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Lex Luthor e o que eu seria sem Jesus.

Por Nilson Pereira.  Primeiramente quero deixar claro que este texto é destinado a cristãos bíblicos e maduros que entende...



domingo, 27 de maio de 2012

Reflexões sobre a vida.

Por Nilson Pereira.

Sim, é muito difícil viver.

Já ouvi alguém dizer que viver é caro (risos), ouvi alguém dizer que viver é passar a maior parte do tempo triste, ou que é estar exaustivamente competindo com alguém ou alguma coisa todo o tempo.

Em 27 anos eu ouvi muito sobre o que é a vida, seja dos meus pais, amigos,líderes e mestres, mais do que ouvi, li, vi e vivi.

Não vivi a vida que escolheria todo o tempo, deixei de fazer coisas, deixei de ensinar, de aprender, de fazer.

Ensinei demais, falei demais, fiz demais, agi demais também. Porém, sempre aprendi, às vezes tarde demais, às vezes antes demais, as vezes na medida certa. Já sorri, já chorei, já vivi vida com abundância, já me senti morto mesmo estando vivo.

Já lutei, já venci, já perdi, já aprendi. Já quis sumir, já fiz valer a pena, já pulei de alegria, já chorei de felicidade, já quis ir ver Jesus, já quis viver por Ele. Já amei, e como amei.

Já fiz tudo o que podia, já fiz mais do que podia. Já torci, já me senti mais feliz com a vitória de quem amo, do que com as minhas. Já fui humilhado, já fui desvalorizado, já fui rejeitado. Já fui amado de uma forma única, já fui supervalorizado, já fui extremamente querido, admirado, quase ovacionado.

Já fui vaidoso, já fui estúpido, já fui maduro, já fui sábio, já fui imaturo. Já desejei com todas as minhas forças, já rejeitei igualmente também. Já desejei aparecer, já desejei sumir, já quis, como se disto dependesse minha vida, já rejeitei de igual forma também. Já tive orgulho de mim mesmo, já tive nojo também.

Já me arrependi muito, já fiquei muito feliz de fazer o que julguei ser o certo. Já pequei muito, já fui muito usado por Deus.

Já sorri de chorar, já chorei por não mais sorrir.

Já me senti maravilhosamente perto, já me senti assustadoramente longe.

Já disse sim quando deveria ter dito não, já disse não quando queria ter dito sim.

Já amei alguém apenas abaixo de Deus(e ainda amo), já me amei acima de tudo. Já vivi bastante, ainda não vivi o suficiente. Já fiz muito, mas muito pouco perto do que deveria ter feito. Fui considerado um dos homens mais inteligentes que alguém já conheceu, já quiseram me ver o mais longe possível também.

Já construí, já tive que começar tudo de novo.

Já li, já ensinei, já fiz, já ouvi, já falei, já escrevi, já muita coisa, e em todas eu já aprendi. Sou um ser humano como você que está lendo este artigo exatamente agora, embora semelhante, diferente e único, porém, quantos não se identificaram com tudo o que estou escrevendo aqui agora, não é verdade?

Já entendi com o Altíssimo, este que já amei acima de tudo (também já contestei se Ele realmente me amava, ou até mesmo se existia) que o que faz a vida valer a pena de verdade, não é o fazer, o deixar de fazer, o sorrir ou o chorar, e sim, fazer tudo como amor.

A frase clichê de que Deus é amor, é obviamente uma verdade sim, mas o sentido na vida não está apenas em ler, ouvir, ou assimilar isto, mas sim em entender, em analisar, em contestar (no sentido de refletir, não no de duvidar) sobre esta frase tão disseminada.

É impossível para um ser humano conseguir ser bem sucedido sem refletir, contestar, analisar o tempo todo sua vida. Os maiores pensadores da humanidade e o próprio Jesus, ensinaram isto para quem quer aprender.

Inspirações: A Bíblia, livro de Eclesiastes. Epitáfio, Titãs. Frases de pensadores por toda a História da humanidade, minha própria vida.

Ass: Nilson Pereira.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Os pressupostos básicos e as propostas e práticas do Iluminismo da Europa do século XVIII.

Por Nilson Pereira.

O Iluminismo que se propaga a partir do século XVIII na Europa Ocidental, é um ideal de ordem política, social e econômica, que se perdura até os dias de hoje, segundo o historiador Francisco José Falcon em sua obra entitulada ''O iluminismo''.

Em seus pressupostos básicos, a filosofia das luzes engloba aspectos básicos inovadores no que condiz a ordem social de seu tempo de origem na Europa Ocidental.

A ótica iluminista prega que a fé não pode ser mais a guia da humanidade, e sim a razão.

Prega a universalidade do conhecimento, a transformação do conhecimento revelado típico das Idades Média e Antiga, teológico e alquimista (no qual apenas uma pequena parcela da população pode ter acesso ao conhecimento) em um conhecimento universalizante, onde o único pressuposto para detê-lo seria pertencer a raça humana, e não mais se enquadrar em uma ordem social pelo nascimento e privilégio.

Os iluministas acreditavam que a fé é importante, pois a Bíblia é um instrumento poderoso de difusão moral e ética, crer em Deus é, para eles, algo importante e moralizante, porém, criticam o uso das chamadas 'religiões de Estado', oficiais, partindo e impostas pelos tronos reais.

Os iluministas criticavam os conflitos religiosos que perduram entre facções da Cristandade desde a Reforma Protestante, assim como as igrejas como instituições.

Criticavam as religiões, acreditavam que a fé em Deus era libertadora e saudável, porém a religião era desagregadora e nociva. Não eram adpetos do ateísmo, e sim do deísmo, prática que se baseava na manutenção de um relacionamento com Deus, porém, sem o uso de doutrinas, rituais e institucionalização das religiões. Voltaire, um dos principais filósofos iluministas, chamava a Igreja Católica de infame.

Os iluministas mantinham uma posição de solidariedade quanto a parcela mais desfavorecida da população mundial, acreditando que a fome, a miséria, a servidão européia e a escravidão americana, sobretudo, eram poderosos obstáculos a difusão e universalização das luzes e do conhecimento.

Depositavam suas esperanças em uma sociedade universal e igualitária nas leis, no sistema de Direito. As leis teriam uma função fundamental e pedagógica quanto a sociedade, definindo a idéia de criação das constituições. Queriam quebrar os ideais do Antigo Regime de que ''o rei é a lei em movimento'', conforme pregavam os portugueses. As leis seriam acima de todos, e deveriam igualitar a todos dentro de uma sociedade. As leis teriam um teor pedagógico, viéis de regeneração e educação social, não um punitivo, assim como as penitenciárias em relação aos marginalizados perante a sociedade.

O Iluminismo difunde o cosmopolitismo, a idéia de que somos todos uma única sociedade e raça, humanidade única. Prega a ideia de uma única humanidade ligada pela razão, baseada nos ideais de igualdade cristã, onde somos todos criados pelo mesmo Deus.

Os iluministas defendem que, ser provinciano (ou bairrista) é maléfico, crêem que o nacionalismo deve servir apenas para frear o provincianismo, destruir a idéia de ''aldeia'' medieval, porém, não pode servir para difundir o ódio e a segregação entre as nações vizinhas, pois o bem maior é o de pertencer a humanidade no geral.

Quanto mais cosmopolita mais iluminista,''evoluída'' e racional é uma sociedade.

Os iluministas usam a filantropia, para eles algo superior a caridade cristã, embora ambas sejam oriundas da fraternidade. A filantropia tem um viéis mais social, a caridade mais espiritual. A primeira se ocupa mais em igualitar a humanidade universalmente perante e através da razão, a segunda em igualitar a humanidade espiritualmente.

Fome, miséria, escravidão e servidão, animalizam os seres humanos, afastando-os da razão, e ferindo a ideia do pilar iluminista de igualdade de inteligências.

O livre credo e de opiniões e ideais, é defendido fielmente pelos filósofos iluministas.

Acreditavam que as guerras eram estúpidas, animalizavam a humanidade, o que parece até ingênuo nos dias de hoje.

O Iluminismo que surge no século XVIII, era repleto de contradições, pois ao mesmo tempo em que seus propagadores pregavam igualdade de inteligências, universalização do conhecimento, igualdade de todos os seres humanos, receavam quanto a uma sociedade em que camponeses soubessem ler e escrever.

Acreditavam que a educação é o mais forte instrumento de transformação social, o que faz de todos nós historiadores professores, e educadores, de certa forma, iluministas.

O Iluminismo é inovador, múltiplo, influenciou revoluções, independências, transformações sociais diversas até hoje, porém, seus difusores originais não queriam uma militância social, e sim renovação da ordem em que viviam, sendo muito mais próximos do Absolutismo Ilustrado do que da própria Revolução Francesa, das Repúblicas e Democracias.

Acreditavam que o conhecimento só tem sentido se for para transformar a sociedade humana, para ser ideológico e ativo. Acreditavam que somente a acumulação do conhecimento não era suficiente, esta, deveria ser usada para transformar a sociedade, universalizar a humanidade através da razão, ainda que fosse o modelo social da Europa Ocidental,a base dos ideais sociais propostos pela filosofia das luzes.

Ass: Nilson Pereira.

A conjuctura política da independência brasileira.


Por Nilson Pereira.

Com a queda do regime napoleônico em Portugal,que se dá em 1815, as tropas inglesas se fixam em território lusitano, sobre a justificativa de proteção aos portugueses de possíveis novas invasões francesas.

Também ocorre neste período, uma evidente e brusca queda em relação aos comércio feito pelos portugueses, pois em 1808, D. João abre os portos da América portuguesa as nações amigas, ocasionando diretamente na queda do pacto colonial exclusivo entre a metrópole portuguesa e a colônia brasileira, e ainda, com o sentimento de orfandade do povo português em relação a corte e ao rei que se transferem para o Rio de Janeiro e tardam em voltar a Lisboa, há um evidente e caótico quadro social, político e econômico na parte européia do Império Luso-Brasileiro.

A insatisdação portuguesa na Europa, só se faz aumentar na medida que o novo centro do poder, o Rio de Janeiro, ganha cada vez mais importância em relação a Lisboa.

A situação de Portugal é cada vez mais insustentável, era necessário fazer alguma coisa.

Neste cenário caótico, os ideais do Iluminismo, que historicamente econtram grande resistência na Península Ibérica( Portugal e Espanha), são adaptados aos moldes portugueses.

A parcela da corte que ficou em Portugal, que não se transferiu para o Rio,tem sua essência transformada, gerada pela insatisfação com a Regência carioca e com a necessidade de ações para tentar mudar a realidade de Portugal.

Em 1820, surge um movimento, na cidade do Porto (mais cosmopolita e progressista que Lisboa), que procura modificar o Antigo Regime em Monarquia Constitucional, com o itento de restaurar a parte européia do Império português, de levá-lo as ''glórias antigas'' do reino português, e ao mesmo tempo, dar voz a corte que fica em território lusitano de uma forma mais evidente, de certa forma limitando o poder de D. João VI, e transferindo para um Parlamento formado por representantes da nação lusitana.

Este movimento, repleto de antagonismos, tem várias facetas em sua denominação: RegeneraçãoVintista (nome que era usado na época e que traduz melhor o espírito dos sentimentos dos nativos portugueses) e também Revolução Liberal do Porto.

Ao mesmo tempo que este movimento português de 1820 era liberal, pois institui um Parlamento sobre o nome de Congresso Nacional (composto por representantes do ''povo'' advindos de todas as regiões do Império,inclusive das regiões do Brasil), era extremamente conservador, uma vez que sua intenção era de retomar Lisboa como centro do poder do Império, o controle político e econômico,submetendo o Rio novamente a uma condição de simples província.

A ideia jamais foi a dissolução do Império Luso-Brasileiro, e sim, a de uma espécie de recolocação de Lisboa novamente como centro do poder assim como a submissão do Rio novamente a colônia, inclusive com o intento de impôr novamente as já ultrapassadas práticas do Mercantilhismo e do pacto colonial, frente ao Liberalismo econômico que fervia na Europa Ocidental neste período.

O Congresso Nacional português,cria uma constituição, cujo o discursso era de dar voz ao povo português, porém, esta foi criada para legitimar seu poder, transformar o Absolutismo do Antigo Regime em Monarquia constitucional, limitando assim o poder régio, transferindo o centro do poder para o Congresso.

O Congresso vai exigir a volta de D. João VIa Portugal,que ocorre em 1821, e exige um enquadramento deste nos moldes da nova Constituição, dando mais poder a Lisboa.

Pedro, príncipe regente, fica no Brasil, assim como boa parte da corte que veio para o Rio em 1808.

Há um evidente distanciamento da elite luso-brasileira situada no Brasil em relação a elite situada em Portugal, devido aos inúmeros conflitos de interesse entre ambas.

o Congresso exige também a volta de Pedro e da corte situada aqui para Portugal, como tentativa de enfraquecer o Rio, mas estes ficam ( o famoso dia do Fico), o que gera de uma vez por todas, uma situação insustentável em relação a este ambiente conflitante, culminando com a criação do Congresso Nacional brasileiro, independente e insubmisso ao de Lisboa, em junho de 1822, verdadeira data historiográfica da independência do país.

O Rio é marcado pela característica regencial,conservadora do Antigo Regime, Lisboa, se destaca como uma faceta do Império com fins liberais e moderados ao mesmo tempo, contitucionalista a luz da Monarquia Parlamentar.

Os Braganças,se mantém no poder monárquico, tanto em Portugal, como D. João VI, quanto no independente Brasil, como D. Pedro I.

As elites afastadas da região Centro-Sul da antiga América portuguesa, e agora Brasil, apoiam Lisboa, acontecendo até mesmo, pós 1822, uma tentativa de independência política das províncias do Grão-Pará (hoje o estado do Pará e parte do Maranhão), e da Bahia, assim como o Rio Grande do Sul e a Revolução Farroupilha, pois para estas elites afastadas do Rio, não fazia muita diferença estar sumetidas a Lisboa ou ao Rio de Janeiro. Todos estes movimentos são coibidos de forma extremamente dura e violenta pela coroa luso-brasileira, pois manter o território unificado, e até expandí-lo, tentando conquistar de uma vez os territórios que hoje compreendem o Uruguai e a Guiana francesa, era quase que uma obssessão da elite luso-brasileira.

A independência vem, não para modificar o panorama social, e sim,para mantê-lo. Manter o regime Absolutista e a elite luso-brasileira no poder no Brasil, como era antes no Império Luso-Brasileiro.

O teor conservador e mantenedor do processo histórico conhecido como independência política do Brasil, faz deste um processo único e imcomparável dentro da História humana, uma vez que, a grande maioria das independências políticas nacionais são frutos de rompimentos.

A interiorização da metrópole e o panorama Luso-Brasileiro(1808-1822).


Por Nilson Pereira.

Com a vinda de boa parte da corte portuguesa junto com a família real lusa em 1808, há uma evidente aproximação entre a aristocracia local da América portuguesa e a corte lusitana. Este jogo de sedução entre uma e outra, na qual descreve a historiadora Maria Odila Silva Dias se dá por um evidente jogo de interesses.

A sociedade luso-brasileira,era uma sociedade oriunda do Antigo Regime,de uma sociedade de corte,onde o status era fundamental. Estar próximo e nutrir um bom relacionamento com o rei era algo fundamental. Por isto,a aristocracia local almejava uma aproximação evidente e concisa em relação ao rei e sua corte. Isto,sem sombra de dúvidas,traria status,enobreceria os aristocratas da elite do chamado Centro-Sul da América portuguesa(sobretudo os comerciantes de grosso trato e os traficantes de escravos),com títulos e graças concedidas por D. João VI a estes,sobretudo com títulos de cavalaria,como a medieval ''Ordem de Cristo''.

Nunca antes na História foram concedidos tantos títulos de nobreza como no período que vai de 1808 a 1822 por um rei português,como assinala o historiador Jurandir Malerba,em sua obra ''A corte no exílio'',no capítulo denominado '' O cetro e a bolsa''.

D. João cria de fato uma nobreza luso-brasileira,moldadas sobre estas inúmeras concessões e sobre o ideal do Império Luso-Brasileiro,que já existia antes,mas que é fomentado pela transferência concisa da corte de Lisboa para o Rio de Janeiro.

Para a corte advinda de Portugal,o maior interesse seria o fato da aristocracia possuir os bens materiais da América portuguesa,como moedas e instalações,o que garantiria a esta,todos os privilégios que possuia na Europa.

A aproximação entre a aristocracia local da América portugesa e a corte da parte européia do Império,é a marca do processo de interiorização da metrópole, onde a primeira consegue finalmente o status de nobreza tão cobiçado pelos membros de uma sociedade de Antigo Regime,e a segunda,manter seus privilégios e bens dentro de um Regime absolutista de governo,algo fundamental.

Este jogo de interesses,permeia todo o grande fomento que ocorre neste período na região Centro-Sul do Império,com a transferência da centro do poder político,e abrange regiões como São Paulo e Minas Gerais também,devido a aproximação geográfica,ideológica e política destas regiões com o Rio,pois dentro se uma sociedade de Antigo Regime,a aproximação do Rei e da corte é fundamental.

As elites das regiões mais afastadas do Centro-Sul da América portuguesa(como o Nordeste e o extremo sul,Rio Grande do Sul),mantém um sentimento de insatisfação e até de rejeição em relação ao rei e a corte,pois,para estas elites,não faz diferença o centro do poder estar em Lisboa ou no Rio,o que fomentará inúmeras revoltas no decorrer do século XIX nestas regiões afastadas.

Os portugueses que ficam na Europa, igualmente as elites citadas do parágrafo anterior,se sentem insatisfeitos e abandonados perante D. João,sobretudo depois da queda do regime napoleônico em 1815(uma das justificativas da transferência da corte de Lisboa para o Rio está no fato da ameaça de Napoleão em invadir Portugal,uma vez que a Espanha governada pela dinastia dos Bourbons, já estava sobre a regência de José Bonaparte,irmão de Napoleão,uma vez que a esta dinastia tem origem francesa, o que faz com que o ditador não encontre grande resistência em dominar o território da coroa espanhola,vizinha de Portugal).

O plano de transferência da corte portuguesa para a América,vem desde o século XVII,data da independência portuguesa junto aos Habsburgos espanhóis,pois o exército luso sempre foi frágil se compararmos aos demais exércitos europeus,uma vez que as prioridades históricas do reino português sempre foram o comércio e a navegação.

A transferência da corte de Lisboa para o Rio que acontecesse em 1808,é uma tentativa bem sucedida de manuntenção da dinastia dos Braganças no poder do Império Luso-Brasileiro.

O povo português,percebe a evidente queda de importância da parte européia do Império,uma vez que com a abertura dos portos da América portuguesa as nações amigas,medida mais importante de D. João em 1808,há a quebra do pacto colonial exclusivo entre a metrópole lusa e a colônia brasileira que perdurava durante todo o período colonial,fazendo com que os comerciantes do Portugal continental empobreçam bastante.

No aspecto político,as tropas inglesas ocupam Portugal desde 1815,com a jusitficativa de impedir mais invasões francesas. Os portugueses na Europa,se sentem cada vez mais pobres,'orfãos de rei' e ocupados por uma tropa estrangeira. Isto fará com que comecem a exigir a volta da corte que veio para o Rio e nunca mais retornará a Lisboa em grande parte.

A abertura dos portos de 1808 aqui na América portuguesa,dá uma quadro de fomento econômico,social e político inalcançáveis em relação a parte americana do Império. O Rio se torna uma cidade mais cosmopolita(sobretudo em relação a presença de ingleses),mais desensvolvida,como nunca antes em toda a História.
D. João,dá inúmeros privilégios aos ingleses,como a constituição de um tribunal próprio para o julgamento destes,taxas comerciais pífias para transações econômicas,livre culto(já que os ingleses são,em maioria,protestantes,o que faz com que a Igreja Católica,parceira de séculos da coroa portuguesa,fique muito insatisfeita),enfim,facilita e muito a circulação de comerciantes ingleses na região Centro-Sul do Império Luso-Brasileiro.

O período compreendido entre 1808 e 1822,tem como marca a aproximação entre a aristocracia brasileira e a corte portuguesa que se transfere para o Rio,e nunca um rompimento,como ocorre por exemplo na América espanhola e na América inglesa.

A América portuguesa(futuro Brasil) é a principal região do Império Luso-Brasileiro há décadas,sendo responsável direto pela sustentação do mesmo,e esta aproximação de elites faz com que a corte portuguesa nunca mais retorne a Lisboa em sua maioria,sobre a tutela da frase do filósofo alemão John Milton: '' É melhor reinar no inferno do que ser súdito no céu'' atribuída pelo autor a Satanás.

Nunca houve, historicamente,uma luta entre a metrópole e a colônia como dita a historiografia tradicional,e sim,uma evidente aproximação entre as duas elites,conforme a historiadora Maria Odilia Silva Dias demonstra em sua obra revolucionária em termos historiográficos da década de 1970.

Esta aproximação é singular na História da humanidade.

Vale ressaltar a fixação da aristocracia brasileira em ser européia,pois o fomento trazido por D. João e a transferência da corte sacia,de certa forma,este ímpeto,porém,a presença de escravos em solo brasileiro era uma espécie de lembrança constante e incômoda de que não se estava na Europa.

Este período histórico compreendido entre 1808 e 1822,marca uma nova era,sem sombra de dúvidas,na História do Brasil, que deixa de ser colônia,porém ainda não é um país independente,embora o processo desta se inicie neste período,e não em 07 de setembro de 1822,conforme a historiografia tradicional assinala.

Evidentemente,o período histórico compreendido,tem características elitistas e excludentes,pois a maior parte da população da América portuguesa,composta por escravos,mestiços,indígenas e brancos pobres,vivem em uma espécie de ''mundo paralelo'',em relação a realidade das elites,agentes diretos deste processo histórico.


A abertura dos portos brasileiros as nações, sobretudo a Inglaterra, faz com que o protestantismo chegue de uma vez por todas a América portuguesa. Vale frisar que o catolicismo continua a ser a religião oficial da colônia, porém, os protestantes recebem autorização de D. João para ter seus próprios templos e realizarem cultos, desde que não sejam chamativos.