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Lex Luthor e o que eu seria sem Jesus.

Por Nilson Pereira.  Primeiramente quero deixar claro que este texto é destinado a cristãos bíblicos e maduros que entende...



sábado, 21 de abril de 2012

Eixo,o argumento cretino.




Por Nilson Pereira.

Eu fico impressionado pela conveniência que o argumento de Eixo Rio-São Paulo serve como ferramenta de para muitos por aqui no Brasil. Alguns torcedores de cidades que não sejam as duas maiores do país, se utilizam do argumento como bem convêm, usando até mesmo este fator como flexibilidade para exaltar anormalmente as conquistas de seus clubes, ou para justificar o fracasso dos mesmos.


Tirando Flamengo e Corinthians, que recebem cotas de transmissão de TV a mais do que o restante, por motivos óbvios de audiência das torcidas (e único álibi que alguém poderia usar paras sustentar esta cretinagem de Eixo), todos os outros clubes são tratados da mesma forma por todas as mídias e opinião pública.



Em minha opinião, esta história de Eixo é uma espécie de ressentimento ,síndrome de reijeitadinho de quem na verdade, gostaria de estar no lugar do outro, cobiçando um destaque que de fato não existe.



Acho que alguns gaúchos e mineiros gostariam que uma Sportv, ou ESPN só falassem do clube deles, aí sim, não existiria Eixo.



Deixando claro, não estou generalizando, porque toda a generalização é estúpida, estou me referindo ao caso de quem se esconde por trás deste argumento mesquinho e hipócrita.


sexta-feira, 13 de abril de 2012

Grandes historiadores - Marc Bloch.




Por Nilson Pereira.

Considerado por muitos um dos  maiores historiadores que já existiu, Marc Bloch se destaca também pela sua resistência política, o que o consagrou como mártir em oposição ao Nazismo.

Bloch é um dos fundadores da célebre e fundamental a História como ciência, Escola dos Annales.
Dentre suas obras e frases históricas, destacam-se sua obra inacabada Apologia da História e Os reis taumaturgos, onde Bloch mostrava, dentre outras coisas, a sustentação de que os reis na Idade Moderna eram considerados décimos terceiros apóstolos de Cristo, por isso teriam o poder para curar através do toque régio, e tinham legitimidade divina para exercer o poder.



Descrição e Bibliografia:

Marc Léopold Benjamim Bloch (Lyon6 de julho de 1886 — Saint-Didier-de-Formans16 de junho de 1944) foi um historiador francês notório por ser um dos fundadores da Escola dos Annales e morto pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

Filho de Gustave Bloch, professor de História Antiga, Marc Bloch estudou na Escola Normal Superior de Paris, em Berlim e em Leipzig antes de ser bolseiro (bolsista) daFundação Thiers(1909-1912).
Participou da Primeira Guerra Mundial na arma de infantaria, sendo ferido e recebendo uma condecoração militar por mérito.

Após a guerra ingressou na Universidade de Estrasburgo, instituição onde conheceu e conviveu com Lucien Febvre. Com este fundou, em 1929, a "Revue des Annales". Em 1936, sucedeu a Henri Hauser na cadeira de História Económica da Sorbonne. A revista e o seu conteúdo conheceram sucesso mundial, dando origem à chamada "Escola dos Annales", cuja linha de estudos por sua vez influenciou as chamadas "Nova história" e "História das mentalidades".

Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, e a ocupação nazista da França, Bloch, por ser judeu, teve que deixar a direção da Revista dos Annales, que passou a ser comendada apenas por seu colega Lucien Febvre. Além disso, Bloch militou na resistência francesa. Detido e torturado pelaGestapo, foi fuzilado em 16 de junho de 1944.

É considerado o maior medievalista de todos os tempos, e, na opinião de muitos, o maior historiador do século XX. Seus trabalhos e pesquisas abriram novos horizontes nos estudos sobre o feudalismo.
Foi um dos grandes responsáveis por importantes inovações no pensamento histórico. Defendeu o abandono de sequências pouco úteis de nomes e datas e estimulou uma maior reflexão sobre a a relação entre homem, sociedade e tempo na construção da História.
Tornou-se célebre a sua resposta a questão "O que é a História?": "É a ciência dos Homens no transcurso tempo."
A sua última obra, "Derrota Estranha", foi uma avaliação da derrota francesa a partir da invasão alemã. Na fase final da vida escreveu "Apologia da História", que deixou inacabada devido à sua morte.

Apologia da História:

Marc Bloch tem um vigor necessário para todo historiador, pois discute o ofício em suas minúcias; faz apologia da história, e escreveu sobre esse tema enquanto lutava pela Resistência Francesa (Lion), e enquanto era torturado pela Gestapo.

Fundou a escola e revista dos Annales ou a Nova História, em parcerias com outros historiadores, em 1929; e mesmo sendo um medievalista, nunca se absteve de participar de seu tempo, por isso deixou os manuscritos de seu ofício sobre o nosso ofício e a história como ciência.

O medievalista Jacques Le Goff ressaltou o lado apocalíptico de Bloch – inerente a geração vivida, acolhida em memória coletiva, e de valor histórico. Para sê-lo – Marc Bloch - foi preciso ser carnívoro, andarilho… portanto, o historiador que escreveu Apologia da História (inacabado) reverteu-se em um ato completo de história (In: Apologia da história, p. 34); livro este, publicado postumamente por seu parceiro dos Annales, e também historiador, Lucien Febvre, em 1949.

Bloch foi daqueles a quem se diz aos homens pasmos do presente, o ´porque ´de serem ignorantes de seu passado. Perceber o recente, o presente como pensamento crítico via passado.

O conhecimento é incessante, transformador, e por isso rasga na escrita, abrenovas trincheiras, arranca as entranhas com as próprias mãos. A pesquisa histórica reúne pedaços, lastros, escombros; consegue ler, ver, reler, criticar, analisar, avaliar para colocar na escrita, para falar aos doutos e aos estudantes.

Livros publicados em vida:

Les rois thaumaturges: Étude sur le caractère surnaturel attribué à la puissance royale particulièrement en France et en Angleterre (1924).
Tradução portuguesa: Os reis taumaturgos. São Paulo, Companhia das Letras, 1993.
Les caractères originaux de l'histoire rurale française (1931).
La société féodale (1939).
Tradução portuguesa: A sociedade feudal. Lisboa, Edições 70.
Livros publicados após a morte:
L'étrange défaite (1946).
Apologie pour l'histoire ou métier d'historien (1949).
Tradução portuguesa: Introdução à história. Mem-Martins, Publicações Europa-América.
Apologie pour l'histoire ou métier d'historien. (1949). Edição crítica organizada por Étienne Bloch (1993).

Traduções portuguesas:

Introdução à história. Mem-Martins, Publicações Europa-América.
Apologia da história ou o ofício de historiador, Jorge Zahar Editor, Rio de Janeiro, 2001.
Histoire et historiens. Colectânea organizada por Étienne Bloch, Paris, Armand Colin, 1995.
Tradução portuguesa: História e historiadores. Lisboa, Teorema, 1998
Rois et serfs et autres écrits sur le servage. Posfácio por Dominique Barthélémy. Paris, La Boutique de l'histoire éditions, 1996.
Écrits de guerre: 1914-1918. Colectânea organizada e apresentada por Etienne Bloch, com introdução de Stéphane Audoin-Rouzeau. Paris, Armand Colin, 1997.

"O objetivo da História é por natureza o homem." Marc Bloch


segunda-feira, 9 de abril de 2012

Atlético X Cruzeiro: O clássico que faz parte da História, Sociologia e Morfologia de BH.


Por Nilson Pereira.

Tenho muitos motivos por ter uma belo horizontina escolhida pelo Deus Altíssimo para preencher meu coração. Sou bastante carioca para me apegar facilmente por qualquer outra cidade do mundo, porém, aprendi mais um fator que deve ser ressaltado sobre minha admiração a cidade de Belo Horizonte, minha simpatia pelo futebol, não apenas como esporte, mais principalmente como fato histórico e instrumento sócio-antropológico de definição social.

Conforme era minha vontade antes mesmo desta minha última viagem, acompanhei o clássico mineiro em BH, pela segunda vez, mas pela primeira vez em um jogo que teoricamente não valia nada, concentrado para averiguar o historicismo deste.

Eu como carioca, de uma forma direta, fiquei impressionado, pois a rivalidade entre  Atlético e Cruzeiro é sim maior do que qualquer outra daqui.

Vi cruzeirenses revoltados, mal humorados, como se o resultado de 2 a 0 a favor do Atlético ainda no primeiro tempo valesse a perda de um título relevante, e vi atleticanos chorando como se tivessem perdido o título, em um jogo que de nada valia.

E nada realmente valia... Eu, acostumado com clássicos entediantes, pelo menos neste ano (logicamente quando não são decisivos), clássicos jogados com preguiça, com a intenção periférica de cumprir tabela, clássicos que, para mim, como flamenguista que sou, deveriam ter esta denominação contestada. Até porque no Rio, o Flamengo é rival de todos, mas não é rival de ninguém há pelo menos 10 anos.

Não estou aqui desmerecendo jamais um'' Nelson Rodriguiano'' Fla-Flu, ou um ''milionário'' Fla-Vas, ou mesmo um ''chorático'' Fla-Bota, nem o centenário ''Vovô'', porém, não posso deixar meu etnocentrismo falar mais alto, e dotado de austeridade, declarar que o clássico belo -horizontino é, historicamente mais ''clássico'' que os daqui do meu Rio amado.

Não estou de forma alguma desmerecendo clássicos cariocas ou paulistas, apenas constatando um fato historicista, social e antropológico sobre a relação futebol/clássico/belo-horizontinos.

Eu, como carioca, da gema, que moro desde o nascimento no Rio, posso dizer com propriedade, que não há rivalidade comparável na minha terra com a dos belo-horizontinos, talvez, por uma série de fatores, como o fato de aqui haver 4 times de evidência histórica, e não dois como lá, talvez porque o futebol esboça uma reação maior em BH do que aqui, cidade mais cosmopolita e muito mais plural no que diz respeito ao entretenimento. Não irei fazer mais comparações entre BH e São Paulo no que diz ao futebol, pois como bom historiador, prefiro relatar daquilo que sei com propriedade, o que não é o caso da minha relação com os paulistas neste assunto, uma vez que há certa distância nesta relação, sabendo eu apenas dos fatos que são relatados pela imprensa.

Jamais tenho a intenção de tentar desmerecer os clássicos cariocas, ou os paulistas. Os confrontos entre os times daqui e os de São Paulo, são sem sombra de dúvidas mais dotados de historicismo, devido a comoção nacional destes, do destaque de público e mídia, ou da importância das competições que estes comunmente acontecem (como finais de Brasileiros, ou jogos importantes destes, finais de Copa do Brasil, jogos decisivos de Libertadores e etc), fato que o clássico mineiro ainda não conseguiu alcançar de forma plena neste centenário confronto.

O que vale ressaltar neste simples texto-relato é que, em BH, este clássico mais que futebol, é um fator de divisão urbano, pois passeando por Belo Horizonte nos momentos antecedentes ao clássico da terra do pão de queijo, percebe-se claramente uma cidade divida, nos mercados, lojas, shoppings, ônibus, casas, ou em qualquer outro segmento social, dos mais sérios aos mais gaiatos. Vi até seguranças, antes do clássico, carrancudos e com postura militar, se render a sorrisos e provocações rivais.

Sem dúvida, o clássico entre Atlético x Cruzeiro, é um ponto turístico, e um espetáculo a parte na História e vida metropolitana de Belo Horizonte. Eu não tive a oportunidade de visualizá-lo no palco mais nobre deste confronto, o segundo maior e mais importante Estádio da História deste país: o Mineirão, mas mesmo isto, não tira o charme e o fato de ser tão interessante acompanhar a comoção deste jogo fomentado por alguns dos maiores jogadores de todos os tempos no futebol, como Tostão e Reinaldo por exemplo.

Ainda não tive o prazer de assistir em Porto Alegre, aquele que muitos dizem ser a maior rivalidade da História do país, GreNal, porém, assistindo a Galo x Raposa de BH, fica difícil acreditar no que estes alguns dizem, ao mesmo tempo que fica ainda mais interessante ir a capital do Rio Grande em um jogo de importância entre a metade azul e a vermelha do extremo sul brasileiro, porém, a falta de importância e a comoção mesmo com ela, do clássico que assisti em BH, fomentado por todo um clima do currículo infinitamente mais vitorioso do Cruzeiro, da predileção evidente da mídia mineira pelo Atlético, pelos últimos e históricos confrontos entre os dois, eu mais uma vez deixo claro ser difícil alguma rivalidade ser mais forte do que a entre os dois principais clubes das Minas Gerais.

PS: Analisei o clássico com bastante alteridade, já que não torço para nenhum dos dois, e esta coisa de ser historiador (logo cientista social) é viciante e estilo de vida, acaba-se sendo profissional e menos passional até nisso, haushsauahsuahas.

Analisei os 4 cantos de BH, pois no início do clássico estava na rua.