” 

“Assim, o Céu eu perdi, e sei disso muito bem. Minha alma, que já foi fiel a Deus, está escolhida para o Inferno.” “Nada, senão a vingança, restou para mim.”

“Eu desejo me vingar contra Aquele que governa lá em cima.” 

Lénin, um dos discípulos mais fiéis de Marx, homem que foi base intelectual ao evento mais sangrento de toda a História, a Revolução Russa, dizia que:

 “O marxismo é o materialismo. Por este título ele é tão implacavelmente hostil à religião, quanto o materialismo dos  enciclopedistas do século XVIII ou o materialismo de Feuerbach”. Prossegue ele: “Devemos combater a religião. Isto é o a-b-c de todo o materialismo e, portanto, do marxismo”. Não se trata de um conselho facultativo. Fala categoricamente: “Nossa propaganda compreende necessariamente a do ateísmo”.

Mikhail Bakunin, que ao lado de Karl Marx fundou a Primeira Internacional Comunista, atribuiu a seguinte frase ao pai do Comunismo:

"Satanás o rebelde eterno, o primeiro livre-pensador e o emancipador de mundos. Ele faz com que o homem se sinta envergonhado de sua bestial ignorância e de sua obediência; ele o emancipa, estampa em sua fronte o selo da liberdade e da humanidade, instando-o a desobedecer e comer o fruto do conhecimento."

Terminado tais considerações, segue um texto explicativo sobre a História das origens do Comunismo:


Karl Marx e Friedrich Engels no Manifesto Comunista (nome de origem nas antigas comunas medievais, e que tenta resgatar um pouco deste senso de comunidade em detrimento do individualismo liberal) tinham como intenção despertar a classe trabalhadora a uma revolução que mudaria a sociedade.

Os autores do manifesto, contemporâneos à chamada  Primeira fase da Revolução Industrial, acreditavam que era inviável analisar a sociedade sem a luz da História. 

A História se resume a uma grande luta de classes, onde uma determinada parcela da sociedade (conceito de Classe social) subjuga as demais por obter o controle dos meios de produção, na concepção dos autores do manifesto.

Marx e Engels acreditavam que a única forma de mudar esta concepção, de que uma classe subjuga a outra, seria através de uma revolução. Para eles a revolução é a filha da História. 


Para Marx e Engels, a humanidade vivia na Pré-História, pois a História só se iniciaria quando houvesse a igualdade social definitiva.  O século XIX é, na concepção dos dois, o momento mais decisivo da História humana, o momento de dar fim à luta de classes.


Marx e Engels, ao contrário do historicismo, predominante no século oitocentista, de influencia rankeana, acreditavam que não há espaço para heróis na História, os protagonistas são o grande povo. 

História como permanências e transformações. 


A luta de classes fica melhor evidenciada no chamado mundo dos trabalhos, se tornam cada vez mais dependentes do salário pago pelos burgueses, os donos das fábricas.


Acreditavam que a classe proletária do século XIX ( classe trabalhadora, cujo a etimologia está no habito dos mais pobres terem muitos filhos geralmente, ''prole'') era a classe destinada a encerrar tal milenar luta de classes, por conta das condições históricas de sua época. 

A teoria marxista acredita que o século XIX é o momento decisivo para o fim da luta de classes na História humana porque este período reuniria as condições históricas para tal. Acreditavam que a burguesia tinha uma particularidade como classe dominante se comparada as demais classes dominantes no decorrer da História, enquanto todas as outras classes dominantes pregavam a continuidade, a burguesia pregava as transformações porque seu instrumento de controle dos meios de produção eram as fábricas, e o sistema industrial depende do desenvolvimento científico para se manter.





Para os autores do Manifesto Comunista desenvolvimento fazia com que os burgueses cavassem suas próprias covas, porque depende de muitas transformações e de uma aguda desigualdade social. Lembram que a própria classe burguesa outrora já havia sido subjugada por outras classes, uma vez que são descendentes da ordem medieval e moderna e dos laborattores, dentro da luta de classes nos dois períodos citados.

A frase mais marcante do Manifesto '' trabalhadores de todo o mundo, uni-vos'', demonstrava com exatidão os ideais revolucionários, tal como sua spobreposição ao nacional e ao regional da corrente socialista defendida por Marx e por Engels.

Enquanto o chamado ''Socialismo Utópico''(movimento também promulgado no século XIX) criam eu uma fé na bondade humana para mudar o panorama radicalmente contrastante das sociedades industriais oitocentistas, o socialismo marxiniano acreditava que somente da união proletária em uma revolução, tal contraste se resolveria.




Gosto de dizer que eles apontaram bem as mazelas capitalistas, porém, nem de longe deu uma solução plausível para as mesmas. Seus ideias eram utópicos de certa forma, pois diziam que a classe proletariada seria a destinada a equilibrar socialmente o mundo, o que chega ser inocente, pois é fato de que se uma classe assumisse o controle político do mundo certamente ela seria a dominante em contraponto com as outras que seriam dominadas. Recomendo a leitura de Mt 19:16-26: 


''E eis que, aproximando-se dele um jovem, disse-lhe: Bom Mestre, que bem farei para conseguir a vida eterna? E ele disse-lhe: Por que me chamas bom? Não há bom senão um só, que é Deus. Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos. Disse-lhe ele: Quais? E Jesus disse: Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não dirás falso testemunho; Honra teu pai e tua mãe, e amarás o teu próximo como a ti mesmo. Disse-lhe o jovem: Tudo isso tenho guardado desde a minha mocidade; que me falta ainda? Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, e segue-me. E o jovem, ouvindo esta palavra, retirou-se triste, porque possuía muitas propriedades. Disse então Jesus aos seus discípulos: Em verdade vos digo que é difícil entrar um rico no reino dos céus. E, outra vez vos digo que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus. Os seus discípulos, ouvindo isto, admiraram-se muito, dizendo: Quem poderá pois salvar-se? E Jesus, olhando para eles, disse-lhes: Aos homens é isso impossível, mas a Deus tudo é possível.'' 
Mateus 19:16-26


Referências Bibliográficas:

1- Dr. Fred C. Schwarz, Why Communism Kills: The Legacy of Karl Marx, a tract published by Christian Anti-Communism Crusade (C.A.A.C.), pp. 4-6.
2- 2006, Mídia sem Máscara, Norma Braga: Era Marx Satanista?
3- 2004, Huascar Terra do Valle: As origens satânicas do comunismo

4-1997, Georgi Marchenko: Karl Marx?
5- http://intellectus-site.com/site2/artigos/historia/karl_marx_pai_do_comunismo.htm


sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Bom ou mau caráter, eis a questão.





Por Nilson Pereira.

A única diferença entre o bom e o mau caráter, não está na infalibilidade (esta é inatingível para um ser humano), está na quantidade de vezes que se comete o mesmo erro.
O bom e o mau caráter podem sim cometer um erro da mesma natureza, as vezes idênticos até, só que o bom caráter o comete uma vez, para sofrer todas a consequências e para nunca mais voltar cometê-lo. Já o mau caráter, este faz do mesmo erro, um ciclo repetitivo de vida.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Orar, o início e o fim de tudo.




Por Nilson Pereira.

Eu tenho aprendido que há um único propósito de enfrentarmos situações desesperadoras na vida: aprendermos a depender de Deus.

E a cada dia eu compreendo menos as pessoas que se dizem filhos(as) do Altíssimo e depositam toda a sua esperança em outros humanos para sair da situação em que se encontram, gente que não procura Deus, alega não ter forças para isso.

A cada dia eu entendo menos quem usa a oração como último recurso de vida, ou mesmo que jamais recorre a ela.

Não entendo, de tudo o que um ser humano pode fazer, orar é o mais poderoso recurso, o mais eficaz caminho para chegar-se ao Altíssimo. Mais do que isso, alguns teólogos chegam a dizer que o maior ímpeto de todo o sacrifício de Cristo está em permitir aos que Nele creem, momentos únicos de oração com Deus.

Ler a Bíblia é fundamental ( e quem me conhece sabe o que significa a leitura na minha vida), jejuar também, porém, o fim tanto de ler as Escrituras, quanto de um excelente tempo de jejum ou voto com Deus é a oração. Ela dá sentido a todo o restante. Mais da metade da Bíblia relata momentos de oração entre Deus e os homens, sendo que livros inteiros são reproduções destas. Como um dos mais famosos, belos e populares dos 66 livros que a compõe, o livro de Salmos.

Orar é o complemento da leitura bíblica. Para um cristão de verdade, independente das correntes históricas e teológicas, as duas bases maiores são estas. Uma ação retroalimenta a outra. Uma depende da outra.



Orar é o maior símbolo de maturidade que um homem pode ter. Orar é posicionamento. Orar tem início na ação do ser humano, e o fim no trono do Deus Altíssimo. Orar é o início, a consagração, o que determina se algo será ou não direcionado pelo Deus Altíssimo.

Não importa quem você é, ou o que esteja passando, não importa o pecado que cometeu, ou seu nível acadêmico, orar a Deus deve ser a primeira coisa a se fazer na vida, e a única que se pode fazer em momentos de fraqueza extrema.

Orar é o início e o fim. O destino anunciado de quem nunca ora, de quem não ora nos bons e maus momentos da vida, de quem sofre, sofre e sofre, mas NUNCA ORA, é a morte.

A falta de oração levanta um muro entre sua vida e a mão do Espírito Santo.

Procure alguém para caminhar com você, e creia no poder da oração, isto pode fazer a diferença entre a vida e a morte na sua vida. Reflitamos no seguinte texto:


''Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.'' Tiago 5:16



Verificamos duas questões fundamentais aqui. Uma e óbvia, é que quando confessamos pecados a Deus somos libertos das acusações, porém, quando confessamos a um amigo ungido pelo Espírito Santo há cura, as consequência somem também. É impossível viver uma vida cristã sem relacionamento vertical (homem e Deus), porém, o horizontal ( homem e homem) é tão importante quanto neste processo. Aquele que o Espírito Santo escolher para caminhar com você, será aquele ungido por Ele, não para ser juiz ou delator, mas para te ajudar a carregar a sua cruz e fazer com que sua vida seja mais leve e saudável.



A outra questão é simples: não subestime jamais a oração de quem caminha com Deus. Uma oração sincera com o ES pode destruir toda uma montanha, pode parar o Sol, ou pode simplesmente fazer com que Deus poupe toda a humanidade. 

Sejamos influenciados por exemplos levantados pelo Altíssimo como o de Paulo, o apóstolo cujo a grande marca era a ousadia nas orações, e que recheava seus ensinamentos sempre com estas. O irmão do Senhor, Tiago, líder da Igreja em Jerusalém na Antiguidade, este era chamado de ''o justo'' porque seus joelhos eram calejados ao ponto deste ter que se locomover de forma arcada, de tanto orar. Selecionei alguns dizeres dos homens que mais me influenciam na minha caminhada cristã até aqui sobre oração. Deus nos abençoe: 


Por Agustus Nicodemus Lopes

AFINAL, O QUE É ORAR?
[Alguns vão estranhar que um calvinista escreva sobre oração e mais ainda se eu disser que costumo orar todo dia... mas, aqui vai]
Orar a Deus deveria ser uma coisa simples. Todavia, poucos assuntos precisam de mais esclarecimentos do que a oração. Há muitos conceitos errados sobre a oração por causa do misticismo e da superstição que acometem o ser humano (não somente os brasileiros), por falta de mais conhecimento bíblico sobre o assunto e por causa de ideias equivocadas que as pessoas têm sobre Deus. Seguem alguns pontos sobre oração que penso que são fundamentais e também relevantes para nós hoje. Estou pressupondo o básico: quem vai orar acredita que Deus existe e que Ele recompensa os que o buscam (Hb 11.1-2 e 6).
1 – Orar é basicamente apresentar a Deus, mediante Jesus Cristo e com a ajuda do Espírito Santo, nossos desejos, necessidades, confissão de pecados, intercessões, agradecimentos. A razão é que somente o Deus Triúno conhece nossos corações, é capaz de atender os pedidos e o único que pode perdoar pecados. Portanto, não há qualquer fundamento bíblico para dirigirmos nossas orações a quaisquer criaturas, vivas ou mortas, mas somente ao Deus Triúno (2 Sm 22:32; 1Rs 8:39; Is 42:8; Sl 65:1-4;145:16,19; Mq 7:18-20; Mt 4:10; Lc 4:8; Jo 14:1; At 1:24; Rm 8:26-27; Jo 14:14 e dezenas de outros textos que falam de nos dirigirmos a Deus).
2 – O Novo Testamento nos ensina que devemos orar a Deus em nome de Jesus Cristo. A razão é que o pecado nos afastou de Deus e não podemos nos aproximar dele por nossos próprios méritos. Jesus Cristo é o único, na terra e no céu, que foi constituído pelo próprio Deus como mediador entre ele e os homens. Não há qualquer base bíblica para se chegar a Deus em oração pela mediação de qualquer outro nome. A Bíblia nos ensina que “não há outro nome dado aos homens” (At 4:12) e que “há somente um mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo” (1Tim 2:5). (Ver ainda Jo 14:6; Ef 3:12; Cl 3:17;Hb 7:25-27;13:15).
3 – Orar em nome de Jesus é nos achegarmos a Deus confiados nos méritos de Jesus Cristo e no perdão de pecados que ele nos conseguiu por meio de sua morte na cruz. É pedir a Deus com base nos merecimentos de Cristo e não nos nossos. É renunciar a toda justiça própria e chegarmos esvaziados de nós mesmos diante de Deus, nada tendo para oferecer em nosso favor a não ser a obra daquele que morreu e ressuscitou por nós. Onde não houver esta disposição e atitude, invocar o nome de Jesus é vão. O nome de Jesus não é um talismã ou uma palavra mágica, ou a senha para desbloquear as bênçãos de Deus. Não funciona nos lábios daqueles que ainda confiam em si mesmos e na sua própria justiça, ainda que repitam este Nome dezenas de vezes em oração (Mt 6:7-8; 7:21; Lc 6:46-49; Jo 14:13,14; At 19:13-16; 1Jo 5:13-15; Hb 4:14-16).
4 – Embora possamos pedir a Deus qualquer coisa que desejarmos, todavia, só deveríamos orar por aquelas que trazem a maior glória de Deus, que promovem o crescimento do Reino de Deus neste mundo e que são para nosso bem, sustento, proteção, alegria, bem como de nosso próximo. Foi isto que Jesus nos ensinou a pedir na oração do “Pai Nosso” (Mt 6:9-13), além de outras coisas afins (Lc 9:11-13). Assim, é tentar a Deus orarmos por coisas ilícitas e pedir coisas que Ele declara, na Bíblia, serem contra a sua vontade (Tg 4:1-3; Mt 20:20-28).
5 – Em nossas orações, deveríamos nos lembrar de orar por outras pessoas. A Bíblia nos ensina a pedir a Deus pelos irmãos em Cristo, pela Igreja de Cristo em todo o mundo, pelos governantes, por nossos familiares e pessoas de todas as classes, inclusive pelos nossos inimigos. Todavia, não há qualquer base bíblica para orarmos pelos que já morreram ou oferecer petições em favor dos mortos (Gn 32:11; 2Sm 7:29; Sl 28:9; Mt 5:44; Jo 17:9 e 20; Ef 6:18; 1Tm 2:1-2; 2Ts 1:11; 3:1; Cl 4:3).
6 – Deus nos encoraja a trazer diante dele as nossas petições. Todavia, ainda que a eficácia de nossas orações dependa exclusivamente dos méritos de Cristo, Deus nos ensina em sua Palavra que há determinadas atitudes nos que oram que fazem com que ele não atenda estas orações, como brigas entre irmãos, mundanismo e egoísmo, tratar mal a esposa, pecados ocultos, incredulidade e dúvidas, falta de perdão a quem nos ofende, hipocrisia, vãs repetições, entre outras coisas (Mt 5:23-24; Tg 4:1-3; 1Pe 3:7; Sl 66:18; Pv 28:13; Is 59:1-2; Tg 1:6-7; Mt 6:14-15; Mt 6:5; Mt 6:7-8). Por outro lado, se nossas orações são respondidas, isto não se deve à nossa santidade, mas à graça de Deus mediante Jesus Cristo, que nos habilita a viver de forma agradável a ele (1Jo 3:21-22), e ao fato de que as orações, por esta mesma graça, foram feitas de acordo com a vontade de Deus (1Jo 5:14).
7 – Deus requer fé da parte dos que oram (Hb 3:12; 11:6; Jer 29:12-14; Tg 1:5-8; 5:15). Esta fé é uma simples confiança de que Deus existe, que ele nos aceitou plenamente em Cristo e que é poderoso para nos dar aquilo que pedimos, ou então, nos dar muito mais do que imaginamos (Hb 4:14-16). Orar com fé é trazer diante de Deus nossas necessidades e descansar nele, confiantes que ele responderá de acordo com o que for melhor para nós (1Jo 5:14-15). Orar com fé não significa determinar a Deus que cumpra nossos pedidos, ou decretar, como se a oração tivesse um poder próprio, que estes pedidos aconteçam. Orações não geram realidades espirituais e nem engravidam a história. É Deus quem ouve as orações e é Ele quem decide se vai respondê-las ou não, e isto de acordo com sua vontade e propósito de sempre nos fazer bem.
Se houvesse mais oração verdadeira a Deus por parte dos que professam conhecê-lo mediante Jesus Cristo, quem sabe veríamos aquele avivamento e reforma espirituais que tanto desejamos para nossa pátria? “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra” (2Cron 7:14).



'' Nunca vi um pregador idoso que tenha se arrependido de ter passado tempo orando, mas praticamente todos que conheci se arrependem de não ter orado por mais tempo. Se você conhece bem a palavra se torna um homem quase perfeito. Sua lógica e argumentos são irretocáveis, porém, se não é um homem de oração, não vale dois centavos no Reino de Deus. Está cheio de conhecimento e orgulho, mas nenhum poder. Eu oro para que você não lute por relevância no mundo, mas que você morra pelo nome de Cristo, para que Seu nome seja conhecido na Terra. Que você seja um homem de oração, que você estude profundamente, não para pregar para homens brilhantes, mas para pregar apropriadamente para aqueles que nunca ouviram e para pastores que Deus levantou em outras terras, e que não tiveram o privilégio de estudar como você.'' Paul Washer 

''A oração em si mesma é uma arte que somente o Espírito Santo pode nos ensinar. Ele é o doador de todas as orações. Rogue pela oração - ore até que consiga orar, ore para ser ajudado a orar e não abandone a oração porque não consegue orar, pois nos momentos em que você acha que não pode, é que realmente está fazendo as melhores orações. Às vezes quando você não sente nenhum tipo de conforto em tuas súplicas e teu coração está quebrantado e abatido, é que realmente está lutando e prevalecendo com o Altíssimo.'' Charles Spurgeon


'' A minha minha biblioteca não é nada diante da minha sala de oração.'' Charles  Spurgeon






''Uma hora gasta de oração rende mais do que centenas de horas de trabalho sem oração. Quando você trabalha, você trabalha. Quando você ora, Deus trabalha.'' Anônimo 




''Nem a eloquência, nem a profundidade de pensamento faz um verdadeiro grande pregador. Somente uma vida de oração e meditação (Na palavra) fará do pregador um vaso pronto para uso do Mestre e próprio para ser usado na conversão de pecadores e na edificação dos santos''. George Muller

''Se não vivermos na dependência do Espirito Santo em oração, vamos dar pedra em vez de pão ao nosso rebanho.'' Abraão Kuyper

''Eu me recordo de um homem de Deus no qual foi pergutando: O que é mais importante, ler a Palavra de Deus ou orar? Ele então respondeu: O que é mais importante para um passáro, a asa esquerda ou a direita?'' A. W. Tozer 

''A Palavra é a base da oração e a oração é a prática da Palavra. Aqueles que se dedicam apenas ao estudo da Palavra e são negligentes na oração estão em desacordo com a vontade de Deus. Aqueles que se dedicam à oração, mas se descuidam da Palavra não oram com eficácia. Os apóstolos entenderam isso e decidiram: "Quanto a nós nos consagraremos à oração e ao ministério da Palavra" (At 6.4). Sigamos esse exemplo!'' Hernandes Dias Lopes

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Nações e Nacionalismo, a construção de um modelo histórico.



Por Nilson Pereira.




Os dois últimos séculos da história humana no planeta Terra são incompreensíveis sem o entendimento do termo nação e do vocabulário que dele deriva.” (Hobsbawm, 1990, p.11)


Introdução: 

É com muita estima que estou escrevendo este artigo. Nacionalismos é minha especialidade acadêmica, e é um dos maiores prazeres que me cabe estudar tal evento histórico.

* O termo nação conforme se aplica hoje foi constituído durante as Revoluções Liberais na Europa oitocentista ( evento histórico chamado de ''Primavera dos Povos'', originado da Revolução Francesa), onde  conjunto de cidadãos cuja soberania coletiva dá origem às leis e às instituições do Estado;

* À partir destas revoluções, há um crescente vínculo entre nação e território, derivada da ênfase concedida às noções de independência política e autodeterminação popular;

* Surge na humanidade uma aproximação problemática entre ''nação'' como corpo de cidadãos de um Estado e como fruto de uma identidade étnica, cultural e linguística;

* Acontece uma integração entre a nação como compartilhamento de princípios e valores políticos e nação como pertencimento a uma mesma comunidade etnolinguística;

Nação e Nacionalismo são construções humanas, algo que não existe desde de sempre na História da humanidade.





A etnologia da palavra ''nação'' tem origem nas regiões que hoje compõe a Alemanha durante a Idade Moderna. Tinha um sentido unicamente de designar um povo dotado de identidade cultural. Uma questão de identificação cultural. Bem diferente do que é usado hoje.


Existem duas definições históricas sobre Nações e Nacionalismo, ambas oriundas do século XIX europeu, uma vertente de origem liberal e francesa, outra romântica e alemã. 


Duas respostas para uma mesma pergunta, duas definições que jamais se fundiram, transcorrendo paralelamente uma a outra. 


Conceito liberal de Nação:




O conceito de nação é oriundo de uma História bem recente, curta. Vem do final do século XVIII.

O Iluminismo tem origem no Direito Romano. O Liberalismo é o modelo a ser exportado para o mundo todo pelo Ocidente.



Os adeptos do ideal liberal de nação creditavam que a  razão conduzirá a humanidade a superar suas diferenças culturais, e levará ao entendimento de que a humanidade é uma só, Universal, uma única pátria. 



O marco histórico é a Revolução Francesa, onde nação passa a a fazer parte da Política, surgindo assim o Estado-Nação. 


Antes, dentro da origem da etnologia de nação, ela poderia existir sem território, agora, com esta roupagem, não mais. Anteriormente Estado e nação eram coisas distintas, a partir da Revolução Francesa se encontram, se fundem.

Nação/Soberania Popular = Território.

A Revolução Francesa traz um novo princípio de poder no Ocidente, traz o conceito de Soberania Popular, até então inédito na História da Humanidade.

De acordo com o pensamento implantado no Ocidente à partir deste período histórico, o Liberalismo,  Estado agora não é mais uma compilação entre os monarcas e suas cortes, é a nação/povo, dois conceitos muito próximos à partir daqui.

A nação passa a ser uma entidade política, baseada no cidadão, já povo, um conjunto de cidadãos dotados de liberdade. O símbolo máximo destas novas roupagens destes conceitos é a eleição. 



Nação é uma entidade coletiva com origem da vontade coletiva, segundo o pensamento liberal.


A ideia é de consentimento, ''se reconhecer'', onde a História comum de cada povo é importante, porém, está submissa a razão. Nação é um caráter eletivo.

A humanidade através da razão, superará as diferenças entre povos, entendendo de uma vez que só existe uma única pátria, a própria humanidade. 

Receio demonstrado pelo filósofo francês iluminista Renan de que a valorização acentuada do ideal nacional levaria a humanidade a barbárie, as guerras, temor de conflitos, onde a razão seria o antídoto a isto.

Vários povos americanos e asiáticos vão levantar a bandeira do Liberalismo.

A definição máxima de Nação para o Liberalismo é:


''Nação é um plebiscito diário, uma entidade que se define em termos políticos e jurídicos, a cidadania é sua base, e a vontade individual é sua essência mais pura.'' Ernest Renan, filósofo liberal francês.



O Liberalismo dá origem ao Imperialismo, a ONU e a União Européia.



Conceito romântico de Nação:






Paralela ao conceito de Nação oriundo do Liberalismo, está sua definição oriunda do Romantismo alemão.

Segundo esta definição para o conceito, pertencer a uma nação é uma questão que não é apenas política, é cultural, étnica e linguística. É uma maneira de viver no mundo. 

Durante o século XIX, no víeis romântico, a cultura é mais importante que a política, um processo paralelo ao liberal de formação de nações. 



Unificada apenas em 1871, a Alemanha depende muito das obras literárias e românticas para definir seu processo unificador, construir a nação alemã, não é atoa que esta visão romântica de nacionalismo tem neste país seu quartel general.


Existiam os alemães há relativo tempo, porém, ainda não existia a Alemanha.

O nacionalismo alemão é uma resposta a universalidade da Revolução Francesa. 

Herder, principal nome da corrente romântica na Alemanha, e ferrenho crítico de Immanuel Kant, iluminista alemão, o ideal de nação é uma reação a um princípio anterior, sobretudo as invasões napoleônicas do início do século, uma vez que o ditador francês se valia da ideia de ''universalizar'' o mundo através dos valores da razão iluminista.

Para o romantismo alemão, o ideal de nação não se fundamenta na razão humana, e sim nos laços familiares, as raízes mais profundas do coração humano. Contraponto de resistência cultural a insistência iluminista francesa de impor ao mundo uma única concepção de nação.

A primeira intenção não é desmerecer o estrangeiro, mas valorizar o nacional.

A ideia aqui apresentada é a de que existe uma diferença radical entre as nações, e que por isso mesmo não se pode ter um governo único, um contraponto ao Iluminismo que entendia que nações serão superadas para que haja uma única pátria: a humanidade.

Cada nação possui uma identidade própria, sendo para Herder impossível as diferenças entre elas ser superadas. Não com guerras, mas com uma convivência.

Esta corrente culturalista alemã, tem influência direta nos ideais que embalam o governo nazista, embora Hitler e os demais a distorcem para tal.

''Nação não é uma questão de escolha, assim como pertencer a uma família, é fruto do destino. O cosmopolitismo exagerado é um mal, destrói o sentimento mais puro de identificação nacional. A alma de toda nação é a sociedade, não o Estado. '' Johann Gottfried von Herder 


Diferenças das duas vertentes históricas:

Liberalismo de origem francesa e iluminista:



Nação é uma escolha racional. A cultura é submissa a política. Nacionalismo é uma opção racional, um contrato, uma abstração racional. Conceito de naturalização, caráter eletivo. A razão é o caminho de freio ao sentimento nacional, que é perigoso e leva as guerras. Cultura submissa a Política.



Romantismo de origem alemã  e cultural: 


Nação é fruto do destino. A política está submissa a cultura. Virtude étnica oriunda do nascimento, um destino, sentimento mais puro que emana da alma humana. As diferenças entre diferentes nações existe, jamais serão superadas, devem ser respeitadas. Política submissa a Cultura.





Referências Bibliográficas de apoio:


HOBSBAWM, Eric. Nações e Nacionalismo Desde 1780. Rio de Janeiro: Paz e terra, 1990.


HERMET, Guy. História das Nações e do Nacionalismo na Europa. Lisboa: Estampa, 1996.