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Lex Luthor e o que eu seria sem Jesus.

Por Nilson Pereira.  Primeiramente quero deixar claro que este texto é destinado a cristãos bíblicos e maduros que entende...



sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Devocional IPCarioca 22/12/2017. A Ressurreição de Cristo e a Nova Vida do Cristão (Hebreus 13:20-21)

Não existe evento mais poderoso que tenha acontecido neste planeta que a Ressurreição de Cristo Jesus. Este evento é a maior base da Fé Cristã, é o evento mais épico e bonito da História. Ele é intencional e extremamente funcional.
Cristo ressuscitou para que nós pudessemos ser transformados, restaurados, reinventados Nele. Ninguém é o mesmo depois de entender, receber e submeter-se ao Espírito Santo na Ressurreição do Filho de Deus. Nada muda mais a trajetória de um ser humano do que isso.
Nunca devemos e podemos esquecer de textos como o de Isaías 53, que demonstram todo o contexto sacrificial de Jesus Cristo por cada escolhido de Deus. Muitas vezes entendemos, mas não vivemos, não incorporamos Cristo, em encarnação, vida, morte e ressurreição. E isto nos descaracteriza como cristãos. Sem entender e viver este ponto, somos apenas cristãos nominais, de boca, não de coração, corpo e alma.
É totalmente impossível viver a Ressurreição de Jesus e não viver para ser bíblico, amadurecer, superar a nossa natureza adâmica. Ninguém que entende e vive o fato mais importante de todos os tempos é a mesma pessoa. Todos os dias mudamos, todos os dias nos reinventamos e seguimos nos tornando mais parecidos com Cristo Jesus.
Viver a Ressurreição de Cristo e se tornar um ser humano completo (não quer dizer perfeito, mas completo), que ri, chora, se comove, se alegra, se entristece, pensa (e como pensa e reflete), age, tudo isto como Jesus, dentro do modelo que a Bïblia nos apresenta, para a Glória de Deus.
A Vida Cristã é orgânica, e estar vivo é pensar, sentir e agir imitando sempre alguém (não podemos fugir disso, faz parte da condição humana). Portanto, que imitemos a Cristo, que sejamos pessoas dignas de ser imitáveis. Que sejamos aquilo que admiramos ao ler as Escrituras. Que nossa Teologia comece na mente e corra por todo o nosso ser. Sempre.
Por Nilson Pereira

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Devocional IPCarioca 21/12/2017 O Evangelho orgânico. (Colossenses 1:6)

Tudo que diz respeito ao Reino de Deus não tem a ver com ''ter'' e sim com ''ser''. Deus é vida e tudo o que se refere ao Criador diretamente é vivo. O Evangelho, as Boas Novas de Cristo, também. É impossível seguir Jesus sem estar vivo em todas as áreas de sua vida. E estar vivo é estar mudança constante.

Se fora do Reino, nós mudamos com frequência, dentro Dele este processo é ainda mais constante. Por definição, se converter, se consolidar, buscar ser mais parecido com Jesus, se tornar filho de Deus em Cristo, é o maior fator de mudança que um ser humano pode passar na vida.

É comum os cristãos serem acusados de ser ''ex alguma coisa'', e este é um dos maiores fatores do quanto o Evangelho muda uma pessoa. Para a glória de Deus, todos nós somos sim ex alguma coisa, para nunca mais voltarmos a ser nada que ofenda ao nosso Deus. Agora, fomos resgatados com o maior de todos os preços para viver nos tornando parecidos com o Último Adão, o Homem Perfeito, o Maravilhoso Conselheiro, o Deus Forte e o Príncipe da Paz. Sim, viver o Evangelho não é viver se reinventando, é ser reinventado o tempo todo pelo Espírito Santo e pelas Escrituras em nós. É viver sendo transformado.

E o mais belo disso tudo está na reflexão que o reformador João Calvino declarou, que quanto mais parecidos com Jesus nos tornarmos, mais nós mesmos vamos sendo, afinal, Jesus em nós vai nos livrando de um parasita que obtivemos por sermos descendência de Adão, que nos deforma, que anula a nossa autenticidade, enquanto Deus expõe cada vez mais quem somos nas nossas particularidades, e o conjunto delas, em Igreja, expõe quem nosso Criador e Senhor é. Nada pode ser mais belo que este roteiro maravilhoso.

Viver o Evangelho é algo orgânico, diariamente transformador, único e que nos leva a ser mais parecidos com Jesus e autênticos como nunca. O outro reformador mais famoso, Martinho Lutero, dizia que ou somos escravos do pecado, ou de Cristo, e em Cristo, somos livres. Jesus é o Senhor que nos dá alforria para sermos nós mesmos, na medida que servimos ao Senhor.

Existimos para sermos parecidos com Jesus, e nisso, sermos nós mesmos como nunca, livres da escravidão hedonista, da auto-idolatria, de um superego ditatorial. O Evangelho é o melhor presente que todo ser humano pode receber. E nada é mais lindo que uma pessoa O vivendo plenamente. Agradecemos a Deus todos os dias pela Sua Graça Maravilhosa!

Por Nilson Pereira 

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quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Star Wars - The Last Jedi. Uma análise.




Por Nilson Pereira.

Primeiramente quero deixar claro que mantive o título original do filme porque detesto a tradução do mesmo em português. Mesmo o diretor, Rian Johnson, já declarou que a idéia do ''last'' é de '' o último'', nã ''os ''últimos'', conforme optaram traduzir. Feito esta parêntese, gostaria de expor algumas coisas sobre o filme. Para mim, junto com o longa de Darren Aronosfky, ''Mãe'' e ''Logan'' ( que merecem uma análise também), este filme foi o que mais mexeu comigo em 2017, que foi um ano muito bom na Sétima Arte.

Como todo garoto nascido na década de 1980, eu cresci fã de Star Wars, me decepcionei com os episódios 1, 2 e 3, me animei com o 7, me emocionei com Rogue One ( eu sempre amei os rebeldes na saga, sobretudo os que usam a força sem ser Jedi ou Sith), me reogizijei com Star Wars Rebels. Mas ''The last jedi'' me causou outra sensação, algo inédito, estranho e sensacional! O filme tem seus erros, o arco do Finn, que é um personagem excelente,  foi praticamente inútil, por exemplo, não os nego, mas também não quero fazer aqui uma crítica cinematográfica.

O episódio 8 da franquia segue em algo que achei excepcional no episódio 7, o fato de ser um filme inclusivo (temos mulheres protagonistas, negros, latinos, e agora asiáticos) sem ser chato ou forçado. Na trama, pouco importa a cor ou gênero dos personagens, é algo natural termos a inclusão, como tudo deve ser sempre. Isto é um acerto genial dos produtores. E ele lapida este conceito ainda mais. A origem da Rey e todo o discurso do Luke em relação a crítica a um dos ídolos do nosso tempo '' o se sentir especial''é brilhante, e totalmente Eclesiastes. Quando ele se tornou uma lenda, fracassou. Uma lição mais do que preciosa para nós, uma lição de vida. Ter fama não é tudo, não importa tanto se te acham ou não especial, o que importa é ser especial de fato. O ``ter`` não é mais importante do que o ``ser``.



A origem da Rey é tudo o que queria, quebrando a dinastia Skywalker da franquia, e pondo a Força como algo maior que laços de uma única Família, pondo uma pessoa qualquer, filha de sucateiros que a trocaram por bebida, como protagonista, esperança maior de toda a Galáxia. Isto é brilhante, e faz com que os telespectadores se identifiquem muito mais com ela, afinal, a minha grande crítica a muitos super heróis, sobretudo da DC Comics, sempre foi essa, a de serem seres tão excepcionais que não identificação. A vida não é feita de pessoas excepcionais, é feita de pessoas comuns. E o que esta nova geração de filmes de Star Wars ensina é exatamente isto, qualquer um pode ser um herói, ou um vilão. E eu entendo que este é o principal papel da Cultura Pop, incluir, entreter e nos fazer refletir sobre a vida, sem ser chato.

Kylo Ren também entrou na hall de bons vilões ao meu ver, pois a morte do Snoke vai fazer com ele cresça ainda mais sim. Os conflitos dele o tornam um personagem único na franquia, para mim não o diminuem, o torna mais particular. Ao contrário do seu avô, ele é o típico garato mimado e mal criado que, ao tentar buscar seu lugar ao Sol, acaba por fazer tudo errado. Um retrato social da presente geração.

 Luke ganhou ainda mais meu respeito ao se tornar um mestre Jedi de fato. Mesmo inseguro, ranzinza muitas vezes, amargurado, como muitos ao chegar a meia idade se tornam por não lidarem bem com os conflitos na vida, ele amadureceu neste filme, sobretudo depois de conversar com o saudoso Yoda, que sempre é espetacular nas incursões na saga. No fim do filme, é clara a mudança de Luke, e o retrato dele mesmo conseguindo superar seu fracasso como mentor. É uma história linda de superação em pontos muito cruciais na vida de um homem, quando este se torna um mentor de vidas. Impossível eu não me identificar e me sentir tocado.




Ver Leia neste filme é emocionanete, não só por causa da morte de Carrie Fisher, mas por conta da evolução da personagem. Todo  o arco dela com o Poe Dameron é bem interessante, a forma com que ela o corrige, a lição de que um homem talentoso sozinho não é melhor que um talento que age em prol do coletivo. Leia se tornou uma mentora também, e é legal ver isto tendo mais destaque.

Para mim, ''The Last Jedi'' é  o segundo melhor filme de toda a franquia, é um filme ousado, profundo, que faz um telespectador atento pensar na vida, não só aplica as bobeiras habituais dos blockbusters de hoje em dia. Um filme digno de ''Batman, o cavaleiro das trevas'', ou ''Logan'', filmes que ultrapassam o fato de serem apenas blockbusters, que trazem lições importantes também.

Recomendo que você invista duas e meia de sua vida e vá so cinema mais próximo assistir o filme do ano. Não só para ver naves e aliens, mas para se identificar com personagens humanos e carismáticos.

Deus abençoe.






Devocional IPCarioca 20/12/2017 Mudando a ótica nas tribulações (Romanos 12:12)

Quando nascemos de novo em Cristo Jesus tudo muda. Nossa forma de pensar, sentir, agir, amar, se relacionar, adorar, enxergar, falar, e tudo o que diz respeito ao ser humano muda.
Experimente fazer exercícios constantes de comparação com a forma que você aplicava sua Cosmovisão anteriormente a conversão e consolidação no Evangelho, pegue algum assunto comum entre o antes e depois na sua vida, e compare. Certamente irá perceber o quanto você mudou, o quanto sua mente já se renovou (Romanos 12:2).
Em nossa Comunidade, prezamos pela Espiritualidade Cristã, na aplicação das Escrituras de forma devocional, olhando para nós mesmos e a aplicando. Ao fazermos disto nosso estilo de vida, percebemos que há coisas que ainda não viveram tal renovo exposto anteriomente, e é comum que a nossa forma de lidar com as tribulações, decepções e tristezas seja um destes pontos.
Basicamente, o que a Escritura aponta sobre tal assunto é que nossa forma de lidar com tais circunstâncias precisa mudar porque em Cristo tudo se faz novo, e conforme o apóstolo Paulo ensina em Romanos 8 versículo 28, mesmo as coisas ruins que vivemos passam a nos servir no maior de todos os propósitos que podemos ter, nos ajudando a cumprir nosso objetivo maior que é nos tornar semelhantes a Jesus.
Nossas tribulações também são ''convertidas'', elas não somem, mas passam a cumprir outro propósito em Cristo, o de nos lapidar. Por isso os apóstolos insistem em nos ensinar por 2000 anos através da Bíblia que devemos prezar pela Esperança e nos alegrar nas tribulações, não são só palavras de consolo, são exposições da verdade.
Por mais terrível que seja passar por algumas situações, tenhamos em mente que Deus tem o controle TOTAL de todas elas, e que ninguém nos ama como Ele, nem o cônjuge, nem pais, nem filhos, nem líderes, nem ninguém. Deus sabe o que faz sempre, e o autor da nossa vida e história é Ele sempre.
Deus é digno de confiança, e é o Maravilhoso e Bom Deus. Estas são as maiores certezas que devemos ter na vida. Muitos de nós vivemos anos sem ser cristãos, sabemos do quão terrível e diferente de hoje em dia era, vamos trazer sempre a memória aquilo que nos traz esperança (Lamentações 3:21).
Por Nilson Pereira

Devocional IPCarioca 19/12/2017 O privilégio de testemunhar Cristo (Tito 1:1-4)

O Amor que Deus sente pelos Seus escolhidos é inexplicável e imensurável. Além de resgatar de forma imerecida, o Senhor dá o privilégio de capacitar-nos a testemunhar a Cristo, ensinar o Evangelho e discipular as nações. Tal privilégio é único, nada pode ser mais satisfatório do que receber a Cristo e, ao pregar, ser usado pelo Espírito Santo para que outra pessoa venha a conhecê-Lo ou a se aprofundar Nele.
Talvez, você que esteja lendo tal descrição ainda não seja um discípulo de Jesus, e não entenda a profundidade de tais palavras, mas rogo ao Senhor para que um dia você experimente isto. Os homens matam e morrem para se sentirem preenchidos, se sentirem ''felizes'' e bem sucedidos em algo, e como diz Salomão em Eclesiastes, todos os alvos mais comuns para que tal preenchimento seja alcançado não passa de vaidade e correr atrás do vento quase sempre.
Deus é um ser relacional, nos criou na Imago Dei da mesma forma, portanto, nada que possamos ter nos preencherá como ser e nos relacionar mediante isto. Nada é mais tolo do que se matar em vida por algo tolo. Trocar o que dura dias, meses ou anos pelo que dura por toda a eternidade.
Ser ferramente de alcance Divino na vida de alguém é algo eterno. Não é uma díravida que a pessoa passa a ter com você, até poque você apenas foi usado para tal, mas é um presente eterno do privilégio que Deus te deu em ser o instrumento de uma salvação eterna.
Fomos criados para viver para Deus e nos relacionar com Ele e com o próximo, e só em relacionamentos saudáveis nestes dois polos seremos bem sucedidos de verdade. Por isso há tantos milionários ou famosos que vivem uma vida terrível, miserável e vazia. Por isso há tantas fotos de risos virtuais em redes sociais em vidas de choro e sofrimento no mundo real.
Tudo que existe no Reino, a Escritura, a Oração, a Conversão, o Discipulado ou qualquer outra coisa, diz respeito ao Relacionamento com Deus e com o nosso próximo, e mesmo os não cristãos foram só cumprem o verdadeiro propósito de suas criações quando se relacionam de forma saudável. Nunca poderemos e nem devemos fugir desta Verdade.
Que como filhos de Deus possamos viver isso sempre.

Por Nilson Pereira

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Devocional IPCarioca 18/12/2017 Confiar em Deus é Alegria e Paz em qualquer circunstância (Filipenses 4:4-7)

Todos nós temos momentos de fraqueza na caminhada cristã e, nestes momentos de angústia e instabilidade, acabamos por não dar créditos a Deus em um dos Seus atributos mais firmes e importantes: Deus é digno de confiança total, pois não é como nenhum homem (Números 23:19-20).
Nossa instabilidade emocional, muitas vezes cria o que Dave Harvey no livro ''Quando Pecadores dizem Sim'' chama de ''névoa de guerra''(uma expressão militar que descreve um contexto onde, numa batalha belical, pode haver momentos onde os exércitos não conseguem distinguir nada ao redor no campo de batalha, por conta de fatores climáticos ou mesmo pela fumaça das armas), e tal expressão é extremamente acertiva no que discerne a guerra que enfrentamos todos os dias dentro de nós, entre a natureza herdada de Adão, e a natureza renascida em Cristo, como diz John Piper, vivemos em guerra interna constante, na condição de discípulo de Jesus, e entender isto é fundamental.
Ao nascer em Jesus, passamos a não viver pelo que sentimos na origem, e sim pelo que cremos. As Escrituras vão dizer que devemos nos alegrar no Senhor e que isto, não importa a condição que estamos, gerará a Paz que justamente excede todo o entendimento, a Paz encontrada somente no Espírito Santo, gerando a Palavra de Deus em nós e que Jesus descreve que o mundo não pode receber, somente aqueles que vivem em Cristo Jesus (João 14:16-18).
Na minha Família costumamos dizer que é muito fácil ser cristão quando tudo aparentemente parece bem, mas que, ao vivermos as Escrituras de verdade em todos os momentos, somos cristãos maduros, cujo os hábitos nos tornam mais parecido com Jesus.
Se cremos verdadeiramente no Senhor, iremos confiar no que Ele nos diz nas Escrituras, receberemos o consolo do Espírito Santo e venceremos qualquer etapa. Afinal, quem poderá nos separar do Amor de Deus (Romanos 8)? Deus é o motivo de seguirmos respirando, e como Jesus nos ensinou em Mateus 6, se mesmo os passáros e as plantas recebem provisão, quanto mais nós, filhos de Deus em Cristo Jesus. O que nos falta é deixar de ter uma Fé hipócrita, e passar a crermos no Senhor integralmente, com tudo o que somos e temos. Ser um cristão bíblico não é ser perfeito, as aflições, tentações, tristezas e decepções sempre existirão, até que o Senhor volte, mas o que fazemos com elas determina o grau de vida cristã que temos.
Como nos ensina o apóstolo Paulo, alegremo-nos no Senhor. Mais uma vez, alegremo-nos, pois como diz James Bryan Smith, Deus é o único digno de Confiança.
Por Nilson Pereira

Devocional IPCarioca - 16/12/2017 Tudo começa na Palavra de Deus (1 João 2:24-27)

Muitos teólogos ao redor da História e atualmente, como os Apóstolos, Agostinho, João Calvino, Tomás de Kempis, John Bunyan, Dave Harvey ( "Quando pecadores dizem sim"), John Piper, Tim Keller, D. A. Carson ou R. C. Sproul, frequentemente pregam que tudo em nossas vidas começa por nossa Teologia. Uma Teologia fraca ou distorcida é mortal.
Mesmo dentro dos estudos seculares, muitos intelectuais entendem que é impossível um homem viver sem Teologia, pois estes crêem que homem e religião são inseparáveis (para muitos estudiosos o ateísmo também é uma espécie de religião).
A nós cristãos, se torna impossível não viver, ter, ser e fazer Teologia. Mesmo aqueles que por algum motivo extremamente questionável contestam o valor do Estudo da Palavra de Deus, vivem uma Teologia.
O falecido teólogo R. C. Sproul dizia que todo cristão é um teólogo, e que é impossível escapar disso. Por isso, para termos uma vida e uma espiritualidade saudável nossa concepção de Deus é fundamental.
O academicismo cristão precisa ser diferente de todas as outras espécies de intelectualidade, precisa ser vivo, prático, piedoso e devocional. Caso o contrário não estamos sendo aquilo de mais importante que podemos ser: discípulos de Jesus e filhos de Deus.
A recomendação do apóstolo João se refere a guardar a Sã Doutrina, que nos leva a nos tornar mais parecidos com Jesus, nem a nos tornar um arquivo que acumula conhecimento, nem a nos tornar ignorantes acerca da nossa própria Fé. A idéia cristã do Conhecimento vai além do equilíbrio, está na aplicabilidade certa do que conhecemos. Mexe com todo o nosso ser, racional, emocional e físico. Ser cristão biblicamente é conhecer o máximo possível, mas obter uma, como diz diz o filósofo e teólogo brasileiro Jonas Madureira, inteligência humilhada.
A base da nossa Fé, onde está contido o Evangelho que nos leva ao Messias, é um Livro. E isto diz muito sobre o que é o que Cristianismo. Não é atoa que a Fé Protestante é a responsável por dizimar o analfabetismo em grande parte do mundo historicamente.
Os cristãos são, talvez, o segmento social que mais lê. Ler e ter uma vida Devocional com isto nos faz conhece plenamente a Cristo, nos livra dos falsos profetas, das falsas narrativas (leiam " O maravilhoso e bom Deus" de James Bryan Smith) e de todos os sofismas e falsos ensinos que permeiam o mundo. Afinal, somos todos teólogos.
Por Nilson Pereira

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Devocional IPCarioca - 15/12/2017 Sem Deus nada podemos fazer (João 15:5)

A vida humana é extremamente frágil aqui na Terra. Uma gripe, ou qualquer outra doença causada por algum microrganismo pode nos matar inesperadamente. Ao mesmo tempo, somos capazes de construir obras monumentais ou estruturas milenares. Este é o grande paradoxo da vida: seres frágeis que, devido a Imago Dei podem fazer coisas significativas. Ele nos usa, apesar de nós.
No fim das contas, Salomão tinha toda razão quando disse que tudo o que fazemos não passa de vaidade em Eclesiastes. Pois a grande realidade é que só respiramos ainda porque Deus quer. Para alguns, esta compreensão é tão desaforo que leva-os ao ateísmo, pois o homem não suporta ser tão frágil e tão incapaz de controlar sua vida, que a idéia de Deus fazendo isto é intragável. Para outros, entender está verdade absoluta é o único conforto possível, pois geralmente, tudo que estes requeriram o controle, perderam, sofreram e se feriram.
Jesus diz no Evangelho de Mateus para que todos os cansados e sobrecarregados venham até Ele, e sem exceções, este é o estado que se encontram todos os que puseram a mão no volante da sua própria vida. Este texto, o de Mateus 11:28-30, deve ser o maior refrigério de nossas almas, e não uma ofensa.
Que nós possamos aprender de uma vez por todas a deixar o único que nos amou quando ainda éramos apenas pecadores insuportáveis dirigir nossas vidas, confiando Nele de verdade, não de boca, mas do fundo da alma, pois a frase "Sem mim nada podeis fazer" nao é só bela, é o retrato da condição humana. Por mais ofensiva que possa parecer aos nossos ouvidos, estou é a mais pura verdade absoluta. Confiemos no Senhor sempre. Seja na vida, seja na morte. Que nossa confiança nunca mais seja hipócrita ou seletiva, antes, seja completa e integral.
Por Nilson Pereira

Devocional IPCarioca - 14/12/2017 O único refúgio verdadeiro está no Senhor. (Salmo 73:28)

A vida humana é repleta de altos e baixos. Muitas vezes, aqueles que aparentam estar alta todo o tempo o fazem por pura ilusão, afinal, a vida não é um comercial de margarina constante. Rimos na mesma proporção que choramos, ganhamos as vezes perdendo, e perdemos achando que ganhamos. Todo ser humano tem seu drama particular.
Por conta destas sucessivas quedas e ascenções, muitos de nós acabamos mergulhando em tristezas, que podem vir a gerar a doença mais popular no presente século, a depressão.
Como seguidores de Jesus, entendemos que só uma saída contra tal enfermidade e qualquer outro tipo de burn out possível, se refugiar no Senhor. Mas como seria viver tal descrição feita pelo salmista no texto escolhido? Se refugiar no Senhor é viver para Ele integralmente, não importa qual é sua Família, sua profissão ou sua trajetória de vida, é viver tudo para a Glória de Deus, buscando se parecer com Jesus em tudo o que vivermos.
Nós não transformamos a vida cristã em um hábito, a usamos como uma espécie de ferramenta a ser usada quando aprouver, e aí está o erro. Ter Deus como refúgio é estar Nele o tempo todo, sem distinção entre vida secular e sagrada, afinal, paraum cirstão, não existe tal diferenciação. O cristão é santo (no sentido etmológico do termo, de ''separado''), e tudo o que ele vive também é.
Viver refugiado em Deus não afastará os problemas, mas nos fará vivê-los Nele, refugiados no Criador, o que torna tudo diferente, mais leve e transformador. Somos pecadores e vivemos num mundo tomado pelo pecado, portanto, não podemos nos livrar das fezes que nos cercam, mas caminhando com Deus com toda mente, alma e corpo, integralmente, podemos tranformá-las no mais puro adubo, o que nos fará crescer, nos alegrar e dar valor aquilo que merece (não ao nosso próprio ego e vaidade) em toda a circunstância. Deus é bom o tempo todo, e só entende a beleza disto e da vida, quem vive refugiado Nele. Não há melhor lugar para se viver.
Por Nilson Pereira.

Devocional IPCarioca - 13/12/2017 O Deus fiel e digno de confiança, apesar de nós (Isaías 54:10)

Apesar de se referir a Israel do Antigo Testamento, este texto nos apresenta uma faceta única do Deus que servimos, um Deus que é imútavel e que leva a sério tudo o que declara, um Deus cujo as características não são oscilantes como as nossas, ao contrário, são firmes e indisolúveis.
Neste texto, Deus está prometendo aos escolhidos dentro do povo de Israel que, mesmo que estruturas naturais que representam para nós total segurança empírica (somos seres sensoriais cujo qualquer tipo de abalo sísmico ao nosso redor é capaz de nos trazer profundo pavor) sejam abaladas ou destruídas, a Fidelidade e a Aliança de Paz estabelecida entre o Senhor e eles nem se quer abalaria.
Sem dúvidas, estas são palavras dignas de confiança. No terceiro capítulo do livro ''O maravilhoso e bom Deus'' o autor James Bryan Smith declara, trazendo exemplos bíblicos e cotidianos, o quanto Deus é digno de confiança, fala de falsas narrativas em relação a confiar, e declara abertamente: ou confiamos totalmente, ou não confiamos.
Tudo na vida cristã é um hábito, e confiar em Deus também é. Paremos e pensamos em toda a trajetória da nossa vida, sem romanceá-la, de forma racional, não é fato que mesmo os piores momentos depois de tornarmos discípulos de Jesus passaram a ser coisas boas, que nos fizeram crescer ainda mais como seres humanos depois? Em algum momento Deus realmente nos deixou sozinhos em alguma coisa?
Certamente, se você é um cristão maduro, as respostas te levaram a confiar de corpo e alma no Senhor, o único digno de confiança, Aquele que é o único motivo que nos garante em tudo o que amamos e fizermos, seja Casamento, seja Igreja, seja Carreira, seja o que for, se foi Deus quem realmente nos pôs, será algo com as características Dele, porque passa a ser Missão, não apenas acontecimentos: imútaveis, transformadoras, pedagógicas e indestrutíveis.
O reformador João Calvino dizia que tudo o que ele quis por em suas mãos, perdeu, mas tudo o que ele, por amor, pôs nas mãos de Deus, durou para sempre. Confiemos no Senhor verdadeiramente, e não mais em nós, pois Ele é sem dúvidas o único ser digno de total e completa confiança. Sem Ele, nem se quer respiraríamos, o resto é simplesmente resto. Que possamso abandonar tudo o que Ele não nos pôs, e nos deleitar Nele em tudo o que Ele escolheu para nossas vidas. Deus é bom, e é digno de confiança.
Por Nilson Pereira

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Devocional IPCarioca - 12/12/2017 - Que a Palavra de Deus viva nas nossas emoções (Provérbios 4:20-27)

A Ficção Científica é um dos grandes termômetros do foco de busca do homem, seja com um conhecimento religioso ou científico. No século 19, onde ela teve sua gênesis, o foco era o fundo do mar, o centro da Terra, os locais geográficos do planeta que não foram explorados ainda. No século 20, o espaço sideral foi o grande foco, devido a inauguração da NASA, e a expansão espacial na Guerra Fria. Hoje, com o avanço da Psicologia, a psique humana passa a ser o foco principal das produções da Cultura Pop, as emoções humanas passam a ser exploradas (como a animação da Pixar ganhadora do Oscar ''Divertida Mente'', por exemplo.
A capacidade de se emocionar ( no sentido de ter emoções, não no popular, de perder o controle sobre elas) é hoje o maior foco de estudo, pois o homem percebeu que já conhece todos os cantos do planeta que vive, conhece consideravelmente o Espaço Sideral, mas não conhece a si mesmo. Isto se dá porque usa os meios errados para tentar se descobir, pois somente se relacionando com o nosso Criador podemos de fato nos conhecer, sendo impossível entender o ser humano sem a Teologia. João Calvino dizia que, quanto mais de Deus pertencermos, mais de nós mesmos conheceremos e teremos o controle das nossas emoções, e isto é uma verdade Bíblica.
Mesmo a Cultura Pop, se vale o tempo todo da jóia que é termos emoções (dentre outras coisas, ela é uma expressão da Imago Dei), afinal, desde Isaac Asimov, quantas produções, sejam literárias ou das mídias áudio-visuais, se valem de roteiros onde robôs preferem ser mortais e emocionais do que seres eternos de metal?
Sentir é um benção única de Deus para nós, devemos agradecer todos os dias por sentir o perfume das coisas, enxergar as belezas criadas pelo Altíssimo, sentir o toque das pessoas amadas, o paladar de uma boa comida, ou sentir amor pela sua (eu) esposa/marido, sentir alegrias e tristezas da vida.sorrir, chorar, sentir fome, casanço e todas as outras emoções e sentimentos, Isto nos define como seres humanos: sentir racionalmente! Sofremos por sentir quando nossos sentimentos não estão alinhados com a Palavra de Deus, de forma controlada e direcionada, para a Glória de Deus.
O problema não está em sentir, mas no porque estamos sentindo, nossos sentimentos são inatos e muitas vezes consequências do contexto que nos cerca, e o que fazemos disto, vai determinar se cumprimos ou não o maior propósito de nossas vidas: viver para a Glória de Deus (I Co 10:31). Que levemos a sério nossos sentimentos, que eles possam estar rendidos as Escrituras, e eles nos tornem mais semelhantes a Cristo a cada dia, afinal, como diria o teólogo e filósofo James K. A. Smith, o Amor (o carro chefe das nossas emoções) é um hábito. Que seja um hábito para a Glória de Deus!
Por Nilson Pereira

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Devocional IPCarioca - 11/12/2017 Agradecendo a Deus pela vida dos outros (Colossenses 1:3-29)

Desde criança aprendemos que devemos agradecer a Deus pelas bençãos que Ele nos dá. Nascendo num lar cristão ou não, e entendemos, influenciados pelo individualismo que nos cerca, que somos especiais demais, que Deus deve agir diretamente em nosso favor sempre, não notamos que, um dos pilares do Evangelho é exatamente ter pessoas que Deus escolhe usar em nossas vidas, como seus representantes, e que também fomos chamados para ser repostas de oração ao Senhor na vida de outros.
Deus tem multiformes maneiras de agir em nosso favor, (desde que todas elas estejam calçadas nas Escrituras Sagradas, o modo que Deus escolheu se comunicar conosco), e uma das formas prioritárias do Senhor é usar uns aos outros, pecadores sendo justificados, na vida uns dos outros. Ele nos usa apesar de nós. Isto traz responsabilidade sim, mas deve trazer gratidão também, pois aqueles que servem são agraciados diretamente por Deus neste que é o mais importante dos trabalhos cristãos, junto com a adoração como estilo de vida.
No texto destacado, Paulo elabora um agradecimento a pessoas que marcaram sua vida na Igreja de Colossos, onde ele serviu e foi servido em Cristo Jesus. Ninguém vive uma vida cristão sozinho (nunca ninguém viveu, vive ou viverá) todos nós precisamos ser servidos, e precisamos servir (na medida que vamos amadurecendo em Jesus, cada vez mais). O Cistianismo é também o senso de Comunidade, o próprio Deus é Trino, e baseia tudo que existe no Relacionamento.
Que, como discípulos de Jesus, possamos ter o hábito de agradecer ao nosso Pai pela vida daqueles que Ele escolheu nos servir (servindo-nos literalmente, ou sendo servidos por nós, pois estes nos diginificam como cristãos), não apenas em nossas orações, mas também como estilo de vida, demonstrando as pessoas o quanto elas são importantes em nossas vidas, e o quanto elas contribuem para alcançarmos o maior objetivo da vida de um cristão, contido em Romanos 8:29: nos tornar semelhantes a Jesus!
Por Nilson Pereira

Devocional IPCarioca - 09/12/2017 Contando com Jesus sempre (Hebreus 4:14-16)

O Sumo Sacerdote no Antigo Testamento era aquele responsável por trazer os pedidos dos israelitas a Deus, interceder pelo povo e sacrificar os animais trazidos por eles em prol do perdão dos pecados. Em Cristo, no Novo Testamento, não precisamos mais de um homem exercendo este papel, pois o Deus encarnado sacrificou Sua vida para que Nele, o Sacerdócio Universal fosse exercido por todos nós que cremos Nele, através Dele. Hoje, temos livre acesso ao Altíssimo, não precisamos mais sacrificar vidas (pois a Dele foi sacrificada por nós) pelo perdão dos nossos pecados. Basta nos arrepender.
Jesus veio a Terra para reconciliar nosso relacionamento com Deus quebrado desde o Éden em Adão e Eva, sendo chamado pelo apóstolo Paulo de "o último Adão", Jesus veio restaurar tudo o que o primeiro Adão, o primeiro homem, quebrou com o pecado em nossas vidas. Porque então ainda temos dificuldades extremas de confiar em Jesus?
O primeiro ponto é que, mesmo nascendo de novo, a nossa velha natureza de pecado ainda habita em nós, tentado influenciar na nossa personalidade o tempo todo. O segundo ponto é que, por conta da queda e do pecado, ainda temos dificuldades de acreditar em Deus totalmente quando estamos em momentos de extrema dificuldade. Ainda não entendemos totalmente (racional, emocional e fisicamente) que TODAS AS COISAS vão sempre cooperar em favor dos que amam a Deus, mesmo as coisas terríveis que vivemos.
Ainda precisamos entender que Deus não é um atendente de self-service que a Teologia da Prosperidade prega, mas também não é o tirano governador do Universo que muitas doutrinas erradas apregoam por aí, Ele é um Deus amoroso, que cuida dos Seus filhos como promessa, em Mateus 6, Jesus deixa claro que mesmo nós que somos maus, nos esforçamos para dar o melhor aos nossos filhos, quanto mais Deus que é bom. E que Deus se preocupa com os mínimos detalhes das nossas vidas, até dos fios de cabelos que caem de nossas cabeças.
Como está no Evangelho de João, Deus sabe que sem Jesus nada podemos fazer, portanto, até as coisas que consideramos bobas nas nossas vidas, certamente Ele séc preocupa e cuida, nunca gerando homens e mulheres mimados, mas discípulos com o único objetivo de ser como Jesus em tudo até o fim.
A boa mão de Deus está sobre nós o tempo todo, não percebemos muitas vezes porque o nosso coração é mau e porque nossas perspectivas estão frequentemente erradas. Sempre queremos algo sem perceber que nem sempre é o que Deus tem para nós, e que a vontade Dele é sempre boa, perfeita e agradável, a nossa não, via de regra, é prazerosa, mas destrutiva, segura, porém, não nos faz crescer, rápida, contudo, egoísta.
Que possamos crer em Deus de verdade, não só da boca para fora, porque não fomos restaurados para ser joio, e sim trigo.
Por Nilson Pereira

Devocional IPCarioca - 08/12/2017 Servir a Deus é ser humano (Lucas 10:27)

A Teologia Bíblica nos ensina a enxergar o homem de uma forma saudável e coerente. Nos lava da má influência neoplatônica de enxergar as coisas de uma forma repartida. O ser humano foi criado como um ser uníssono. Somos seres que sentem racionalmente e raciocinam emocionalmente. Quando tentamos racionalizar ou sentimentalizar unicamente, fracassamos.
Devemos amar a Deus com todo o nosso entendimento, coração e forças (amar é pensar, sentir e agir, Lucas 10:27), e ao próximo como a nós mesmos. Devemos casar, conforme a Escritura, com quem nos atraia de uma vez, física, emocional, racionalmente (intelectual e espiritualmente), e por aí vai. A Ciência cognitiva prescreve o parâmetro bíblico comportamental quando diz que sentir e pensar mexem conosco de forma completa, não partida. E como diz James K. A. Smith, você é aquilo que ama, porque o amar teologicamente alinha as 3 vertentes humanas: pensar, sentir e agir, o que nos define em personalidade e existência.
É justamente pensar, sentir e agir que nos torna humanos. A beleza da vida é pensar, sentir e agir, porém, com a Queda, estas características, a saber, que mais nos tornam humanos, são também as mais afetadas. Precisamos rendê-las a Cristo e ser restauradas Nele também.
Infelizmente, muitos cristãos tentam ser mais espirituais do que o ser espiritual realmente quer dizer, pois ser espiritual é ser como Jesus no fim das contas, e precisamos entender que Jesus é o Deus que se encarnou como humano (o perfeito), e Nele, Deus sente, pensa e age. Nossos problemas não estão em pensar, sentir e agir, e sim em a quem servimos ao sentir, pensar e agir.
Por Nilson Pereira.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Devocional IPCarioca - 07/12/2017 - O Dono e Provedor da vida! (Salmo 23:1)

Este texto, traduzido na versão NVI diz: ''O Senhor é meu Pastor, e de nada sentirei falta.'' Esta é a tradução que mais se assemelha ao texto original no hebráico, ao declarar que em Deus, seus filhos são sempre supridos, não com o que querem, mas sim com o que precisam. Este texto é um dos mais famosos de toda a Escritura, e ao mesmo tempo o mais manipulado, porém, conforme descrito anteriormente, a idéia mostrar que Deus supre nossas necessidades, não nos dá o que queremos, pois até nossos desejos naturais tendem ao mal, por conta da quebra do nosso relacionamento com Deus no Éden.
Vivemos num mundo onde o ''eu'' é idolatrado todos os dias, o contexto secular nos diz que devemos lutar para saciar os nossos desejos mais íntimos, e somos ensinados todos os dias a sermos cada vez mais egoísta, a sociedade é imersa no mais profundo hedonismo, onde o senso de servidão desaparece, porém, servir é um ponto central, a estrutura do Cristianismo, onde ele não existe sem o conceito de servidão.

O Salmo 23 existe para nos trazer acalanto sim, mas também para nos mostrar que Deus é o Senhor, e nós os seus servos. É Ele quem é digno de ser servido, nunca o contrário. Não importa a circunstância estamos envoltos, ou cremos em Deus, ou tentamos manipular Suas ações (uma das maiores tolices que somos capazes de fazer de longe), ou Ele nos guia, ou nos enganamos achando que estamos vivendo a vontade Dele.

Deus é o Provedor e o Dono de toda a vida, para os que O servem ou não, porém, para aqueles que pertencem a Ele, o cuidado de Deus vai muito além da Graça Comum, é um cuidado relacional, em todo o momento. Deus não nos permite deixar de passar por nada que nos pareça ruim, pois o Sol raia para justos e ímpios (Mateus 5:45), a diferença, é que o servo de Deus passa por tudo junto Dele, e acredite, isto faz toda a diferença. Deus faz com que os piores momentos aparentes de nossas vidas se tornem o início da melhor fase delas. Basta crer no Autor e Provedor de nossas vidas!

Por Nilson Pereira

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Devocional IPCarioca - 06/12/2017 - A imitação cristã. (1 Tessalonicenses 1:2-10)

Falar de ''imitar'' num mundo onde buscar autenticidade é um ídolo, soa como ofensa aos ouvidos pós-modernos. Num mundo cada vez mais carente de modelos a serem seguidos, onde os parâmetros morais andam cada vez mais distorcidos, este assunto desponta como um dos mais sérios.  Desde a escola somos ensinados a buscarmos ser ''diferentões'', em nome de ''sermos nós mesmos'', mas afinal, será que sermos quem quisermos ser é de fato sermos quem somos? A frase parece confusa e pede licença poética, mas vale muito a meditação. 

O filósofo e teólogo brasileiro Jonas Madureira vai dizer que os seres humanos foram criados para imitar, que esta autenticidade, um dos ídolos pós-modernos é impossível de ser alcançada, então, se é para imitarmos alguém, que escolhamos o melhor: Cristo. Imitar a Cristo é a maior de todas as diretrizes que podemos ter por existir. O teólogo  filósofo canadense James K. A. Smith vai dizer que imitamos o que amamos, pois somos aquilo que amamos, e isto torna este assunto ainda mais sério. 

É bíblico que não só devemos, mas ansiamos por imitar, e no caso cristão, imitar ao Senhor e as pessoas que procuram imitá-Lo, constantemente. Portanto, o propósito de Deus nas nossas vidas, como discípulos de Jesus, é que sejamos pessoas passíveis de serem imitáveis, assim como possamos imitar sempre outros irmãos que dão suas vidas para serem como o Senhor. Isto é para ontem, hoje e sempre, afinal, há dois mil anos esta Mensagem é pregada no Cânon Bíblico, sem contar as diversas obras que soam a séculos, como  o clássico cristão ''Imitação de Cristo'', escrito pelo monge germânico Tomás de Kemps. 

Líderes cristãos de todas as instâncias, desde pais a presbíteros, que possamos ser imitáveis, que possamos imitar, aprender e ensinar a bíblica arte da imitação cristã.

Por Nilson Pereira 

https://www.facebook.com/IPCarioca/posts/2018903095033678

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Devocional IPCarioca - 05/12/2017 - O Amor que excede o entendimento. (Efésios 3:14-21)

Em nossas vidas acabamos por estar envoltos em momentos complicados, e nossa tendência é questionar a Deus, geralmente, buscamos querer entender o porque estamos passando por coisas deste tipo, e muitas vezes queremos que Deus realize coisas pela ótica humana, e não o contrário. Em ambos os casos, estamos errados. Pois se conhecemos a Deus verdadeiramente, sabemos que em todas as coisas Ele cuida de nós (mesmos nas mais terríveis pela ótica humana), e que absolutamente tudo coopera para o bem dos que o amam (Romanos 8:28). 

O texto de Efésios 3:19 cita que devemos conhecer o Amor de Cristo que excede todo o entendimento, onde o verbo ''conhecer'' se define por ''relacionar'' e a palavra ''entendimento'' traz uma ideia de superação daquilo que só enxergamos. Se relacionar com o Amor de Deus me Cristo Jesus vai exigir de nós que nem sempre entendamos, mas que O conheçamos.

Não vivemos por aquilo que os nossos 5 sentidos básicos podem captar, e sim, pelo que o Espírito Santo, através do que a Palavra de Deus manifesta, nos mostra sobre Jesus. Nossas vidas não são sobre nós, são sobre Jesus. E conhecendo quem Ele é, não precisamos ter medo de nada, pois mesmos nas maiores desgraças, tudo cooperará para o nosso bem. 

Conhecer quem servimos é um exercício, um hábito, que durará toda a Eternidade, um hábito que transcede sentimento, pensamento e ações, é o hábito que molda os pensamentos, sentimentos e ações, não o contrário. Nem sempre será fácil, nem sempre será prazeroso, mas disto, e somente disto, depende nossas vidas. Que possamos confiar em Jesus sempre, em toda e qualquer cirscuntância, e nunca em nós, nunca naquilo que nós planejamos, nunca naquilo que queremos viver.

Por Nilson Pereira 

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Devocional IPCarioca - 04/12/2017 - O Deus que restaura. (Salmos 126)


A vida humana é marcada por altos e baixos. As consequências do pecado em nós fazem com que nada seja constante nas nossas trajetórias. Dentro disto, faz parte de ser humano sorrir e chorar, se alegrar e se entristecer, em níveis diferentes de vida para vida.


Quando se caminha ao lado do Senhor, Ele torna tudo útil na vida dos discípulos de Jesus, o choro passa a se tornar lições, o sorriso instrumento de adoração ao Eterno. Momentos de dor e sofrimento, de erros constantes, passam a ser tornar trampolins para que aqueles que amam e caminham com Deus possam se erguer Nele, e glorificá-Lo sempre, em todo o tempo.


Ganhar de Deus é lindo, ser restaurado pelo Mesmo é excepcionalmente sobrenatural. A verdade é, que todos os que caminham com Deus ganham sempre. Ainda que percam. Ainda que chorem. Ainda que se entristeçam.


Ganhar de Deus é lindo, ser restaurado pelo Mesmo é excepcionalmente sobrenatural. A verdade é, que todos os que caminham com Deus ganham sempre. pAinda que percam. Ainda que chorem. Ainda que se entristeçam.inanceiramente, mas uma vida abastada relacionalmente. Primeiro com o Altíssimo, segundo com os nossos próximos, desde os mais próximos, aos menos. O nosso tesouro é viver com o Senhor e com aqueles que Ele nos faz amar habitualmente. Em todo o tempo. Sempre e sempre.
Por Nilson Pereira.

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Devocional IPCarioca - 02/12/2017 - HONRANDO A DEUS ATRAVÉS DAS PESSOAS (1 João 4- 19 a 21) (João 13, versículo 35)

Deus é Soberano e poderia fazer qualquer coisa, de bom ou de ruim, sem precisar de ninguém. Mas mesmo assim, o Senhor escolheu fazer grande parte de Sua obra na Terra através das pessoas (1 Perdro 1 - 12 ao 25). Em Romanos 13, versículo 7, Paulo vai frisar que devemos dar honra a quem tem honra, e dentro daquele contexto, ele frisa que não devemos nada a ninguém ( a não ser a Deus), a não ser o Amor.
A Escritura então faz diferença entre honrar e dever. Dever só devemos a Deus e a mais ninguém, pois ninguém pode fazer o bem neste mundo sem a influência do Espírito Santo, seja através da Graça na vida de um cristão, seja através da Graça comum.
Quando honramos pessoas que representam o Senhor em nossas vidas, honramos ao próprio Deus, e poucas coisas podem agradá-Lo mais do que isto. Ser grato a Deus e as pessoas que verdadeiramente são usadas por Ele em nossas vidas é cristão no mais alto grau de maturidade bíblica, portanto, que possamos tirar tempo para dizer e agir de modo que possamos deixar claro para pessoas o quão importante elas são, foram ou serão em nossas vidas, e quanto somos gratos ao Senhor por ela s existirem em momentos tão decisivos. Sei que existe todo um falso evangelho pregado por aí que usa o termo ''cultura da honra'', no qual déspotas relogiosos se aproveitam para gerar idolatria através da distorção do termo ''ungido do Senhor'', mas não podemos deixar este mal contaminar o que é bíblico na nossa vida, pois honrar não é idolatrar, é servir, maior preceito cristão que existe.
Afinal, nenhum convertido que exista hoje chegou a Jesus sem a ajuda de alguém, seja indireta ou diretamente, ninguém nasceu do nada, sem ser de uma mulher, ou ninguém consegue viver sozinho completamente. Por isso a Escritura nos manda honrar os cônjuges, familiares, amigos e irmãos em Cristo como a nós mesmos sempre, amando-os apenas abaixo de Deus, porque além de ser a vontade de Deus é justo diante dos olhos do Eterno. Portanto, que possamos viver uma vida de gratidão e honra, sempre valorizando as obras do Senhor em nossas vidas, a saber, as pessoas que Ele põe no nosso caminho que verdadeiramente nos aproximam Dele constantemente.

Por Nilson Pereira.

Devocional IPCarioca - 01/12/2017 - AMANDO TUDO A PARTIR DE AMARMOS A DEUS (Mateus 22:37-40)

Existem verdades absolutas que não podem deixar de nos marcar. O fato de sermos parte de uma raça caída e corrompida pelo pecado é uma delas.

Charles Spurgeon dizia que mesmo o que chamamos de amor, nem sempre o é de fato porque o pecado corrompe o nosso ser no mais profundo âmbito, pela Graça de Deus, nós não somos completamente tomados pelo poder do pecado, mas o simples fato dele habitar em nós é suficiente para corromper qualquer coisa que possamos fazer, pensar ou sentir (características que nos torna humanos).

Em Mateus 22:37-40 Jesus nos ensina o Mandamento Áureo, que consiste em amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo ( e quanto mais próximo, mais devemos amar, como dizia Martinho Lutero) como a nós mesmos, e este é o único caminho para refrear o efeito da Depravação Total em nós nos relacionamentos. Quando amamos a Deus sobre tudo, com todo o nosso entendimento e forças, aprendemos com Aquele que define o Amor a amar de verdade (em ação, pensamento e sentimento) aos nossos próximos (acredito que respeitando uma hierarquia bíblica de prioridades, Esposa/Marido, Família, Igreja e por aí vai).

Os efeitos do pecado em nós e nos outros causa medo, aflições, tristezas e decepções, é um chamariz muito grande de tornar quem ou o que amamos em ídolos, desrespeiitando o Primeiro Mandamento, que é o primeiro justamente para que isto nunca ocorra.

Não devemos amar as pessoas a partir delas, e sim a partir do nosso amor pelo Deus Altíssimo. É disto que Jesus está falando neste texto. Se sentimos algo forte por alguém devemos sempre entender que o melhor que podemos fazer por ela é amar a Deus sempre, sobre todas as coisas. Amar a Deus é a gênesis de uma maravilhosa e boa vida.

Por Nilson Pereira.

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Jonathan Kent, a Adoção e o verdadeiro heroísmo.



Por Nilson Pereira. 

O Superman é sem dúvidas o maior ícone dos Quadrinhos e um dos maiores da História da Cultura Pop. Não importa em qual cultura alguém está inserido, provavelmente 9 entre 10 pessoas ali conhecem ou já ouviram falar do escoteiro azul de capa vermelha. Mas este texto não é para falar dele, sim do seu pai adotivo. Em um  dia recente,  acordei de madrugada e me dei conta que sonhei com o Superman (coisa de Nerd, eu sei, rs). 

Na verdade não com ele em si, mas com a vida dele com o pai.  Eu confesso que não gosto muito do personagem Superman, mas passei a gostar muito do Jonathan Kent quando percebi que ele é o protagonista de uma das histórias mais lindas de adoção da Cultura Pop.

 No sonho eu me dava conta que o Clark Kent só foi o Superman e não uma espécie de Zod, um ditador super poderoso que não pode ser parado, graças a criação dos Kent. A premissa do Superman está no fato dele ser um herói porque quer imitar o pai, o padrão de homem que ele ensinou o Kal-El ser.  Isto é muito sério. Muito mais sério que frear trens, socar aliens ou impedir o próximo plano triunfal de Lex Luthor. A boa criação paternal do Superman o tornou um homem digno de ser imitável, e o restante foi consequência disto. 



 O modelo de homem para uma pessoa será sempre o mais próximo, assim como para o Kal-El não foi o Jor-El. E sim o Jonathan. E o modelo de homem/mulher mais próximo será sempre o que deve ser imitável para um ser humano, Deus nos criou assim. Isto torna a história dos Kent uma das mais belas que relatam sobre o poder da Adoção no meio mainstream. 

 O Superman tinha tudo para ser um ditador sinistro (recomendo que você leia ''Entre a foice e o Martelo'', que trata uma realidade alternativa onde ele não é criado pelos Kent), o poder corrompe fácil, mas a criação dele foi tão forte, que ele preferiu tentar ser um herói. 

Ele só é o maior herói de todos os tempos nos quadrinhos, muito graças ao Jonathan Kent e sua criação. Você, caro leitor, pode perceber que em todos os momentos, em todas as mídias, o Jonathan sempre aparece, ou presencialmente, ou em flash-back,  para fazê-lo não se corromper. Mesmo quando ele foi interpretado pelo Kevin Costner e seu carisma zero.

Muitos gostam de comparar o Superman com Jesus, então não é loucura aprender a valorizar e se inspirar mais em José, o homem que Deus escolheu para criar seu filho. Leia  http://nopphistoriador.blogspot.com.br/2017/08/a-relacao-adocao-e-gloria-de-deus.html

É caro leitor, estou ficando velho mesmo  prefiro hoje o velho caipira bom caráter ao cara que voa e pode socar qualquer coisa.



segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Crônicas de um quase pai.



Por Nilson Pereira.

Eu não te vi nascer. Não tive o privilégio de pular de alegria ao saber que você viria ao mundo (embora acredite, sinto esta alegria todos os dias da minha vida hoje). Não pude beijar por 9 meses a barriga da sua mãe e nem a tentar se comunicar com você enquanto ainda estava por lá (embora vá te cobrir todas as noites). Não te ensinei a falar (embora eu sei o quanto Deus me usa para te aprimorar com as palavras). Não vi você aprender a andar (embora hoje te ensine uns esportes maneiros rs). Não te ajudei no primeiro dever de casa que você teve (ainda que já tenha feito isso com frequência hoje).

Não tive a chance de te dar sua primeira Bíblia (embora todo o material que tenho sobre Teologia, a maior herança que posso deixar para alguém nessa vida, vá ficar para você um dia). Nunca fui numa comemoração de dias dos Pais sua, e acredite, isso me dói.

Perdi 5 anos da sua vida. Mas o que eu entendo de Deus é que ganhei todos os outros. O que entendo do meu Deus é que Ele me enviou a sua vida para te aperfeiçoar. Para ser um dos primeiros a chorar com você quando estiver triste, para vibrar com você quando estiver alegre, para te ensinar sobre o que é ser um cristão. Meu Senhor resevou para nós o melhor que um pai e uma filha podem viver.

As vezes acho inexplicável como posso amar uma criança sem meu DNA tanto assim, mas aí, eu percebo que ter o mesmo DNA é um detalhe perto do que Jesus faz para nos unir. Você pode não ser minha filha de sangue, mas é de coração, é de alma, é mente, é de tudo o que eu possa ser para alguém.

Desde novo eu sonhava em ter uma filha, e Deus escolheu você para realizar meu sonho. Tudo fica muito pequeno diante disso. Eu te amo de verdade. Você me faz querer ser melhor. O melhor discípulo de Jesus que possa vir a ser, para te ensinar a ser melhor que eu um dia nisto. O melhor marido que eu possa ser, para um dia você saber o que é ter um marido cristão, O melhor profissional que eu posso ser, porque um dia você dará tudo de si na carreira que o Senhor te direcionar a seguir. O melhor membro numa Congregação, para um dia você aprender o quão importante é a Igreja de Cristo.

Olhar nossas fotos juntos com você sorrindo me dá forças para viver.  Te amo tanto que nunca me esqueço de você. Vivo andando pela rua olhando presentes que posso vir a te dar, quando eu estou num lugar fico olhando onde você está para te proteger de qualquer perigo, sempre acordo de madrugada ou de manhã cedo para te cobrir. Sinto falta de você ir deitar entre nós. Sinto sua falta quando você não está em casa. Eu te amo e me importo com você. Com o tipo de mulher que você será, com sua vida financeira, com suas escolhas.

Quero muito que o Senhor me dê saúde para te ver crescer, se desenvolver, refletir cada vez mais a Jesus. Te amo, minha doce, querida e linda filha.

Talvez você nunca vá ler este texto pequeno e simples, mas eu só quero que você saiba o quanto pode ser importante para alguém. Quero que você aprenda que Deus pode restaurar todas as coisas, e realizar nossos sonhos de várias maneiras, você é a realização de um dos  meus maiores sonhos Nele: ser um pai de uma menina! Te amo e daria minha vida por você, ou melhor, farei isso todos os dias da minha vida, dia e noite, haja o que houver, enquanto Jesus me permitir aqui viver. Te proteger, cuidar, amar e ensinar não são deveres meus, são meu estilo de vida. Você é um dos três maiores tesouros que Jesus já me deu, minha vida, minha primogênita!

Te amo mais que tudo depois do meu Deus, e da sua mãe.

Você é o orgulho da minha vida.

Deste bobão aqui,

Nil.






segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Somos todos pecadores.



Por Nilson Pereira.

Quando isto viu o fariseu que o tinha convidado, falava consigo, dizendo: Se este fora profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que lhe tocou, pois é uma pecadora. E respondendo, Jesus disse-lhe: Simão, uma coisa tenho a dizer-te. E ele disse: Dize-a, Mestre. Um certo credor tinha dois devedores: um devia-lhe quinhentos dinheiros, e outro cinqüenta. E, não tendo eles com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Dize, pois, qual deles o amará mais? E Simão, respondendo, disse: Tenho para mim que é aquele a quem mais perdoou. E ele lhe disse: Julgaste bem. E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês tu esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; mas esta regou-me os pés com lágrimas, e os enxugou com os cabelos de sua cabeça. Não me deste ósculo, mas esta, desde que entrou, não tem cessado de me beijar os pés. Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta ungiu-me os pés com ungüento. Por isso te digo que os seus muitos pecados lhe são perdoados, porque muito amou; mas aquele a quem pouco é perdoado pouco ama. E disse-lhe a ela: Os teus pecados te são perdoados. Lucas 7:39-48



Por Nilson Pereira.
Por anos eu meditei neste texto. Por anos (e te digo caro leitor, antes mesmo de me converter) reflito sobre o que este trecho das Escrituras realmente quer dizer.
Hoje, depois de um tempo de caminhada cristã tenho minhas impressões, que provavelmente irão amadurecer mais depois de algum tempo. Como cristãos reformados cremos na Inerrância das Escrituras, onde o Cânone Bíblico jamais se contraria.
A Escritura narra a saga do povo hebreu, que mesmo vendo cair pão do céu, mesmo tendo suas roupas intactas por 40 anos e tantos outros milagres (talvez que nenhuma outra geração do povo de Deus tenha visto até) ainda se voltava contra o Senhor, conforme o livro de Êxodo narra. Conta a história de tantos homens que mesmo depois de aliançados com Deus fizeram coisas inexplicáveis, homens como Abraão, Davi, Pedro, João e etc. A Escritura não narra só a história deles, mas a minha e a sua também. Pare para pensar, seja franco com você mesmo, quantas vezes você fez coisas impensáveis para um cristão depois de ter sido escolhido por Jesus como Seu discípulo de forma oficial? Pois é, isto me choca sempre quando olho para minha vida também.
Na caminhada cristã não há espaços para ninguém especial, e isso vai de choque com a cultura pós-moderna do individualismo, onde todos devem se sentir únicos, lindos, ‘’lacradores’’, admiráveis. Fracamente, se não fosse claramente o que Jesus trabalhou em mim ou em você o que teríamos de especial? Somos todos ex-idólatras, ex-fornicadores, ex-drogados, ex-alguma coisa, e por mais que alguns ímpios usem este argumento contra nós, é o caso de darmos graças constantemente ao Senhor por sermos ex, e não atuais. Uma das coisas que Jesus mais fez aqui na Terra foi repreender os fariseus, este texto de destaque é um dos vários casos citados, tendo seu auge na Parábola do Fariseu e do Publicano (Lucas 18:9-14), onde o Senhor chega a afirmar que a oração arrependida e contrita de um homem traidor de sua pátria vale mais que a oração altiva e egocêntrica de um mestre da lei zeloso.
Não é o que você ocupa ou faz que te define em Jesus, nem mesmo é o que você é no sentido do que pode fazer no Reino, é o que Jesus é em você. É o que o Senhor te torna na sua vida Nele, e SEMPRE não iremos passar de um pecador resgatado IMERECIDAMENTE por Ele, servos inúteis que faz só a obrigação. Isto nunca mudará na minha ou na sua vida. Entre os 12 primeiros de nós haviam 11 crentes de verdade, e um ímpio, mas todos eram apóstolos, isto indica que sempre haverá isto, pessoas importantes no Reino, mas que nunca se quer se converteram de verdade. Não importa o que você foi ou é, o que importa é ser realmente um santo (um separado somente por Jesus).
Foi assim no Antigo e é no Novo Testamento. Ninguém é bom, todos pecaram, não existe o publicano imundo e o fariseu santo, todos nós somos imundos diante de Deus. Sei que ‘’imundo’’ é uma palavra forte, mas acredite, é a palavra que melhor define tudo. Romanos capítulo 3 é um dos textos mais importantes das Escrituras (Martyn Lloyd-Jones costuma dizer que ele era o auge da Bíblia) , um dos mais importantes da minha vida, o tipo de texto que gravei em um dos meus anéis para nunca esquecer ( pois entre o fariseu e o publicano, diversas vezes eu tendo mais a ser um legalista), o quanto sou inútil diante de Deus, e quando faço alguma coisa, é só por misericórdia Dele.
Nunca podemos esquecer que somos membros de uma raça caída, e somos seres caídos desde o nascimento. Isto é terrível não é? É terrível pensar que você não é exatamente o virtuoso homem que sempre pensou que fosse, ou a modesta menina que tanto se orgulha de ser. Eu sei bem como é isso. Todos os dias minha ficha cai, mas sabem o que traz esperança para nós? Este texto que postei. Quando nós nos achamos como realmente somos, pecadores, e nos arrependemos disto, Deus nos ama como nunca antes. ‘’Aquele que muito é perdoado, muito é amado’’. É por isso que frequentemente aquele irmão que tem um passado forte é um crente mais bíblico e fervoroso do que o outro que foi criado numa família cristã. Não é porque um foi pecador imundo e o outro santo desde que nasceu, é porque o que viveu mais coisas terríveis se entende em Cristo, se arrepende, vive contrito e quebrantado muito mais do que o que tende a agir como os fariseus porque viveu ouvindo a Palavra a vida quase toda. Tudo o que o homem com o passado forte faz ele entende que é só porque Jesus é forte nele. É a única coisa que difere o publicano do fariseu, ou os fariseus da mulher citada no texto por Jesus: a rendição, a consciência diante de Deus. Ambos são pecadores de destituídos da Glória de Deus estavam.
Não é o passado x ou y que importa, o que importa é sua relação com Jesus quanto a isto. Nós hierarquizamos pecados, Deus não. Pecadores estão longe Dele, a não ser que estejam em Cristo, tenham uma vida contrita e quebrantada, uma vida piedosa que prega a Escritura da forma correta, onde Jesus é o protagonista e todo o resto não importa. Se formos analisar a vida de homens de Deus como os que a Bíblia relatam, os reformadores, os pais apostólicos, ou um Augustus Nicodemus, Paul Washer da vida, verificaremos histórias lindas, com pecados terríveis, mas com uma linda história de rendição diante de Jesus.
O problema do fariseu não era ser um mestre da Lei, era idolatrar o próprio ego ao invés de adorar a Deus por ser usado por Ele. O mérito do publicano, ou da mulher, não era ser um cobrador de impostos ou mulher pecadora, é reconhecer que só são alguma coisa por entenderem que nada são por eles, e sim em Jesus. Pense nisto. Toda história cristã verdadeira é dotada por um passado pecador e um presente de quebrantamento, e assim, um futuro glorioso com Jesus.
Que nós cristãos paremos de imitar Adão, cujo o ego de ser igual a Deus falou mais alto e passemos a imitar somente Jesus, que abriu mão da Sua Glória para se fazer homem. Nem eu nem você somos nada, nunca fomos e nunca seremos. Somos apenas servos inúteis que cumprimos nosso papel em Jesus. Glória a Deus por isso. Seja nada todo homem e tudo o Senhor Jesus Cristo, nosso Rei e Deus.

terça-feira, 15 de agosto de 2017

A Relação, a Adoção e a Glória de Deus.



Por Nilson Pereira e Ione Campos.

Nesta semana que se iniciou com o domingo de Dia dos Pais, resolvemos juntos falar um pouco aqui sobre as características peculiares da paternidade de um grande pai que encontramos na Bíblia: José, pai de Jesus.
Sim, sabemos que Jesus é o filho unigênito de Deus (Jo 3:16), nós pregamos isso e louvamos à Deus pelo entendimento que Ele nos confere deste fato perante as Escrituras, mas dentro da sociedade onde Jesus nasceu, viveu, morreu e ressuscitou, Jesus era conhecido como "filho de José, o carpinteiro" (Jo 1:45; Mt 13:55). No entanto, José sabia que Jesus não era seu filho fisicamente, mas o amou como um verdadeiro pai, educando-o, disciplinando-o e até mesmo ensinando-o seu ofício de carpinteiro (Mc 6:3); e Jesus lhe foi submisso como um filho deve ser (Lc 2:51).
Quando Deus escolheu Maria para ser o ventre que daria à luz àquele que é a Salvação para o povo de Deus , Ele não escolheu somente à ela, mas escolheu igualmente a José. Estando Maria noiva de José e achando-se ela virgem e grávida pelo Espírito Santo, José chegou a considerar deixar Maria secretamente, com medo dela haver cometido adultério. No entanto, um anjo do Senhor apareceu a ele em um sonho dizendo-lhe para receber Maria como sua esposa, sem medo, e lhe revelou que aquele que estava no ventre de Maria "é do Espírito Santo" e "salvará o seu povo dos pecados deles". E sendo José um homem justo e temente à Deus, fez como lhe foi ordenado (Mt 1:18-25). Outra prova de que Deus escolheu tanto a José quanto a Maria está no fato de que a genealogia de Jesus está baseada em José (Lc 3:23-38; Mt 1:1-16).
O Cristianismo é baseado na relação, sua única Regra de Fé e Prática, as Escrituras, trata-se de um manual Vivo de Relacionamento, primeiro com o Senhor, depois uns com os outros. Existem variados tipos de relacionamento, mas no fim, todos convergem em relação, adoção e Glória de Deus. É impossível viver uma vida cristã sem relacionamento. Deus escolheu ser glorificado na medida em que nos relacionamos com Ele e com os nossos próximos. Por isso Paulo fala em 2 Coríntios 5 que a reconciliação é ministério que nos foi dado por Jesus, porque reconciliar é religar relacionamentos.
Obviamente, quanto mais próximo alguém for, as relações vão sendo naturalmente priorizadas, de modo que, os familiares são os próximos de imediato, sucedidos pela Igreja Local e os demais grupos sociais nos quais vamos sendo inclusos no decorrer da nossa vida. E todo tipo de relação que vivemos na vida acaba sendo naturalmente usado por Deus, seja para a nossa alegria, ou para tristeza, para a edificação, provação ou para a correção, mas sempre para que nós O glorifiquemos em tudo o que fazemos e para que possamos crescer como imitadores de Cristo. Deus sempre usa todo tipo de relacionamento para Seu propósito na vida do cristão pois, como diz Romanos 8:28, "tudo coopera para o bem daqueles que amam a Deus".
É o amor que torna qualquer relação humana na amizade a qual Jesus se refere em João 15:13, onde somos capazes de, por amor, dar nossas vidas pelos nossos amigos (não só morrer fisicamente por alguém, mas dedicar toda a nossa vida a quem se ama), e este é o auge de ser um CRISTÃO (que significa "pequeno Cristo"): imitar o Senhor dedicando sua vida à Ele.
A Escritura aponta para o fato de que Jesus é o único filho legítimo de Deus, e Nele, somos todos adotados pelo Pai, nos tornando uma única família. Todo relacionamento do cristão é uma adoção, a começar pelo relacionamento com seu Deus. Quando falamos de adoção, pensamos em um casal adotando uma criança, ou numa pessoa recebendo como cônjuge alguém que já tenha um filho(a) anterior e amando como seu próprio filho (ou sua própria filha), numa atitude semelhante ao que José fez com Jesus e como Deus faz conosco. Mas a adoção é mais do que isso, ela é um dos pilares da Fé Cristã. Simplesmente não existe Cristianismo sem Relação, assim como não existe Cristianismo sem Adoção. Deus nos adotou, nós adotamos nossas esposas/maridos, adotamos nossos pais e filhos (sejam biológicos ou não), adotamos nossos melhores amigos como irmãos, adotamos o tempo todo, replicando a atitude de Deus em Jesus para conosco, na medida em que escolhemos viver e morrer por quem Deus faz com que amemos.
Para um cristão não importa se biologicamente gerou ou não a criança que te chama de pai, o que importa é que em Cristo, ele a adotou como filha ou filho. Em Cristo, a Biologia se rende à Relação em amor. Foi isso que Jesus quis dizer em Mateus 12:49-50. Lembre-se que Jesus é descendente de Davi via José, seu pai perante a sociedade e que este, como um homem de Deus bíblico, adotou, protegeu, amou e criou o menino Jesus, como sendo Seu verdadeiro pai. José e Maria foram exemplos de discípulos, de servos, de família e de conduta cristã. O modelo que Deus trouxe através desta família é o padrão para as nossas vidas.
Precisamos reconhecer que é necessário ver e viver a importância da família como ela nos é apresentada pelo Reino de Deus, sendo a primeira e a mais importante das instituições criadas pelo Altíssimo na humanidade, a célula da Igreja, e colocá-la como a base de tudo na nossa vida, depois de Deus, para Sua honra e glória.