Por Nilson Pereira.
O Uruguai é um caso emblemático. Por anos Portugal e Espanha tentavam acordos como o de Madrid e o de Utrech para ver quem ficaria politicamente com a colônia do Sacramento.
Houve,em determinados momentos históricos,uma troca entre Os Sete Povos das Missões,atual Rio Grande do Sul,que ficava sobre a tutela da coroa espanhola,e Sacramento,que seria devolvida a coroa portuguesa,uma vez que foram estes que a fundaram.
Apesar de Portugal a fundar,quem fomentava a região eram os bandeirantes espanhóis que,em busca de mão de obra indígena e metais preciosos,desbravaram o território do Rio da Prata,que abrange Argentina,Uruguai e Rio Grande do Sul(por isso as semelhanças evidentes entre os 3 no aspecto social,político e etnológico,que foi completo com as imigrações de outros países europeus no século XIX e XX,como alemães,poloneses e italianos,além da evidente origem ibérica muito forte).
Quando D. Pedro I proclamou a independência política do Brasil frente a coroa portuguesa,queria manter o plano de seu pai,D.João VI,de abranger no território do Brasil uma área que iria do atual Uruguai,até a Guiana. Só que,a França nunca deu posse da Guiana para a coroa,primeiro portuguesa,depois brasileira,assim como a Espanha no primeiro momento,também sempre reinvidicou a posse do Rio da Prata.
Na época de D. Pedro I, a antiga colônia do Sacramento passou a ser chamada de província da Cisplatina,pois deixou de ser uma região missionária e jesuítica,passando a ser mais comercial por conta dos metais encontrado por lá,assim como Sete Povos que virou Rio Grande do Sul,e o anexo,que se tornou República da Argentina em 1816,com a idenpendência do país portenho.
Sempre foi uma região de tensões entre bandeirantes e jesuítas em relação a mão de obra indígena e exploração do território quanto aos metais,mas com a ascenssão dos Bourbons ao trono espanhol,e de todo o processo da mudança de dinastia(antes quem possuia o trono espanhol eram os Habsburgos),com a internvenção direta da Inglaterra,que já era a maior potência do planeta,e credora das coroas ibéricas(portuguesas e espanholas),os jesuítas perderam a força,por vários motivos,dois dos principais,os Bourbons tinham uma política diretamente comercial e de buscar o lucro,e também pela influência iluminista na europa a todo o vapor,onde o Estado caminhava a ser cada vez mais laico.
A região do Rio da Prata se tornou cada vez mais comercial e menos missionária. Já no século XVIII,a porcentagem de índios na Argentina era de irrisórios 1%.
D. Pedro I travou uma luta diplomática com a recém fundada República da Argentina para ver quem ficava com o Uruguai(Cisplatina).
Daí a Inglaterra interviu influenciando os habitantes da Cisplatina a se plocamarem independente,como República do Uruguai,pois para ela era mais lucrativo comercializar com uma nova e inesperiente República,do que com uma coroa totalmente influenciada pelos ideais portugueses,que inclusive não era a favor totalmente do Iluminismo,como o Brasil,ou com uma República cheia de tensões políticas e ideológicas como a Argentina.
É claro,mais um país,mais um mercado consumidor para o berço do Capitalismo e da Revolução Industrial.
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
Uma breve síntese da História do Uruguai.
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